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O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Caros Colegas Deputados e Deputadas, presentes em plenário e na Mesa, galeria e imprensa, internautas que nos veem, que nos acompanham via internet, enfim, sociedade maranhense, eu ocupo esta tribuna nesta manhã para tratar de um assunto que julgo grave e sério porque é uma preocupação, é a minha preocupação, desta Casa, portanto, com as famílias, os alunos, os professores, de uma grande cidade do interior do Estado do Maranhão, que é Grajaú. Há alguns Deputados que fazem política lá, Deputado Rigo Teles que está aqui, e nós estamos ali acompanhando há quase 40 dias, exatos 38 dias, uma greve dos trabalhadores da educação deflagrada pelo sindicato há 40 dias praticamente. E essa greve alberga, no seu bojo, exatamente, mil e cem professores, 16 mil e 500 alunos fora de sala de aula, isto para uma sociedade que quer evoluir, que quer se desenvolver, sem dúvida nenhuma, haverá um impacto neste ano eletivo, praticamente as escolas todas estão fechadas, os professores fora da sala de aula de Grajaú, as reivindicações são as reivindicações, primeiro, salariais aquele reajuste inflacionário dado pelo governo federal 6,81%, o tão famoso 6,81%, porque anualmente há um reajuste dos valores da educação pelo FUNDEB. O que os professores de Grajaú querem é que isso seja incorporado aos 6,81% e incorporados aos seus salários. Outras pautas, outras reivindicações estão na pauta. A questão que já existe lá um Plano de Cargos, Carreiras e Salários no Estatuto do Magistério em prática, que foi, diga-se de passagem, construído, elaborado, construído e colocado como lei pela Câmara de Grajaú por meio do Prefeito que hoje está, quando foi prefeito da outra vez. Antes do mandato de Otsuka, o atual prefeito, aprovou no finalzinho do seu governo o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e deixou para o prefeito eleito Otsuka cumprir. Diga-se de passagem, que durante os quatro anos do prefeito Otsuka, ele cumpriu rigorosamente o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos professores de Grajaú. Mas agora o prefeito retorna e não tem cumprido, porque foi um remédio que deixou amargo para o então prefeito Otsuka. E agora ele retorna para a prefeitura e bebe, toma desse remédio amargo. E essas reivindicações, como promoções e outras questões, estão sendo também reivindicadas nessa greve de professores. Mas o que mais me impressiona, Deputado Edilázio Júnior, Deputado Rigo Teles, é porque apesar das várias insistências da direção do Sindicato dos Educadores de Grajaú, não houve nenhuma resposta nem positiva, nem negativa em relação à pauta de reivindicações. Deputado César Pires, V. Exa. que é educador, não se sentou e não se sentam à mesa as autoridades públicas municipais. Não tiveram o compromisso e a responsabilidade, que lhe é própria, de sentar à Mesa com os educadores para que se pudessem discutir as questões e buscar um acordo tão importante para a sociedade de Grajaú. Várias tentativas são feitas e em todas elas não há nenhum tipo de resposta, nenhum tipo, inclusive, de proposta ou contraproposta do poder público municipal para o Sindicato dos Professores. É isso que me chama a atenção, esse descaso em relação a um setor tão sensível quanto a educação ali em Grajaú. Mas eu quero dizer a todos vocês que o prefeito não tem podido cumprir as suas obrigações naturais do dia a dia. Há poucos dias, foi entregar uma patrulha agrícola para a comunidade e uma ambulância com a presença do Deputado Aluísio. E foi e se estabeleceu ali um conflito social, aliás já tem conflito social em Grajaú. Se estabeleceu uma confusão e houve, inclusive, violência de ambas as partes, não só violência verbal quanto violência física. Jogaram ovo, jogaram tomate e, enfim, ali se estabeleceu uma confusão demonstrando que, urgentemente, alguém superior, ou o Tribunal de Justiça, o Poder Judiciário, precisa entrar para buscar uma solução para minimizar os prejuízos que serão causados nesse ano eletivo aos alunos ali de Grajaú. Eu quero, portanto, pedir a interferência desta Casa, Senhor Presidente, em requerimento verbal que mandemos um ofício tanto para o sindicato quanto para o Poder Público Municipal, para que nós possamos, por meio da Comissão de Educação a esta Casa, sentar e discutir esse conflito social que se estabeleceu ali em Grajaú. Soube hoje que já tem aqui na justiça estadual, o Sindicato e o Município entraram aqui na Justiça e um Desembargador, por meio do Tribunal de Justiça, vai buscar dar alguma solução para esse conflito social estabelecido em Grajaú. Portanto, eu quero dizer que nós, desta Casa, não podemos ver o município da estatura e do tamanho de Grajaú na condição que está sem tomarmos nenhuma medida. Enquanto Deputado estadual, que represento aquele povo, a Deputada Valéria Macedo também foi votada, Deputado Rigo Teles, e outros deputados que aqui estão e que foram votados, temos a obrigação de, por meio da Comissão de Educação, buscar uma solução para minimizar os prejuízos que já são grandes para a educação municipal em Grajaú. Muito obrigado, Senhor Presidente.