Aniversário: 03/01
Profissão: Empresário / Economista
O SENHOR DEPUTADO ROGÉRIO CAFETEIRA (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, senhoras e senhores deputados, galeria, imprensa, eu venho aqui para encaminhar essa votação, Senhor Presidente, e encaminhar pela rejeição. E aqui vou fazer minhas colocações. Primeiro, a comparação, Deputado Marco, é totalmente desproporcional. E eu lhe digo por quê. O aumento que foi autorizado por essa Assembleia, aprovado no fim do ano passado, ele impacta numa conta de 100 reais, para a gente ter um parâmetro, entre um e dois reais. Então quem pagou, Senhor Presidente, quem pagava 100, com aumento determinado pelo Governo do Estado do ICMS, passará a pagar entre 101 e 102. O aumento agora que vai ser concedido pela ANEEL, que é uma questão legal e me parece que não é esse valor de 20%, ficará entre 12 ou 15, que realmente é um aumento significativo e ninguém discute isso. Tanto que o Governo do Estado, o PROCON tem se colocado contra, apesar disso não depender, esse aumento da ANEEL não depender de uma vontade do Executivo estadual. Isso foge da nossa competência e também do Legislativo. Então veja bem, o aumento desse, se for 15% , impacta numa conta de 100 reais, 15 reais. Então realmente o impacto é incomparável desse aumento que a ANEEL concederá, mas é importante que a gente diga o porquê foi dado o aumento do ICMS. E apesar de, num raciocínio rápido, realmente com o aumento da alíquota, Deputado Bira, o Estado aumentar sua arrecadação, a arrecadação, quando se aumentou naquele percentual entre 1 e 2%, esse percentual significa um aumento de arrecadação de duzentos e cinquenta milhões. E para onde foram esses duzentos e cinquenta milhões? Aproximadamente entre 170 e 180, Deputado Marco Aurélio, para o aumento dos professores. E aqui é importante que a gente registre que o Maranhão hoje tem o orgulho de pagar o maior salário de professor 40 horas do Brasil. E também fomos o único Estado a conceder aumento para todas as categorias de professor. Sem esse aumento não seria possível ter dado esse aumento. Sem ter aumentado aquele percentual pequeno do ICMS, não seria possível a gente conceder o aumento aos professores. Também não seria possível, Deputado Bira, que a gente contratasse mais quase mil e quinhentos policiais. Esses outros oitenta milhões do aumento da arrecadação, Deputado Marco, é exatamente para pagamento desses novos policiais. Então veja bem. Aqui eu repito o que falei na época do aumento, nenhum governador, nenhum prefeito tem prazer em aumentar impostos. E eu também não tenho prazer em pagar mais sobre minha conta de luz, mas aquilo foi um remédio amargo. Mas é melhor um remédio amargo na hora certa do que a gente passar pelo que está passando Curitiba hoje, pelo que passa Rio de Janeiro. Curitiba, hoje, Deputado Bira, está votando um pacotaço fiscal e, simplesmente, Deputada Andréa a Câmara Municipal de lá está cercada por policiais, tamanha a confusão que está lá. Então, às vezes... Hoje eu estava assistindo o programa da Globo News, eu vi uma posição muito coerente, por que esses ajustes, por exemplo, na Previdência, não foram feitos quando a gente não estava em crise? Por quê? Porque nessa hora ninguém quer fazer, ninguém quer esse ônus de fazer as correções que são necessárias. Nós fizemos um aumento que era necessário para que as finanças do Estado continuassem saneadas, apesar de todas as dificuldades e dos sacrifícios. Então respeito a posição do deputado que apresentou o requerimento, mas acho que o caminho mais natural seria que ele fizesse uma indicação, até subscrito ou cada deputado apresentasse, eu só acho que não é interessante a gente politizar dessa forma a questão para colocar em xeque alguns deputados. Já foi votado, já foi aprovado, é um remédio que ninguém queria aplicar, mas é necessário e aqui eu estou dizendo a vocês onde foram utilizados esses recursos e onde serão utilizados. Aqui eu acho que a gente tem que se unir no sentido de tentar argumentar para que esse estudo que é feito para definir o percentual que determina o aumento que a Aneel estabelece, para que a gente discuta tecnicamente esses fatores que influenciam esse índice. Outra coisa importante que eu vejo, deputado Zé Jorge, é algo importante que se diga. O Maranhão, e não é uma questão de ICMS, paga uma das maiores tarifas do Brasil, por quê? Porque na composição da tarifa, em nosso Brasil, não existe nenhum item levando em consideração a questão social. Então, é importante que a gente levante uma discussão para observar exatamente isso de como são definidas essas alíquotas pelo Brasil afora. Não tem lógica Brasília, que é a maior renda per capta do País, ter a energia mais barata enquanto nós, no Maranhão, um estado pobre, termos uma das mais caras. Senhor Presidente, mesmo com aumento concedido de ICMS, o Maranhão ainda é um dos estados que têm a menor alíquota para energia no Brasil. Assim eu queria confirmar o encaminhamento pela rejeição do requerimento.
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