Aniversário: 08/04
Profissão: Odontólogo
O SENHOR DEPUTADO ADELMO SOARES (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, demais colegas Parlamentares que aqui estão, todos presentes, Deputadas, Deputados, galeria, imprensa. Hoje subo à Tribuna para abordar um tema de relevância social que, de tempos em tempos, assola a sociedade brasileira, em diversas localidades do nosso país. Vim aqui hoje, companheiros e companheiras, falar sobre o MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, que amplamente foi discutido aqui no início deste ano por vários Deputados, Deputadas, como a Deputada Thaiza, que também levantou essa bandeira fortemente. O Movimento Atingidos por Barragens é um movimento social, político e popular que historicamente organiza as populações atingidas por barragens, no Brasil, estando presente de forma organizativa em vinte e dois estados da nossa federação. São mais de vinte anos de movimento nacional em defesa dos direitos dos atingidos por barragens, em defesa da água e da energia, e pela construção de um projeto popular para o nosso querido país. Nos últimos cinco anos, a partir da estratégia nacional, o Movimento Atingidos por Barragens definiu atuar nos municípios dos estados do Piauí, Maranhão, mas, especificamente, na região da Bacia do Rio Parnaíba, que foi definida como uma das regiões prioritárias de atuação do movimento, tendo em vista que nesta região existem pelo menos cinco projetos hidrelétricos, em nível de viabilidade, dos quais irão atingir de forma direta mais de dez mil famílias em catorze municípios. A Bacia do Rio Parnaíba é uma das doze regiões hidrográficas brasileiras, está situada no Nordeste brasileiro, atinge quase a totalidade de estados do Piauí, Maranhão e boa parte do Ceará. É a segunda bacia mais importante do Nordeste, após somente a do Rio São Francisco, é a mais extensa entre as vinte e cinco bacias das vertentes Nordeste e tem uma extensão total incluindo nos seus afluentes de quase 350.000km², ou seja, 3,30% do território nacional. Nela estão inseridos mais de 280 municípios, sendo 220 no município do estado do Piauí, trinta e seis no Maranhão e vinte no Ceará. Além disso, a Bacia do Parnaíba é uma das três principais bacias sedimentares brasileiras ao lado da Bacia do Amazonas e do rio Paraná. Possui mais de três mil quilômetros de rios perenes, centenas de lagoas e ainda metade da água do subsolo do Nordeste brasileiro, destacando-se por possuir um sistema de aquíferos de grande importância ambiental e socioeconômica. Os estudos realizados pela CHESF apontam que a Bacia do Parnaíba possui um potencial a aproveitar setecentos mil mega quilowatts de energia, portanto é, sem sombra de dúvida, uma grande e importante bacia do nosso estado. Esses empreendimentos da Bacia do Parnaíba foram previstos nos planos dos governos federais anteriores. O que significa que não poderá sair porque estamos levando esses projetos como algo já dado. Portanto, o que venho hoje falar sobre o MAB é necessário resistir a construção dessas outras obras para que a gente possa garantir a essas famílias que estão presentes uma vida melhor e de melhor qualidade. Portanto, o MAB, que nós começamos a entender no Maranhão, é, sem sombra de dúvida, um movimento voltado para apoiar as famílias que estão ali no entorno ou que vivem que são atingidas diretamente pelas barragens. Eu quero deixar aqui claro e pedir aos companheiros que possam nos ajudar a enaltecer ainda mais forças desta Casa para que as pessoas evitem as expulsões ou as relocações dessas famílias de forma violenta destruindo a identidade, direitos violados e além de tudo manter uma grande e ampla harmonia com o meio ambiente. Eu destaco muitos aos companheiros do MAB pela luta que tem feito no Maranhão e, sobretudo, no Piauí, na região de limite da Bacia do Parnaíba, para que esta Casa possa fortalecer o MAB e ele possa nos ajudar ainda mais a construir uma sociedade melhor e mais justa diante de tantos problemas que assolam o nosso País. Era isso, Senhor Presidente, nada mais havendo a tratar.
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