Gregório Dantas Jornalista da TV Assembleia
Conselheiros Tutelares são pessoas que têm o papel de porta-voz das suas
respectivas comunidades, atuando junto a órgãos e entidades para assegurar
os direitos das crianças e adolescentes.
A definição semântica de Conselheiro Tutelar é linda e carregada de
simbolismos, entretanto, o processo eleitoral realizado ainda em 2015, para a
definição dos novos porta-vozes das comunidades foi marcado pelo caos.
Em uma escola da zona rural de São Luís, a ousadia foi sem precedentes,
bandidos roubaram celulares dos eleitores e intimidaram os mesários e as
pessoas que esperavam a abertura do portão para votar.
Para quem não lembra, após os tumultos, o Ministério Público recomendou a
anulação da eleição, houve então, outro pleito no final de novembro. Esta sem
relatos caóticos.
Aqui na Assembleia, Deputados também denunciaram a realização descarada
de “boca de urna”. O voto custava R$ 20,00, descaracterizando a autonomia do
processo eleitoral. Um crime que de tão antigo, já é banalizado no país.
O tema volta a pauta, pois o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente já deu posse aos novos Conselheiros. Pessoas eleitas para um
mandato de quatro anos em um processo totalmente corrompido.
Uma eleição viciada, marcado pela violência, sem nenhuma segurança jurídica,
absurdamente desvirtuado pela compra de votos e pelo cerceamento da
liberdade de escolha pelos eleitores.
Se em uma eleição para conselheiro tutelar, em uma capital de estado,
acontecem tantas atrocidades, não precisa ser muito criativo para imaginar os
absurdos e irregularidades que ocorrem nos processos eleitorais maiores.
O processo de escolha dos Conselheiros está manchado e por estarmos em
ano de eleições municipais esse desastre tem que servir de exemplo do que
não deve ser feito.
A Justiça Eleitoral precisa agir para impedir que práticas criminosas interfiram
na legitimidade de um processo eleitoral. Não podemos correr o risco de em
janeiro de 2017 vermos empossados, como nossos representantes, pessoas
que não são porta-vozes de comunidades. São sim, representantes de
interesses particulares, da violência e do dinheiro.
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