19/04/2018 16h56

Bira repudia o evento “Os falsos mártires da teologia da libertação”

Assecom / Dep. Bira do Pindaré

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Bira repudia o evento “Os falsos mártires da teologia da libertação”

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) repudiou, nesta quinta-feira (19), o evento propagandeado como “Os falsos mártires da teologia da libertação”, que aconteceria na Universidade Ceuma, em São Luís, no próximo dia 28 de abril. Segundo ele, o evento ataca violentamente a memória dos que lutam e sonham em transformar a realidade do Maranhão, do Brasil e do mundo.

“Ataca pessoas que são símbolos de uma luta real, concreta, e que pagaram com as próprias vidas para manter as suas convicções. A história de Padre Josimo e a da irmã Dorothy são conhecidas pelo mundo e, infelizmente, a gente tem que conviver com manifestações deploráveis como essa. Não sei quem são os autores, mas, certamente, são pessoas que desejam e que se alinham com o fascismo. E nós não podemos silenciar diante de tais aberrações”, declarou.

O padre Josimo vivia em Imperatriz e foi vítima da pistolagem no Maranhão. A Irmã Dorothy Stang, da mesma forma, foi perseguida e vítima de pistolagem no Pará. Para o socialista, duas pessoas que doaram suas vidas na luta por justiça e que não merecem ter a memória atacada por pessoas com um sentimento que ele classificou de conservador e retrógrado. 

“A maior prova de amor que pode existir é a doação da própria vida e foi o que essas pessoas fizeram. Realmente, é muito difícil a gente ouvir manifestações como essa sem expressar indignação. O sentimento que está por trás de manifestações desse tipo é o mesmo que levou ao assassinato de Chico Mendes, que é uma referência mundial em defesa do meio ambiente e o mesmo sentimento que está por traz do assassinato brutal da vereadora Marielle”, relacionou.

Ele acrescentou que o debate político no Brasil e no mundo está acirrado, porque a direita levantou-se e as pessoas de direita perderam a vergonha de assumir que são de direita. “Agora existe uma legião que ocupa os mais diferentes espaços da sociedade e que defende atrocidades representadas em símbolos como Hitler, o maior líder da história da direita mundial. Essa é a referência deles e querem atacar as nossas referências. Pessoas dignas, honestas, que lutaram bravamente e dedicaram suas vidas para transformar a realidade”, afirmou.

Com a trajetória vinculada às pastorais sociais da igreja, quando, na Pastoral da Juventude participou de muitas lutas sociais no Maranhão, Bira reafirmou que é de entristecer e lamentar manifestações como essa e cumprimentou a Faculdade Ceuma por, de imediato, ter emitido nota desvinculando a imagem da instituição ao evento, afirmando que repudia toda e qualquer manifestação contrária aos direitos humanos e ao exercício da cidadania, com respeito à memória de luta social e ambiental do Brasil.

“Parabenizo a Universidade Ceuma pela reação imediata e, mais uma vez, afirmo que atitudes como essa são desserviços para a memória daqueles que lutam e que continuam bravamente dedicando suas vidas ao que há de melhor no ser humano, naquilo que é belo e justo. E não vamos aceitar, em nenhuma hipótese, que essas manifestações se proliferem e não silenciaremos diante desse tipo de manifestação. A nossa luta prosseguirá. Viva Irmã Dorothy, viva Padre Josimo e viva a luta do povo brasileiro”, concluiu.

 



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