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O SENHOR DEPUTADO ZÉ INÁCIO LULA (sem revisão do orador) - Senhor Presidente em exercício Paulo Neto, colegas Deputados, galeria, imprensa, todos que nos acompanham pela pelo sistema de comunicação da Assembleia. Senhor Presidente, eu subo, mais uma vez, a esta tribuna para tratar exatamente do tema eleições e dizer, com muita tranquilidade, que o domingo que se aproxima será um domingo de vitórias para o Partido dos Trabalhadores, para o ex-presidente Lula, para todos aqueles que estão defendendo e apostando na democracia e contra o autoritarismo. E eu sempre gosto, quando se trata de eleições, de me pautar em números, em fatos políticos relevantes que alteram positivamente ou negativamente o processo eleitoral. Eu começo pela pesquisa IPEC recentemente divulgada que dá o ex-presidente Lula com 54 % dos votos, contra 46% do Presidente Bolsonaro. A Atlas, que é o instituto de pesquisa que mais acertou no primeiro turno, traz Lula com 53% e Bolsonaro com 47%, diferença de seis pontos. A primeira a oito pontos, agora seis pontos. Na Ipesp, Lula aparece com 53% e Bolsonaro com 47 %. Na pesquisa Quest, Lula aparece com 53% e Bolsonaro com 47%. Três pesquisas destas que eu estou apresentando com resultado igual, 43 a 47. Este é o primeiro fato que eu acho que é relevante para o debate político. Muito embora as pesquisas têm sido muito questionadas no primeiro turno, mas eu acho que até foi bom se questionar essa pesquisa, os institutos passaram a ter mais zelo, mais preocupação em dar resultados corretos. E eu volto a falar desses números das pesquisas ao final do meu discurso para mostrar o que nós estamos vivenciando agora nesse momento de desespero de chororô de quem já faz uma choradeira antecipada de quem vai perder eleição. Mas voltando aqui às questões dos fatos políticos das últimas duas semanas, que impactaram no processo eleitoral, primeiro, nós temos que considerar que a população brasileira, na sua grande maioria, que rejeita o Bolsonaro, é pelo fato de que ele fez uma, sobretudo, uma péssima política econômica que não gerou empregos, só voltou a carestia, retornou a inflação e tornou o país mais pobre. Então, sobretudo a população pobre do nosso país, olha para trás e vê o quanto a sua vida tinha melhorado em outros governos, sobretudo no governo do ex-presidente Lula e na hora que faz esse comparativo, o Bolsonaro está aí rejeitado pela grande maioria da população, isso se tornou um grande obstáculo, muito embora tenha abusado muito do poder econômico e político com várias ações governamentais eleitoreiras, como é o caso do aumento de combustível, o preço do combustível controlado artificialmente, somente nas vésperas da eleição, mas, ainda assim, não consegue ter número suficiente para ganhar as eleições. E do ponto de vista, como eu disse, anteriormente, dos fatos políticos relevantes que têm alterado o processo eleitoral, nas últimas duas semanas, eu cito quatro fatos, um deles aquele que o presidente diz que “pintou o clima”, quando ele se refere para adolescentes de 14 anos de idade, aquele presidente que diz defender a família, ele pinta um clima com adolescente, desrespeitando não só a adolescente, a jovem e as famílias de todo Brasil. Outro ponto muito negativo, Senhor Presidente, só para eu concluir, dois pontos muito negativos é também a fala do presidente Guedes, que diz que não, que vai de desindexar o salário-mínimo, ou seja, o salário-mínimo não terá correção de acordo com a inflação. Isso vai gerar mais desigualdade e mais pobreza no Brasil, e quem ganha um até dois salários-mínimos, que é 70 % da população, e principalmente os aposentados estão dizendo não ao Bolsonaro, e é por isso que ele não vai ganhar as eleições, e o presidente, que é autoritário, ele também quer mudar a composição do Supremo Tribunal Federal, aumentar mais cinco vagas. Isso também teve uma repercussão muito negativa porque mostra mais uma vez que não é democrático não respeita as...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO PAULO NETO - Liberem o áudio ao deputado.

O SENHOR DEPUTADO ZÉ INÁCIO - Ok, obrigado, Senhor Presidente, e só para eu concluir, aí por último tivemos um episódio do Roberto Jefferson atirando contra policiais federais, mais de 50 balas de fuzil, granada, isso mostra quanto o governo Bolsonaro prega a violência no Brasil. Outro episódio que também faz com que ele vá perder a eleição. Eu tenho até dito que o episódio Roberto Jefferson é a facada de 2018, de forma invertida, ali ele perde as eleições. E para concluir essa questão de inserções é o chororô antecipado de quem vai perder as eleições. Amigos da imprensa, vocês verão, no domingo à noite, quando Bolsonaro perder a eleição após o resultado oficializado, ele vai dizer que vai ajuizar ações porque o processo não foi legítimo, houve desigualdade no pleito, nas inserções. E ele vai questionar isso para manter um discurso político a sua base política. Então esse debate sobre inserções, que é uma responsabilidade não do TCE, dos partidos políticos junto ao acompanhamento dos veículos de comunicação, é uma preparação para mais um argumento político, porque o questionamento das urnas eletrônicas não colou. É o choro antecipado dos derrotados.

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Presidente, libera o tempo aí para o Deputado Zé Inácio. Zé Inácio precisa falar mais ainda. Libere o tempo para o Deputado Zé Inácio, por favor.

O SENHOR DEPUTADO ZÉ INÁCIO – Obrigado, Deputado Wellington. Assim como eu fiz com V. Exa. pedindo para liberar seu tempo, você está sendo muito justo. E só para eu concluir, Senhor Presidente. É conclamar a população brasileira, população maranhense para ir às urnas no domingo votar, exercer a cidadania e fazer com que a democracia possa, de fato, ser retomada em nosso país com Lula Presidente. Então muito obrigado e vamos comemorar as eleições a partir do domingo à noite com a vitória do Lula 13. Muito obrigado.