Aniversário: 27/07
Profissão: Nutricionista
A SENHORA DEPUTADA DANIELLA TEMA (sem revisão da oradora) - Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, galeria, imprensa, telespectadores da TV Assembleia, ouvintes da Rádio Alema, internautas, meu mais cordial bom dia a todos. Mais uma vez, eu venho a esta tribuna. Dessa vez para falar um pouco do meu mandato. Mandato este pautado na participação popular. A gente tem aberto as portas do nosso gabinete. Eu tenho aberto as portas do meu gabinete para receber a nossa população, para receber demandas da população. E hoje eu estou aqui para tratar de uma demanda que foi recebida há algum tempo. Foi trazida inclusive pela coordenadora da Endometriose, da Marcha da Endometriose, a fisioterapeuta Denise Santos, aqui representada hoje, inclusive eu gostaria de cumprimentar a sua mãe, Suely Andrade. A Denise foi acometida e descobriu a doença aos 16 anos de idade. E trouxe a mim o problema de inúmeras mulheres que também sofrem do mesmo problema. E a gente deu entrada algum tempo atrás ao Projeto de Lei que institui a Semana Estadual da Educação Preventiva e Enfrentamento da Endometriose que eu vou apresentar aqui para V. Ex.ªs. Nós temos aqui alguns deputados que são médicos que, com certeza, conhecem essa doença, sabem o que essa doença tem provocado em muitas mulheres. A endometriose é uma ginecopatia que acomete mulheres em idade fértil, reprodutiva, desde a puberdade até a menopausa. Consiste na presença de nódulos, cistos, aderências que contêm células que parecem com a endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, em locais fora do útero, como, por exemplo, nos ovários, intestino, reto, na bexiga, no peritônio, é uma delicada membrana que reveste a pélvis. Estas lesões podem provocar fortes dores e até mesmo a infertilidade, reduzindo assim a qualidade de vida da mulher. Quando a Denise me trouxe esse problema. Quando a Denise me apresentou essa patologia, problema enfrentado por inúmeras mulheres, automaticamente, eu me sensibilizei com a causa e disse: “Denise, eu abraçarei essa causa. Eu, como mulher, como parlamentar vou vestir essa ideia, vou abraçar essa ideia, vou vestir essa camisa e vou junto com vocês nessa luta, para que nós possamos juntas instituir essa semana estadual”. Semana essa que vai trazer muito mais informações, que vai fazer com que as mulheres conheçam mais sobre essa patologia e consigam um diagnóstico precoce, um diagnóstico cedo, diminuindo, assim, o sofrimento que muitas vêm enfrentando sem saberem nem o que é que têm. Apesar dessas células se parecerem muito com o endométrio, elas não são as mesmas células e não há comprovação científica direta de que a mesma possa vir da menstruação. Por outro lado, sabe-se que as células da endometriose podem ser detectadas até mesmo em feto, mesmo antes do nascimento. É a chamada Teoria Mulerose, segundo a qual a endometriose pode se originar, durante a formação embrionária. A enfermidade acomete cerca de 10 a 15% das mulheres em idade fértil. É um número alto, por isso chamou a minha atenção. No país, cerca de seis milhões de mulheres, Deputado Edivaldo, têm como diagnóstico a endometriose, responsável por 40% dos casos de infertilidade. Sendo que apenas 1/3 das mulheres associam a doença à dificuldade de engravidar. A doença pode apresentar diferentes sintomas, ou pode ser assintomática. O diagnóstico dessa enfermidade, muitas vezes é feito de forma tardia, agravando o quadro clínico da portadora. As mulheres levam de sete a doze anos para serem diagnosticadas com a doença, ou seja, quando conseguem o diagnóstico, contam aproximadamente com a idade de 30 anos. Têm sofrido por muitos e muitos anos sem o devido tratamento. Acrescentar ainda o fato da vida social das mulheres acometidas por esta patologia ser gravemente afetada, visto que muitas mulheres têm dores crônicas, contagiando, assim, o trabalho laboral, a vida conjugal, atividades escolares, levando até, muitas vezes, as mulheres perderem o marido. Apesar de acometer 200 milhões de mulheres em todo o mundo, nem todas as mulheres têm acesso às informações e às formas de tratamento da doença, uma vez que não é muito divulgado. O que agrava o cenário, induzindo, assim, as mulheres a acreditarem que a cólica forte é normal. Coisa que não é. A gente tem que chamar a atenção realmente para quando as mulheres tiverem esse tipo de cólicas muito fortes para que seja investigado. Por isso é importante a difusão de informação em nosso país, pois, com esclarecimentos, como quando procurar um médico, local onde realizar os exames, o conhecimento das possíveis causas da doença, os tratamentos atualmente empregados, que vão desde o uso de medicamentos à cirurgia, as mulheres se sentirão melhores, informadas e mais seguras. Neste contexto, é que esta proposição se insere, sendo que a escolha do projeto de lei da referida semana a ser realizada no mês de março dar-se pelo fato do dia 08 de março, dia internacional da mulher, e no dia 13 do referido mês comemora-se a primeira Endomarcha no Brasil. E é diante do exposto, que eu gostaria de pedir a colaboração, a contribuição dos nobres Deputados pela aprovação desse projeto que vem à votação hoje. Projeto este aprovado pela CCJ. E eu quero poder muito contar com a colaboração, a contribuição, a sensibilidade dos homens, das mulheres que nos contemplam com suas presenças aqui hoje. Com certeza, V.Ex.ªs se sensibilizarão e nós também poderemos contar com o voto de cada um de vocês. Sem mais. Muito obrigada e fiquem todos com Deus!
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