Em entrevista à Rádio e TV Assembleia, nesta sexta-feira (17), o chefe geral da Embrapa Cocais no Maranhão, Marco Bonfim, afirmou que o Estado não pode prescindir do trabalho dessa empresa pública.

Segundo ele, o Maranhão tem uma pauta robusta de produção e é um estado com vocação agrícola, pois 35% da sua população vive no campo. “Propomos uma grande aliança das forças de ciência e tecnologia e inovação do estado como, por exemplo, a Uema, Ufma, Ifma. A partir daí, vamos prospectar junto aos produtores e poder público quais são as grandes demandas para que a gente possa direcionar os projetos de pesquisas e solucionar essas questões mais críticas”, defendeu.

Embrapa

Segundo Marco Bonfim, a Embrapa foi criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 1973, para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical. “A iniciativa tem o desafio constante de garantir ao Brasil segurança alimentar e posição de destaque no mercado internacional de alimentos, fibras e energia”, acrescentou.

Na execução dessa tarefa, Marco Bonfim disse que a Embrapa desenvolve um trabalho em permanente diálogo com os produtores, organizações científicas e lideranças do Estado e da sociedade civil.

“Nosso trabalho é pautado por excelência científica em pesquisa agropecuária, qualidade e eficiência produtiva em cultivos e criações, sustentabilidade ambiental, aspectos sociais e parcerias com o setor produtivo”, acentuou.

Aliança e Inovação

“Apesar de sermos sempre referenciados como uma empresa de pesquisa, costumo dizer que somos uma empresa de inovação. E inovação pressupõe que essa pesquisa seja utilizada na prática e gere valor para a sociedade. Para tanto, é preciso que haja uma grande aliança da pesquisa com o poder público e o setor produtivo. Por isso que o nosso foco é na aliança, exatamente para criarmos esse ambiente de inovação, e buscar o desenvolvimento sustentável”, ressaltou o gerente geral da Embrapa Cocais.

O gerente geral afirmou que o Maranhão tem 80% da sua área dentro da Amazônia Legal. “Falar em produção no Maranhão, como pano de fundo, é falar em garantir que esses recursos naturais se preservem e fiquem estáveis ao longo do tempo”, frisou.

Roça Sustentável

Marco Rolim disse que, hoje, o Maranhão tem mais de 60% da sua população em situação de insegurança alimentar moderada ou grave, que precisa ser enfrentada. “Precisamos identificar essas situações e buscar empregar as tecnologias apropriadas para superá-las como, por exemplo, o 'Sisteminha', que já foi alvo de políticas públicas no passado. Esse projeto consegue garantir alimentos na mesa dessas pequenas comunidades”, assinalou.

“Outra estratégia é o projeto que chamamos 'Roça Sustentável', que é uma reconfiguração da chamada 'roça no toco', que a gente conhece. Já temos uma proposta para superação desse estágio com o emprego de um arsenal de tecnologias de inovação”, revelou.