29/07/2020 - Pequeno Expediente César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

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O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) – Que Deus abençoe a todos nós! Presidente, mais uma vez, eu quero lamentar a morte do ex-prefeito Ricardo Archer, que tínhamos uma relação muito boa. A última vez estive em Codó, antes dessa questão pandêmica, está bem colocada em nível de mídia e das orientações governamentais, estive na casa dele, onde evoluímos bem a discussão e ele manifestava sempre o interesse de voltar a ser candidato a Prefeito de Codó. Fica o meu registro pela amizade que tenho com ele. Quero também ficar solidário ao pronunciamento do Deputado Roberto Costa, quero dizer, Roberto Costa, que foi uma infeliz ideia daquele proprietário de restaurante, fazer aquele tipo de comportamento, que eu tenho certeza de que não reflete o pensamento total da comunidade que ali vive. Mas, senhores, o meu papel de Oposição me remete a uma reflexão, de uma carta que Sua Excelência, o Senhor Governador encaminhou ao Senhor Bolsonaro. Alegava ele, e pedia que o Governo Federal fizesse um pacto pelo emprego, remetia aos ombros do Presidente da República, a responsabilidade pelo fracasso também da sua gestão, é óbvio, que agora todo mundo, amparado na Constituição, dizendo que a Constituição remete ao Governo Federal, e é verdade o direcionamento das políticas econômicas, perfeito. Mas se esquece, Sua Excelência, o Senhor Governador do Estado, de dizer que de 2014, para 2018, o Maranhão aumentou 377 mil desempregos, justamente na sua gestão, quando não havia pandemia. E a quem remeter a responsabilidade desse desemprego? É muito fácil tirar dos seus ombros, se apropriando de uma circunstância, de agora da situação pandêmica, e remeter ao Governo Federal, se esquecendo de fazer a sua parte. Na hora do lockdown, que fechava tudo, que o povo apelava, achando que ia ter desemprego, vendia a nível da mesma mídia, vendia a questão da necessidade de fechar, não quero aqui analisar o que pode e o que não deve ser feito, o que eu não acho justo na verdade é agora tirar dos seus ombros uma responsabilidade histórica e colocar no ombro do governo do Estado. Trezentos e setenta e sete mil desempregos. E vejam bem aqui, o Maranhão, em 2016, para 2018, aumentou duzentos e vinte e três mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, se alguém quiser contestar, ingresse na Justiça pelo IBGE, contra o IBGE, e não contra aquilo que eu estou replicando, que estou reverberando, que estou dando a voz aqui, que eu estou dando relevo aos dados do IBGE. Dez porcento da extrema pobreza de todo o Brasil, reside aqui no Maranhão. Senhores, no primeiro trimestre de 2019, nós já tínhamos 12.1% de desocupados. Aumentou para o primeiro trimestre desse ano, antes mesmo que tudo isso viesse acontecer, para 16.1%, reclamem do IBGE. Eu imagino agora, quando o IBGE passar por nossas casas, começar a mensurar o impacto do covid, aqui no Maranhão, o senhor governador vai ficar alarmado. Mas não fique não, porque o governador já sabe que aqui no Maranhão 47% da população vive sem água encanada, 84% sem esgoto, e ele colocou apenas cinco milhões de reais, onde recebeu setenta e um, e não se sabe para aonde, que alguém se levante e diga aonde foram aplicados os setenta e um milhões de reais, que nós fizemos aqui, ninguém sabe, e vai pedir a Bolsonaro, posando de estadista, contribuindo com mídias para que os analistas possam dizer que é uma boa proposta, quantas propostas a oposição já fez aqui e lhe é virado as costas, porque nós não temos como pagar a mídia para poder reverberar os nossos pensamentos, os nossos sonhos? Agora, diga para mim que o desemprego não aumentou na sua gestão, que a pobreza não aumentou 223 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, diga para nós! Não foi preciso pandemia para constatar a incapacidade do governo, ele já vive sob a égide da incapacidade, não tem condição, aí se arvora o direito de fazer uma missiva, a Sua Excelência, o Senhor Presidente da República para poder reparar e inclui-lo nos reparos, nos seus equívocos históricos, aqui e alhures, volto a reafirmar, é um governo de incompetência que vive muito mais da mídia e não resistiria a uma discussão tête-à-tête com os dados do IBGE e com os dados da LOA, que eu apresento aqui. Foram dados dele com toda essa miséria no campo da Saúde, foi colocado apenas R$ 5 milhões. Vinte e sete milhões a menos do que no ano anterior e não sei quanto é que vai ser agora, deve ser quase nada porque diminuiu a arrecadação do Estado. Portanto, governador, não venha botar nos ombros do Bolsonaro responsabilidade que é sua, não venha dizer que covid aumentou o desemprego no Maranhão. Pode ter aumentado sim, mas já estavam um lastro, um rastro que o senhor construiu de desemprego no Maranhão pela falência administrativa dos seus atos, das suas ações e que alguém vai na Justiça contra o IBGE, contra a LOA, que ele botou porque votaram a favor. É um governo de mídia! Mídia e mais mídia! Chega o dia, de três secretários dar entrevista num só espaço televisivo, em todos os canais, nunca aconteceu isso na minha vida eu enxergar isso, nunca eu vi isso no Estado e no Brasil. Mesmo assim, o povo brasileiro reconheceu e dobrou a quantidade de voto de Bolsonaro e colocou 30% a mais no Bolsonaro que ele critica tanto na sua frente, porque não adianta falar se lá fora no Maranhão, está fechado, enclausurada a mídia, mas lá fora ainda há espaço para alguém respirar e dizer assim, o Flávio Dino é um despreparado para governar.

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