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O SENHOR DEPUTADO ADELMO SOARES (sem revisão do orador) - Senhores deputados e deputadas, Plenário, os companheiros que nos acompanham pelas redes sociais. Eu venho a esta tribuna para falar de dois assuntos, Senhor Presidente, bastante importantes e pertinentes aqui, que diz respeito, infelizmente, ao nosso Presidente da República que mais uma vez abandona o Maranhão. E tivemos as manifestações da BR- 135, e todos nós aqui desta Casa trafegamos e passamos por ela, deputado Dr. Yglésio, e sabemos da necessidade que é a imediata recuperação daquela BR. Eu queria que esta Casa se irmanasse junto isso com os nossos deputados federais, a nossa Bancada Federal, e cobrasse deles, que nos ajude na recuperação das BRs e assim poder ajudar, evidentemente, a melhorar essa malha viária tão importante para o nosso Estado. Mas também venho aqui, de forma indignada, mais uma vez, recorrentes vezes que o Presidente Jair Bolsonaro ofende as mulheres. Ontem mais vez, deputado Leonardo Sá, companheiro de luta, mais uma vez o Presidente se coloca de uma maneira que não sabe o papel verdadeiro que é ocupar a Presidência da República e de maneira pejorativa pega a repórter da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Melo, da Folha de São Paulo e a agride utilizando o machismo, deputada Helena, deputada Andreia, deputada Daniella que são mulheres, e deputada Detinha que está aqui conosco, que representam as mulheres do Maranhão, e deputada Cleide Coutinho, a forma que o Presidente utilizou para atingir a repórter é vil, deprimente, do posto que ocupa o Presidente da República. Isso tem uma cadeia muito grande, desencadeia um processo muito grande, deputada Helena. O que vocês viram que um motorista de um aplicativo do Uber, que assediou uma criança, uma jovem de 15 anos, e a criança teve a ideia de gravar. No seu depoimento ele utilizou exatamente isso, de maneira machista, deputado Wendell, ele disse: “mas ela sentou no banco de trás do carro com um shortinho que vinha da academia, se mostrando para mim, se insinuando para mim”. Deputado Ariston, mostrando que o erro não era dele, mas que o erro era da criança. De modo que esta Casa aqui, com as suas deputadas, com os nossos companheiros deputados, precisa sim dar voz e vez a causas importantes como essa e abolir de uma vez por todas esse preconceito, esse machismo, essa maneira, essa cultura e deixar que as pessoas entendam que isso é cultural, isso é normal, isso é banal, pois está errado e não é banal. Está chegando aí o carnaval, as pessoas avançam e não têm consciência de que, nesse momento, é importante aquela frase utilizada nas campanhas contra o assédio que diz que não é não. Portanto, senhor presidente, era essa a fala que eu queria fazer, trazer dois assuntos para esta Casa que possam mostrar à sociedade brasileira que o nosso presidente não condiz com o cargo que ocupa, primeiro por discriminar o Maranhão e não ajudar na reforma tão necessária para as nossas BRs e, segundo, por utilizar do seu cargo para mais uma vez atacar, não só as mulheres, mas também a imprensa do nosso País. Era só isso, senhor presidente. Que Deus nos guarde hoje e sempre.