27/04/2022 18h07

“Abril Marrom”: Lei institui mês com ações de prevenção à cegueira

Agência Assembleia

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“Abril Marrom”: Lei institui mês com ações de prevenção à cegueira
Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 60% a 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados | Agência Assembleia

Estudos recentes apontam que a população mundial com cegueira ou algum tipo de deficiência visual deve dobrar até 2050. Só no Brasil, já são mais de 1 milhão de pessoas cegas. No Maranhão, visando chamar a atenção para o problema, uma iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto, virou lei (nº 10.998, de 29 de março de 2019) e institui no estado o “Abril Marrom”, mês dedicado à prevenção da cegueira.

“Essa é uma ação que visa à conscientização e à prevenção, por meio de ações articuladas pelo poder público e iniciativa privada. Todos devemos nos unir para garantir a saúde ocular da população e também para dar visibilidade aos dados sobre a incidência da cegueira”, ressalta Othelino Neto.

Buscando a prevenção, no Maranhão o “Abril Marrom” terá celebração anual com a realização de campanhas que estimulem as visitas periódicas a especialistas e o acesso a exames preventivos. A lei prevê ainda a mobilização de entidades médicas, centros hospitalares e poder público, e determina a visibilidade a dados e informações acerca da cegueira.

A prevenção é necessária. Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 60% a 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados. Daí a importância do “Abril Marrom”. O professor Derocy Dias Reis, por exemplo, nasceu com baixa visão na cidade de Poção de Pedras (MA). Os pais sempre buscaram ajuda médica, mas com um histórico de cegueira familiar e após um acidente, ele perdeu a visão aos 11 anos de idade. 

“Brincando na rua, na minha cidade, tive um acidente com um automóvel e, a partir daí, eu notei uma perda significativa no residual que eu ainda possuía e fui gradativamente perdendo a visão. Buscamos o acompanhamento médico, mas o quadro já era irreversível. No decorrer de um ano, um ano e dois meses, perdi totalmente a visão”, detalha o docente, que hoje é concursado e dá aulas de Braille e Soroban, no Centro de Apoio Pedagógico Professora Ana Maria Patello Saldanha, no Maranhão Novo.

Especialistas reforçam que é fundamental o acompanhamento periódico com especialista para cuidar da boa saúde dos olhos. Em alguns casos, doenças poderiam ser tratadas, evitando a evolução para cegueira. 

“As pessoas tendem a não procurar um oftalmologista antes de ter algum sintoma, algum sinal. Isso é muito grave. A criança deve ser levada ao especialista desde o nascimento, para que possa realizar o teste do olhinho e checar se existe passagem para a luz por todo o sistema óptico”, relata o oftalmologista Marques Feitosa. 

Segundo estudiosos, nas próximas décadas, 61 milhões de pessoas serão cegas, 474 milhões terão alguma deficiência visual moderada ou severa, 360 milhões terão deficiência visual leve e 866 milhões terão presbiopia não corrigida.



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