04/07/2018 - Pequeno Expediente Edson Araújo

Edson Cunha de Araújo

Aniversário: 29/09
Profissão: Engenheiro

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O SENHOR DEPUTADO EDSON ARAÚJO (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, membros da Mesa, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, galeria, imprensa, telespectadores da TV Assembleia. Eu gostaria inicialmente de ler a mensagem bíblica do nosso Pastor Otoniel Martins, nosso pastor capelão, que diz o seguinte: “Assim diz o Senhor Deus: Façam o que é justo e honesto. Protejam dos exploradores aqueles que estão sendo explorados. Não maltratem e nem explorem os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Não matem pessoas inocentes neste lugar sagrado”. (Profeta Jeremias 22.3). Estou vindo a esta tribuna hoje para atender a uma reivindicação da Associação Comunitária Guajajaras, da Terra Indígena Lagoa Comprida Ascaua, da Aldeia Leite, município de Jenipapo dos Vieras. Trata-se da segurança dos agentes ambientais, guardiões das florestas, da Terra Indígena Araribóia do Estado do Maranhão. Esse território pertence ao povo Guajajaras e aos Awá, isolados, onde constantemente esta terra está sendo invadida por madeireiros ilegais de uma forma alarmante, colocando em risco toda a floresta, as nascentes e principalmente os Awá isolados. Se não forem tomadas as devidas providências para a proteção das terras indígenas, todos os Awás serão extintos de uma forma desumana e covarde. A nossa associação indígena – ASCAUA, entidade que existe há mais de 10 anos, tendo tomado conhecimento dos recentes fatos alarmantes, vem tornar público o que está acontecendo dentro das terras indígenas e dizer que estamos comprometidos e engajados nessa luta de proteção territorial das terras indígenas e de povos indígenas. Nossos guardiões indígenas estão recebendo ameaças dos madeireiros e suas cabeças estão a prêmio, não restando a estes sequer o direito de ir e vir no âmbito de seus territórios onde estão situadas as suas aldeias e tão pouco andar nas cidades. Gostaríamos que todos os órgãos competentes tomassem as devidas providências, em caráter de urgência, pois tememos o pior. Nossos guardiões precisam de apoio imediato, de recursos e equipamentos necessários para continuarem a desenvolver o trabalho de proteção de suas terras. Precisam também que as equipes se desloquem para essas áreas conflitantes a fim de combater e expulsarem das terras indígenas esses infratores das leis. Eu tenho aqui as palavras de um guerreiro indígena protetor de sua casa, de sua mãe natureza, de sua terra, que diz o seguinte: Eu como guardião da terra indígena Araribóia, talvez seja porque sou um selvagem e não entendo como é possível comprar ou vender o céu, ou o calor da terra, essa é pra nós uma ideia estranha, se nós não somos donos da frescura do vento nem do brilho da água, então como pode ser vendido? Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo, sabemos que o homem branco não entende os nossos costumes, cada raio de luz, cantar dos pássaros, cair das folhas e zumbido dos insetos, são para o pensar e o sentir do meu povo. São as palavras do Chuí Guajajara, guardião das florestas. Para que as autoridades tomem conhecimento de tudo o que está acontecendo, que não é um fato novo, já é coisa antiga, coisa que vem ocorrendo já há muitos anos em nosso estado, foram encaminhados ofícios, por meio da nossa assessoria, que é responsável por este trabalho, muito bem administrado e coordenado pela nossa assessora Érica Nogueira, que está à frente desse trabalho de proteção às terras indígenas, e para isso foi encaminhado ofício para o Ministério Público Federal do Maranhão para o procurador, Dr. Ilton Araújo de Melo; para o Ministério Público do Meio Ambiente do Maranhão, procurador, Dr. Luís Fernando Barreto; para a Delegacia de Combate a Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal do Maranhão, delegado doutor Natan Vieira de Vasconcelos; para a Superintendência do IBAMA do Maranhão, doutor Pedro Leão; para o Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, Coronel Jorge Luongo; para a Secretaria dos Direitos Humanos e Participação Popular do Estado do Maranhão, o secretário Francisco Gonçalves, para a Secretaria de Segurança do Estado do Maranhão, o secretário Jefferson Portela; para a Câmara Federal, para o deputado federal Sarney Filho, do Partido Verde; para a Câmara Federal do Secretário Nacional do Podemos Verde, deputado federal Roberto de Lucena, que neste mês de fevereiro deste ano recebeu aqui o Título de Cidadão Maranhense, para a Fundação Nacional do Índio, FUNAI, o presidente doutor Walace Moreira Bastos e para a Procuradoria-Geral da República, procuradora doutora Raquel Ferreira Dodge. Senhor Presidente, eram estas as minhas palavras, muito obrigado.

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