O deputado Vinícius Louro (PR) participou, neste fim de semana, da 4ª Vaquejada do Parque Mãe Lucila, situado no povoado Santa Filomena, na cidade de Santa Inês. O parlamentar foi um dos grandes incentivadores para que a vaquejada se tornasse esporte em todo o país. Ele é autor do Projeto de Lei 225/15, que regulamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural do Estado do Maranhão, instituindo medida de proteção e combate a maus tratos de animais.
O evento, que contou com a participação de 1.200 vaqueiros de vários estados do país, começou na quinta-feira (31) e terminou neste domingo (3), organizado pelo proprietário do parque, Berguinho, e com a presença do deputado Sousa Neto (PRP); dos deputados federais André Fufuca (PP) e Weverton Rocha (PDT); da prefeita de Santa Inês, Vianey Bringel; e de prefeitos da região.
O deputado agradeceu ao convite de Berguinho e família e parabenizou pela organização da vaquejada, considerada uma das maiores do Maranhão. “Eu vim prestigiar esse grande evento e lembro que, na Assembleia Legislativa, nós aprovamos essa regulamentação contra maus tratos a animais. Aqui no parque, temos a presença do juiz do bem-estar do animal e conferimos a altura da areia, que está com 60 centímetros, formando um colchão para que o boi caia sobre um local macio”, destacou.
Louro também afirmou que houve cuidado em relação às esporas, arreios e à cauda, para que nenhum animal saísse machucado. "O Parque Mãe Lucila é um exemplo de local-sede de vaquejada no Maranhão. Acredito que todos os chefes da vaquejada estão observando isso. É importante ter esses cuidados, pois os ativistas estão vigilantes a esta causa e, quando eu entrei com o projeto de lei, foi justamente para banir maus-tratos", garantiu Vinícius Louro.
O deputado afirmou que a vaquejada, hoje, é o esporte (tirando o futebol de campo) que mais tem telespectador, gerando emprego e renda. "É importante ver o Maranhão e o Nordeste valorizarem a vaquejada, que também fomenta a economia, gerando emprego e renda. Aqui em Santa Inês, os hotéis estão ganhando, os restaurantes estão vendendo muito e, aqui no parque, são várias as famílias que comercializam produtos. Por isso, nós temos que incentivar e valorizar esse esporte", destacou Vinícius Louro, que aproveitou para visitar estandes e conversar com comerciantes e famílias proprietárias dos caminhões que participaram da vaquejada.
Bandeira da vaquejada
Coordenador da vaquejada, Berguinho destacou que, além de ser uma diversão para a cidade, a vaquejada contribui para a geração de emprego e renda. "O povo tem que abrir os olhos, porque vaquejada gera renda de mais de um bilhão e meio por ano. Em termos de público, só perde para o futebol de campo e, em termos de investimento, para a Fórmula 1. Então, eu acho que é um grande esporte", observou.
O presidente da Associação dos Vaqueiros do Maranhão, Almir Serejo, disse que a vaquejada está evoluída. "Hoje, a gente preza muito pelo bem-estar do animal. Antigamente, era muito criticada, exatamente porque muitos animais ficavam feridos durante as competições. Hoje, eles são preservados", afirmou.
Comércio
O parque ofereceu infraestrutura para comerciantes venderem produtos. Foram instalados mais de 80 estandes e pequenas barracas para venda de churrasco, bebida, lanche, chapéus, bonés, botas, brinquedos, entre outros itens. A área ampla conta com arena onde ocorreram os rodízios dos vaqueiros; estacionamento para mais de 400 caminhões; baias para os animais; açude e ampla área com palco, onde foram realizados os shows com bandas locais e nacionais.
Paulo Roberto de Almeira Wy, 60 anos, natural da cidade de Uberaba (MG) e que mora há 15 anos no Maranhão, é proprietário da Chapelaria e Selaria do Cowboy. Ele trabalha há 15 anos em exposições e vaquejadas. "Hoje, eu só trabalho no Maranhão, Pará e Tocantins, mas já rodei o Norte e Nordeste vendendo os meus produtos. É daqui que tiro o sustento da minha família", contou.
A cabelereira Jaqueline Silva e seu esposo, Richard Costa, disseram que estavam trabalhando para conseguir renda extra com a venda de bonés e chapéus. "É uma oportunidade de emprego, além da diversão", disse Jaqueline Silva.
"É um esporte muito bom, pois dá emprego para muita gente. Sou um admirador da vaquejada. Por onde eu passo e tem vaquejada, paro para vender meus produtos", disse João Maria Dantas, natural de Natal (RN) e que comercializa bonés no atacado para lojas e pequenos comerciantes.
Competições
A Vaquejada do Parque Mãe Lucila atraiu vaqueiros de vários estados que, além de buscarem premiações, têm o esporte como um hobby. É o caso de Bruno Cardoso, administrador, da cidade de Belém, que há 15 anos participa de vaquejadas pelo Brasil. "Para mim é um hobby. É um esporte que me satisfaz. Também já ganhei vários prêmios, inclusive dinheiro", observou.
"Trabalho desde os 15 anos como profissional. Já ganhei diversos prêmios, como moto, dinheiro, e dividi um carro com outro vaqueiro. O amor pelo esporte não me deixa desistir", disse o estudante Dheovane de Sousa.
Flávio Sampaio, vaqueiro e um dos organizadores do evento, disse que a vaquejada é um esporte que gera emprego e renda para muitos pais de família. "Muitos vaqueiros dependem do dinheiro que ganham nas vaquejadas para sustentar suas famílias. Eles dependem desse esporte como meio de sobrevivência", finalizou.
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