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O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, caros colegas deputados e deputadas, imprensa, que nos assiste por via remota. Senhor Presidente, eu quero nesse momento, nesse momento de muita tristeza pelo que passa o Brasil e o mundo, eu quero dizer que hoje é um dia de alegria, um dia de reencontrar os colegas todos aqui, deputados, deputadas, e que eu vi aqui alguém dizendo no grupo hoje, acho que foi o Glalbert Cutrim, que era como se fosse o primeiro dia como deputado. Essa sensação, eu tenho desde de ontem, de vir a esta Casa como se fosse o primeiro dia do primeiro mandato que eu tive nesta Casa, portanto, também a emoção toma conta de mim neste dia, porque estamos aqui, deputado Yglésio, apesar de tudo, apesar de todas as dificuldades, apesar de termos perdido nesta Casa um colega e temos muitos colegas que adoeceram, que não passaram bem, que tiveram dificuldades, que ainda hoje talvez alguns passem por algumas dificuldades, ainda pouco conversava ali com o deputado Carlinhos Florêncio, ele me dizia que ainda está em tratamento. Mas, apesar disso tudo, estamos aqui, estamos continuando a nossa vida cotidiana, apesar de termos perdido, eu, pessoalmente, familiares, amigos caríssimos, como foi muito bem dito pelo Deputado César Pires, o nosso querido colega que perdemos que, apesar da idade, era um homem que transparecia vigor, um homem que, em pouco tempo, conhecemos, mas passei a admirá-lo, era o primeiro chegava no jogo de futebol e o último que saia, junto conosco ali. Eu quero me solidarizar com a família dele, o nosso colega, nosso querido Deputado que nós perdemos. Perdi ontem, ontem foi o sepultamento de uma colega, minha comadre, médica, 68 anos, mas jovem, de um espírito jovial, ontem foi o sepultamento dela pelo covid. Mais dois colegas próximos meu, um que trabalhava comigo há tantos anos faleceu, 63 anos de idade, enfim, foram muitas perdas, mas nós estamos aqui, deputados, nós estamos aqui para cumprir a nossa função como parlamentar. Diga-se de passagem, que durante o período mais difícil, nós cumprimos, deputado Othelino, aos colegas deputados eu quero parabenizá-los todos, porque remotamente nós não deixamos o Estado, a sociedade, a população em nenhum momento a desejar em relação ao nosso trabalho. Aprovamos as leis que eram necessárias, as questões da calamidade pública dos municípios, participamos efetivamente da solução desse grande problema, dessa grande epidemia. Essa epidemia nos levou muitas coisas, nos levou talvez parte da nossa alegria, parte do sentido da vida. Eu dizia ontem quando perdia a doutora Lurdinha, médica, minha comadre e ali foi uma parte da minha vida, daminha história. Mas também, senhores deputados, essa epidemia, deputada Helena, me trouxe uma nova reflexão de vida, essa vida atribulada que nós vivemos ou que ainda vivemos, talvez não seja mais possível daqui para frente. Porque os reflexos, deputado Othelino, desta pandemia não serão sentidos apenas nas próximas semanas ou nos próximos meses, eu diria que, nos próximos anos, não sei quantificar, nós teremos ainda o impacto dessa grande epidemia que assolou todo mundo. Portanto, eu tive tempo de estar com minha família, de conversar remotamente ou presencialmente com meus amigos, tive tempo de sentar e deitar no chão da minha casa, olhar para as estrelas, fazer algumas coisas que eu precisava fazer no meu apartamento, na minha casa em Imperatriz e na minha clínica ver coisas que eu não via, e principalmente, dar atenção à minha família, essa é a coisa boa que essa epidemia nos trouxe e que nós precisamos refletir sobre isso. Eu quero agradecer a todos vocês, com muita emoção, porque eu estou muito feliz, hoje é um dia de felicidade, apesar de todas as perdas de estarmos aqui juntos, reunidos e unidos para trabalhar pelo povo do Maranhão, que essa é a nossa função. Quanto às questões técnicas, nós estamos no meio de uma grande guerra, no meio de uma grande epidemia que assolou todo mundo, é comum que se tenha aproveitadores, no caos tem aproveitadores, é comum que empresas inidôneas se coloquem nesse momento para poder usufruir, roubar, dilapidar o patrimônio público e aí os governadores, os prefeitos municipais, as autoridades sanitárias, as autoridades de saúde se sentem pressionadas pela sociedade e pelo problema vivido pela sociedade e muitas vezes se sentem obrigados a comprarem um respirador por mais de duzentos mil e, é verdade, antes você comprava por setenta, sessenta, oitenta mil e você compra por duzentos, duzentos e poucos mil pela necessidade, pela lei da oferta e da procura. Eu quero parabenizar o Governador Flávio Dino, o Dr. Carlos Lula, Secretário de Saúde, as autoridades de saúde desse estado, as autoridades sanitárias desse estado que de um modo geral fizeram um grande trabalho na solução, ainda estão fazendo e precisarão fazer ainda no decorrer de todo ano um trabalho importante para resolver esse grande problema, também parabenizar os Prefeitos que, na sua maioria, com raras e poucas exceções também fizeram um trabalho buscando a solução desse problema para as suas cidades, terminando, senhor presidente, a compreensão, eu vejo talvez porque muita gente acha, senhor presidente, que um respirador todo mundo que vai com respirador, vai ser salvo, não, o respirador é um suporte à vida, mas ele não salva 100% das pessoas que usam, não, muito pelo contrário, ele também tem suas contra indicações, suas complicações, por exemplo, o maior número de infecção e a maioria dos pacientes morrem por infecção secundária por bactéria, não é pelo vírus. Portanto, eu acho que é importante e eu quero dizer aqui que o único respirador que você comprou por quinhentos mil reais se uma única vida ele salvar, ele já foi muito bem pago. Muito obrigado, Senhor Presidente.