16/07/2021 15h35

O deputado Antônio Pereira (DEM) ocupou o pequeno expediente da quarta-feira (14) para defender o debate, na Assembleia Legislativa do Maranhão, sobre a Proposta de Emenda Constitucional da Reforma Política (PEC), cuja relatora é a deputada federal Renata Abreu (Podemos/SP). A PEC tramita na Câmara Federal e deverá ser apreciada após o recesso parlamentar.

Em parecer sobre a PEC da reforma eleitoral, a deputada Renata Abreu (Podemos/SP) propôs a adoção do chamado "distritão" como novo sistema eleitoral para as eleições de outubro de 2022. Trata-se da PEC que pode instalar no Brasil o sistema que elege deputados e vereadores mais votados de forma desvinculada do desempenho dos partidos.

Antônio Pereira ressaltou que é preciso cautela, uma vez que muitas mudanças de legislação poderão ocorrer. “O que mais chama a atenção é a questão do sistema 'distritão', que, para muitos, não é o ideal, especialmente para os políticos do Sul e do Sudeste, em especial para as instituições que representam os  sindicatos e as minorias”. 

Mais votados

O deputado sugeriu um estudo para fortalecer a relação com a PEC, discutir e defender ideias e conversar com as outras Assembleias. “Após a eleição, eleitores reclamam, por exemplo, que um candidato que teve 30 mil votos não foi eleito e que outro que teve dez mil conseguiu se eleger. Há, também, o lado positivo. Mas essa dúvida fica na cabeça do eleitor”, afirmou.

O democrata deixou claro não ser contra o “distritão”, em que se escolhe os mais votados. “Não acho que o sistema enfraquece os partidos. Muito pelo contrário, uma vez que os partidos tenham vários representantes, isto não vai enfraquecê-los. Temos que buscar na lei uma solução para essa questão que precisamos discutir na Assembleia”, frisou.

Por fim, Antônio Pereira ressaltou que o presidente da Casa, deputado Othelino Neto, tem uma excelente relação com todas as Assembleias Legislativas. “É preciso fortalecer a base da pirâmide. Somos a base para dar força política aos nossos deputados federais e senadores do Maranhão e do Brasil para que eles se sintam seguros no momento de votar a PEC e tenham o apoio da classe política”, concluiu.