Agência Assembleia

02/03/2010 00h00 - Atualizado em 02/03/2010 18h09

O deputado Edivaldo Holanda (PTC) considerou negativa a entrevista do secretário estadual de Cultura, Luís Bulcão, que visava esclarecer os gastos no total de 47 milhões liberados para a organização do chamado carnaval da alegria. Segundo a mídia de oposição, ao contrário de elucidar, as declarações do gestor corroboraram as denúncias de malversação de dinheiro público feitas pelo próprio Holanda na semana passada. Segundo o líder da oposição, os números apresentados pelo secretário de Cultura na entrevista coletiva não batem com os valores anunciados pela governadora Roseana Sarney Murad (PMDB), de R$ 47 milhões, colocando em xeque a palavra de cada um dos gestores. “Em entrevista ao jornal O Imparcial o secretário nega despesas de R$ 47 milhões e garante que o investimento no carnaval chegou a menos da metade deste valor. Mas quem falou neste valor foi a governadora e sua mídia, ao embarcar para tratamento de saúde no exterior. Segundo afirmou a governadora seriam R$ 29 mi para o interior e R$ 18 mi para a capital”, enfatizou. O parlamentar afirmou que considera uma falta de respeito do governo em não permitir que o secretário Luís Bulcão compareça à Assembleia Legislativa para prestar os esclarecimentos que estão sendo exigidos pela população. “Ao invés de comparecer a esta Casa para prestar os esclarecimentos definitivos sobre os gastos reais do carnaval, o secretário certamente atendendo orientação da bancada do governo preferiu reunir a mídia para enviar recados aos deputados num completo derespeito a este Poder”. Ainda se referindo sobre os gastos excessivos da Secretaria de Cultura, o parlamentar fez referências comparativas entre os orçamentos dos carnavais do Maranhão e Pernambuco. “Pernambuco, que é um carnaval mais tradicional do que o do Maranhão, gastou apenas R$ 16 milhões e o que se sabe é que eles fizeram um grande carnaval, a Rede Globo mostrou isso. Todos os governos ajudaram em seus carnavais, mas este é que foi de forma diferente, uma ajuda que trouxe muitas interrogações à sociedade, e que o secretário que disse que ia explicar à imprensa não explicou, lançou deboches a esta Casa”, finalizou.

MAIS NOTÍCIAS