29/04/2019 - Pequeno Expediente Dra. Helena Duailibe

Dra. Helena Duailibe

Aniversário: 30/12
Profissão: Médica

Discurso - download do áudio



A SENHORA DEPUTADA DR.ª HELENA DUAILIBE (sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhores Deputados, galeria, funcionários, imprensa, boa tarde a todos. Na sexta-feira, eu pude participar das comemorações dos 31 anos da Academia Maranhense de Medicina que tem à frente o Doutor José Márcio Soares Leite. Foi um momento belíssimo no qual nós pudemos encontrar grandes profissionais que contribuíram para a formação da Academia, dentre eles o Doutor Celso Nunes, ainda vivo, que foi um dos fundadores junto com nomes ilustres da nossa medicina. Eu queria ressaltar um trecho do discurso do professor, Doutor José Márcio Leite que fala o seguinte: “As manifestações da dívida no campo da saúde tem sido repetidas vezes extensamente demonstradas, elas se expressam na subalimentação, na precoce e elevada morbimortalidade por doenças secularmente negligenciadas, tais como: malária, esquistossomose, leishmaniose e chagas, por doenças emergentes como AIDS, dengue, síndrome respiratória aguda grave e por doenças crônicas não transmissíveis, por várias doenças hemorrágicas e pela insipiente política de saneamento básico no Brasil. Onde 35 milhões de pessoas não têm acesso à rede de água tratada, 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto, só 46% do esgoto é tratado. E o que gastou de 2010 a 2017, 1,1 bilhão com internações por doenças de veiculação hídrica, uma média de 396.918 internações por ano, ou seja, em média para cada um real que deixamos de gastar em saneamento, gastamos quatro reais com assistência médico brasileira, médico-hospitalar. Então, temos à nossa frente, portanto, médicos e sociedade juntos o desafio de construir o caminho e de percorrê-lo com decisão e coragem. Esses é que são dados que deveriam estar se discutindo hoje no Brasil, onde se pensa em cortar benefícios, nós temos é que ampliar benefícios para a saúde, mas ampliar, de forma correta. E a Academia Maranhense de Medicina, que muitos pensam formada por médicos antigos, ela está vivendo realmente e tocando na ferida daquilo que nós precisamos tratar. E eu queria aproveitar também e falar do Dia Nacional da Mulher que vai ser amanhã comemorado nesta Casa. Eu convido todos os colegas para participarem da Sessão Solene. O Dia Nacional da Mulher não é devidamente difundido no País. A data acaba por ser ofuscada pelo Dia Internacional da Mulher, que, nos últimos anos, desviou-se do seu caráter político e passou a ser visto como mais uma data comercial. Lembramos que o Dia Nacional da Mulher, foi instituído em 1980, por meio da lei nº 6.971, de 9 de junho de 1980, como homenagem à Jerônima Mesquita. Por isso, o Dia Nacional da Mulher foi escolhido por ser o dia do nascimento desta líder e icônica cidadã. E quando eu fui pesquisar a história de Jerônima Mesquita, eu me encantei com ela. Ela nasceu em Leopoldina, Minas Gerais, no dia 30 de abril de 1880. Fez os estudos secundários na França. Lá ela pôde presenciar a luta das mulheres pela igualdade. Aos 17 anos, casou-se por imposição da família com um primo com quem teve um filho. O casamento não foi bem-sucedido. Ela se separou do marido dois anos depois e nunca mais se casou. Quando eclodiu a 1ª Guerra Mundial, Jerônima ingressou como voluntária da Cruz Vermelha de Paris e depois serviu a Cruz Vermelha Suíça. Ao retornar ao Brasil, tornou-se uma ativista na luta dos direitos da mulher. Foi uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino em 1922, juntamente com um grupo de companheiras fundou o Conselho Nacional das Mulheres do Brasil, em 1947, no Rio de Janeiro. Esse Conselho é uma organização cultural, não governamental que tem por objetivo a defesa da condição da mulher. Além das fundações do Promater, hospital beneficente para acolher gestantes pobres, e da Associação Cruz Vermelha que lutou contra a fome, a febre amarela e a varíola no início do século XX. Jerônima foi responsável pela fundação do Movimento Bandeirante no Brasil, em 1919, movimento esse que foi um reflexo das mudanças ocorridas no decurso da 1ª Guerra Mundial quando a mulher alcançou certa emancipação por ter participado de responsabilidades até então reservadas exclusivamente para os homens. Como ela era enfermeira, as suas atividades eram essencialmente aulas de primeiros socorros, enfermagem em puericultura. Então convido todos para participarem amanhã dessa Sessão Solene, onde iremos destacar não só o Dia Nacional da Mulher, mas também lembrar dessa mulher Jerônima que foi quem deu início a essa data tão importante. Muito obrigada.

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