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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas! Volto à tribuna não para confrontar com o colega, até porque acho que isso é desnecessário, aqui dentro, mas apenas para refutar algumas ideias que foram faladas aqui em cima. Fato que chamou atenção ontem em relação à visita do ministro da Justiça, Flávio Dino, na Nova Holanda, Complexo da Maré. Eu não vi ninguém falando em torno de fake news em relação a isso, não é? Fake news para mim é quando alguém traz uma informação que não é verdadeira. Eu, por exemplo, jamais disse que o ministro tem conluio com traficante, discordo disso, não vi aquilo ali, mas lendo essa matéria bem aqui: “Maré, a favela de todas as facções armadas que a polícia ainda não conseguiu tomar. Ministro da Justiça chegou à favela sem qualquer tipo de escolta policial”. Chegou com mais um carro ali, foi recepcionado por locais naquele momento. A pessoa mais abnegada, a pessoa que mais idolatra o ministro, o maior fã de carteirinha, com maior coração, que mais ama, que mais gratidão deve, até aquele deputado que, num discurso de 15 minutos e 48 segundos, no seu primeiro discurso, falou o nome do ministro 17 vezes, nem ele poderia dizer que não houve uma articulação de alguém do ministério com representantes da comunidade e, inclusive, das facções, para que a visita fosse tranquila. Ou seja, há um canal de diálogo. Óbvio. Mas não é disso que eu quero tratar. Eu quero tratar é da situação. O ministro alega que a agenda foi para tratar com comunidades sobre a questão da violência na comunidade. Eu acho isso extremamente válido porque é verdade que existe, dentro das comunidades, violência, inclusive violência policial, mas o que não dá é para ir a uma comunidade dessa forma e passar pano dentro da situação. O fórum de discussão não pode ser dentro de onde é o domínio da facção, não é coerente isso, porque aí o Estado brasileiro se curva ao crime e, e isso é indefensável. Não existe pacto com a bandidagem para o Estado brasileiro ir até a comunidade. Não existe. Então, o que acontece?

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA – Deputado Yglésio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Não concedo o aparte. É liberalidade minha. Ao final do discurso, vou considerar a possibilidade.

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA – Senhora presidente, nos termos regimentais, eu fui citado indiretamente.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Não, não. Não foi citado.

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA – Eu fui citado indiretamente. V.Ex.ª fez referência ao meu discurso, então eu tenho direito à fala.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Não foi citado.

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA – Fazer requerimento nos termos regimentais.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Não foi citado.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE - Deputado Lula, após o Deputado Yglésio, a gente concede o seu tempo dentro do Bloco.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Presidente, ele não foi citado.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE - Continue a fala, deputado. Faça a sua fala.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Ele não foi citado. Ele usa o tempo dele dos blocos.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Isso, o tempo dos blocos.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Meu tempo ele não vai utilizar.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE - Conclua sua fala.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Continuando. Então vamos aqui. Quando o ministro se submete ao julgo do crime, ele se apequena.

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO – Deputado Yglésio, Deputada Mical.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Concedo já um aparte deputada Mical. Então o ministro que se subjuga ao crime é um ministro que demonstra fraqueza, infelizmente, que é o histórico das esquerdas, infelizmente. Eu pergunto: quantas armas ilegais, que é o que ele vive bradando a todo tempo, foram tratadas de ser retiradas ali da bandidagem das facções dentro do Complexo da Maré? O que foi tratado em termo de desarmamento da bandidagem senhoras e senhores? Desarmar apenas o cidadão, o colecionador de armas, o praticante de tiro esportivo, quem quer defender sua família em casa. É isso que eles querem fazer? É somente isso que o Ministro da Justiça quer fazer? As coisas não podem ser feitas dessa forma. Quer dizer, vai na comunidade para falar de violência policial, para passar pano para a bandidagem.

O SENHOR DEPUTADO LEANDRO BELLO - Deputado Yglésio, V.Exa. me concede um aparte?

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Não senhor, ao final, vou considerar. Então, continuando Presidente. Como é que o Ministro da Justiça vai passar pano para a criminalidade, para falar da violência policial contra a área dominada pelo traficante? Gente do céu! Em que país isso existe? Então essas coisas a Esquerda o tempo todo tenta desvirtuar. Agora eles mudaram. Olha, se você for ver a página do Universo online, da Folha, só tem pauta de joias, 16 milhões de reais de pauta de joia. Eles estão oferecendo 19 milhões de reais de emenda para cada deputado federal para retirar as assinaturas da CPI dos atos antidemocráticos de 08 de janeiro, porque eles têm medo, porque o Ministro estava assistindo de cadeirinha as coisas acontecendo naquele dia. Por falar em presente, os que me antecederam aí e a imprensa dizem o tempo todo que o Bolsonaro ficou com joias. Só Lula e Dona Dilma ficaram com 551 presentes, 551 presentes de autoridades estrangeiras. Devolveriam em 2019, depois do TCU editar, em 2016, uma instrução normativa. Incoerentes, são incoerentes. Cortina de fumaça para camuflar compras de mesas de luxo sem licitação; aumento de 50% de voo da FAB para ministro; farra na Lei Rouanet; pularam na projeção da inflação; aumento de combustível, indicação do Toffoli, advogado do tri-condenado para o STF; ausência de âncora fiscal clara, piora da geração de emprego, queda da abertura de novas empresas no país; aumento de desmatamento no mês de fevereiro. Fracassados querem camuflar o fracasso lembrando do passado, mas escondem a sua podridão, tentando macular as outras pessoas. Eram essas as minhas palavras, Senhora Presidente, muito obrigado.