05/05/2017 09h36

Membros da Comissão de Obras e Serviços constatam falta de investimentos na Barragem do Rio Flores

Nice Moraes/Agência assembleia

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Membros da Comissão de Obras e Serviços constatam falta de investimentos na Barragem do Rio Flores

Falta de manutenção, maquinário sucateado e o risco de inundação da cidades Ribeirinhas que são banhadas pelos rio Mearim e Flores. Essa é a real situação da Barragem do Rio Flores - localizada no município de Joselândia (276 km de São Luís) – constatada na tarde de ontem, (4),  durante a visita in loco dos membros da Comissão de Obras e Serviços da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, deputados Vinícius Louro (PR), Glalberth Cutrim (PDT) e o presidente da Comissão, Fábio Braga (SD).

Também presentes à visita os  vereadores Elcinho, de Pedreiras, Joãozinho e Corró, de Trizidela do Vale e Edileusa Soares, de Joselândia ; o secretário de Comitês de Bacias Hidrográficas, José Raimundo Filho; o comandate do 19º Batalhão, coronel Everaldo; o chefe da Defesa Civil de Trizidela do Vale, Otoni; o coordenador do Corpo de Bombeiros de Trizidela do Vale, Tenente Machado; Jackson  Sales, presidente do Distrito de Flores  e demais lideranças políticas da região.

Vinicius Louro (PR) – autor do requerimento que solicitou a visita à barragem - disse que a visita foi positiva uma vez que puderam constatar in loco a problemática da barragem. "É uma preocupação muito grande onde tinha um investimento para a irrigação, mas abandonado e ameaçando a vida das pessoas que moram na região do Mearim", disse o deputado que já cobrou da tribuna da Assembleia Legislativa uma solução para o problema do Rio Mearim.

Ele alertou que em caso de rompimento da Barragem do Rio Flores muitas cidades ribeirinhas serão devastadas pela força da água. Com a decorrência das chuvas, o volume está crescendo muito.  Por isso, ele cobrou das autoridades competentes uma resposta efetiva a respeito da manutenção daquela barragem. 

O rio Mearim tem mais de 900 km na sua extensão e banha diversos municípios na região do Médio-Mearim, a exemplo de Pedreiras, Trizidela do Vale, São Luís Gonzaga, Bacabal, Arari e demais localizados naquela região.

"Nós vamos escutar os politicos da região, fazer um relatório e levar até o governo federal para que a gente possa tirar o Denocs que não tem responsabilidade com esse povo e ver se conseguimos trazer a Codevasf que  realmnte tem um trabalho efetivo em todo o Estado do Maranhão", acentuou Vinícius Louro, destacando a audiência pública ocorre hoje pela manhã na cidade de Pinheiro. 

Fábio Braga lembrou que no momento em que todo o país procura por água, na Barragem do Rio Flores tem água em abundância, mas está desativada, sem a mínima funcionalidade. “Nós temos aqui uma estrutura fantástica, está pronta, necessitando de manutenção e precisando que se faça investimento para que essa água possa ser utilizada. O deputado Vinícius Louro é daqui da região e propôs essa visita e a audiência pública. Nós vamos levar essa discussão aos órgãos competentes e ver o que a gente pode fazer para que esse investimento que já foi feito, tenha alguma coisa de bom para os moradores dessa região", argumentou o deputado. 

Glalberth Cutrim também destacou a importância daquela obra para a região. "A gente vê que é uma obra de grande importância para a região e que pode fazer com que não venha acarretar tantos problemas como o que aconteceu em 2009, em Trizidela do Vale. Essa preocupação do deputado Vinicius Louro é muito valiosa, tenho o sentimento de cooperar com ele, assim como toda população que convive aqui diarimente. Eu tenho certeza que esses investimentos que foram feitos aqui não podem ficar apenas no passado e em palavras; a gente tem que colocar pra funcionar e fazer com que  essa barragem seja utilizada de forma plena e que realmente traga benefícios para a população".

Visita

Otoni de Sousa, representante da Defesa Civil de Trizidela do Vale afirmou que se houver um rompimento da barragem, a catástrofe será muito maior do que da barragem de Mariana, em Minas Gerais. "Creio que com essa visita vá ser solucionado esse problema".

José Raimundo, secretário do Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio Mearim enfatizou que é um investimento grande que o Estado do Maranhão precisa fazer com que a barragem se torne um bem público com resultado econômico para a região.  "Nós fizemos uma proposição no dia 4 de abril que foi enviada ao governador Flávio Dino para que ele possa fazer uma intervenção na mudança de gestão da Barragem do Flores - que hoje está no Denocs que não tem nenhum escritório no estado do Maranhão - para que possa vir para a gestão da Codevasf", acentuou ele. 

Falta de investimento

O DNOCS é o órgão responsável pela administração da barragem. Mas, segundo o deputado Vinícius Louro, a empresa não está fazendo os investimentos necessários. “Todo maquinário que se encontra naquela barragem está sucateado. Desde 2010, o DNOCS - que recebeu uma quantia de mais de R$ 750 mil -. está administrando, recebendo os recursos, mas só no papel. Na prática, não existe investimento na Barragem do Flores. Isso é preocupante para a região do Médio-Mearim. Se nós, representantes do povo, não chamarmos essas empresas para realmente fazerem uma prestação de contas, mostrarem onde foram gastos esses recursos, fica difícil da gente acompanhar a questão das enchentes”, disse o Vinicius Louro.

Construção da barragem

A construção da Barragem do Rio Flores foi iniciada em 1983 e concluída em 1987, com o objetivo de fazer o aproveitamento energético, controle de enchentes da bacia do Mearim e a implantação do polo hidro agrícola do Flores.

Após representação do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura no Maranhão (Crea-MA), em agosto de 2009, foi instaurado na Procuradoria Geral da República, no Maranhão, procedimento administrativo para apurar as condições operacionais e de estabilidade das barragens dos rios Pericumã e Flores localizados, respectivamente, nos municípios de Pinheiro e Joselândia/Presidente Dutra.

O laudo apresentado pelo Crea apontou que a barragem do Rio Flores encontrava-se em situação de completo abandono, ‘levando a crer que há muito tempo nenhum serviço de conservação foi executado na barragem’.

O relatório concluiu também a ‘existência de dano potencial elevado’. Por fim, ordenou a urgente adoção de medidas para a recuperação daquela barragem, visto que a população ribeirinha passava por situação de extremo risco, com o agravamento do período de chuvas e alagamentos.



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