03/05/2022 - Pequeno Expediente Ana do Gás Ana do Gás

Ana de Nazaré Pereira Silva Macedo Mendonça

Aniversário: 27/05
Profissão: Empresária

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A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS (sem revisão da oradora) – Bom dia a todos e todas. Primeiramente, agradecer a Deus por mais um momento de estarmos aqui nesta Casa, a Casa do Povo. E trago hoje, nessa manhã, Deputada Socorro, a frase dessa grande poetisa e escritora Conceição Evaristo: “A noite não adormece nos olhos das mulheres. Há mais olhos que sono.” A gente percebe que nós estamos vivendo um momento bem delicado, Deputada Betel. Senhor Presidente, caros colegas, TV Assembleia, internautas, trago aqui, a esta Casa, a denúncia e o meu repúdio e minha profunda indignação pelos casos de racismo, assassinatos, feminicídio e estrupo de vulneráveis ocorridos nos últimos dias aqui no nosso estado. Vivemos, nesse último final de semana, Deputada Helena, da companheira Crisciele, uma liderança destacada na luta antirracista, que sofreu crime de racismo numa loja, Deputado Inácio, na Rua Grande. Em tempos como hoje, a gente ainda enfrenta esse tipo de preconceito, essas desigualdades, essa falta de respeito. E eu trago aqui o meu repúdio a toda situação vivida e constrangimento a essa mulher negra. Essa mulher que entregou ao nosso estado, grandes projetos, grandes programas a serviço de muitos homens e mulheres aqui do nosso estado, que foi minha colega de trabalho quando estava Secretária de Estado da Mulher. Eu deixo aqui a minha indignação sofrida pela companheira Crisciele pelo simples fato, também, de ser mulher e ser uma mulher preta. Porque nós sabemos que vivemos numa sociedade machista e patriarcal, onde a mulher preta sofre duas vezes mais, Deputada Betel, violência, todo tipo de violência, todo tipo de preconceito. Trago aqui também a minha indignação pelo assassinato da liderança quilombola de São João do Sóter. A sua luta foi pela titulação da comunidade do Jacarezinho. E o senhor Edivaldo Pereira Rocha, pai de família, foi morto, foi assassinado brutalmente pelo motivo de estar lutando pela sua comunidade, pelo direito de igualdade e respeito. Trago aqui também aos caros colegas uma situação também vivenciada nesses últimos 15 dias em relação à intolerância religiosa. Nós vivemos em um país laico, em um estado laico, e a Casa Fanti sofreu ataques, umas das casas de axé mais importante aqui do país, no último dia 24 de abril. E quero aqui me solidarizar com o Secretário de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, com a nova Secretária de Direitos Humanos, Amanda, que também colocaram uma nota de repúdio em relação a essa situação vivida nesta Casa. Nós precisamos, Pastor Cavalcante, respeitar todas as religiões. Em João 3 diz: Porque Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho. Deus deu esse filho por todos nós: negros, brancos, indígenas, ricos, pobres, independentemente de qualquer religião. Então, a palavra de Deus é clara, é precisa, e Jesus Cristo foi exemplo de todo esse amor, amou todos. Então, é preciso que venhamos nos respeitar e que combatamos qualquer tipo de preconceito, de racismo e de intolerâncias. Trago aqui também, Deputada Betel, a minha indignação por ainda estarmos perdendo vidas de mulheres pelo simples fato de sermos mulheres. A Ianca Amaral, mulher jovem, mãe, esposa, foi morta, nesse fim de semana, a tiros, em sua própria casa, em Dom Pedro, ali na nossa região dos Cocais, central do Maranhão. O principal suspeito desse crime de feminicidio é o seu marido, o marido de Iana, que foi preso, graças a Deus, a justiça conseguiu prender esse indivíduo que tirou a vida de mais uma mulher. Deputado César Pires, quando se tira a vida de mais uma mulher, essa dor é sentida por todas nós. Trago aqui também a nossa preocupação porque, nesse último mês de abril, no município de Alto Alegre, um bebê de quase oito meses, senhores e senhoras deputados e deputadas, foi violentada pelo seu próprio pai que também está foragido. Então, são inúmeros casos de violência contra as nossas meninas e mulheres no estado todo. Peço aqui que a gente possa somar forças na luta pela justiça de todos esses casos e que possamos ficar atentos, porque, infelizmente, a violência e os agressores estão ali do nosso lado. Então, pela dor e pela revolta de Criciele, da família e de amigos de Edivaldo Pereira Rocha, de Ianca Amaral e da bebezinha de Alto Alegre. eu peço aqui a todos os colegas um minuto de silêncio.

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