24/05/2018 15h35

Os deputados Stênio Rezende (DEM), Professor Marco Aurélio (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) esclareceram, na sessão desta quinta-feira (24), que a paralisação anunciada para esta semana na EMAP parte de funcionários terceirizados. Os parlamentares aproveitaram a ocasião para ressaltar o desempenho da nova diretoria da empresa, sob o comando de Ted Lago. A informação da paralisação foi levada ao plenário da Assembleia Legislativa pelo deputado Wellington do Curso (PSDB), na manhã da última quarta-feira (23).

De acordo com Stênio Rezende, a paralisação de um setor do Porto do Itaqui não tem nada a ver com a administração da EMAP. “Às vezes, nem todo mundo tem as informações corretas, sobre como realmente funciona o porto. Muitos pensam que todas as empresas que ali atuam são geridas pela EMAP, mas isto não é verdade. Há várias empresas, inclusive multinacionais, que prestam serviço para a EMAP”, explicou.

“A greve anunciada não tem nada a ver com a gestão da EMAP. É sabido que, mesmo não tendo responsabilidade, o presidente da empresa, Ted Lago, com sua equipe, sempre se colocou e atuou para ajudar a todos, inclusive as empresas particulares que lá estão. Prova disso é que essa gestão conseguiu, nos últimos três anos, aumentar a produtividade em 80% e reduzir a média de espera dos navios em mais de 60%”, informou Stênio Rezende.

Rezende lembrou que o Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM) começou a ser construído na gestão anterior, mas foi inaugurado na atual, ampliando a exportação de grãos de um milhão e seiscentas mil toneladas para mais de 6 milhões, com a previsão de chegar, dentro de dois anos, a cerca de 10 milhões de toneladas de grãos exportados via Porto do Itaqui.

“Pelo porto, passaram algumas pessoas importantes do nosso Estado, como o ex-governador João Castelo, o Dr. Fernando Fialho, entre outros. Porém, não podemos deixar de ressaltar que, nos últimos anos, a administração do porto tem ocupado posição de destaque não só no Maranhão, mas no Brasil. Aquele porto que era deficitário, hoje gera uma economia de mais R$ 30 milhões por ano”, elogiou.

Selo de qualidade

Ao defender a atuação da EMAP, o deputado Marco Aurélio também registrou que a atual gestão, nos últimos três anos e cinco meses, apresentou um trabalho inovador. “Eu faço questão de destacar: somente em 2015 (o primeiro ano da gestão do governador Flávio Dino e do presidente Ted Lago), que foi um período de adaptação, de mudanças e quebra de modelos, houve um aumento de 21% na movimentação de carga e um lucro de 68 milhões de reais”, disse.

De acordo com o parlamentar, a empresa está atuando com mais transparência e adquiriu selo de qualidade. “No quesito transparência, saiu da penúltima colocação para a primeira. Tem nota máxima. As várias certificações que o porto conquistou, como a ISO 9001, em 2015, e a ISO 14000, em fase de análise, são bastante rigorosas”, lembrou.

Esclarecimentos

O deputado Bira do Pindaré discorreu sobre as funções da EMAP e esclareceu que a empresa é a autoridade portuária. “A ela, cabe a regulamentação das operações dentro do porto, a melhoria e ampliação de infraestrutura portuária, o trabalho para atrair novos investidores, além do controle do tráfego de navios, dentre outras funções estratégicas. É também responsável pela fiscalização da operação portuária, zelando pela realização de atividades com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente”, elencou.

O parlamentar disse ainda que não cabe à EMAP operar cargas. “Ela não faz uso de mão de obra avulsa. Portanto, não contrata arrumadores. Existe, inclusive, um órgão responsável por isso dentro das unidades portuárias (Órgão Gestor de Mão de Obra), que contrata arrumadores, estivadores, entre outros, considerados mão de obra avulsa, pois não são contratados diretamente”, detalhou.

O deputado frisou que não faz sentido transferir para a EMAP as dificuldades enfrentadas, neste momento, pelas operadoras que atuam no porto e que estão negociando suas pendências salariais, condições de trabalho com os seus respectivos sindicatos. “A greve marcada, não aconteceu. Exatamente porque há um ambiente de discussão, de negociação, transcorrendo junto às empresas operadoras e que são as contratantes desses profissionais, os quais atuam como arrumadores”, finalizou.