Convidadas foram Rakelly Rays, do Curso de Licenciatura e Estudos Africanos e Afro-brasileiros da UFMA; e Maitê Sousa, do Núcleo de Diversidade e Relações Étnico-Raciais do IEMA
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O programa ‘Contraplano’, da TV Assembleia (canal 9.2 - TV aberta; canal 309.2 - SKY; e canal 17, Maxx TV), trouxe à discussão, nesta terça-feira (21), o papel da educação no combate ao racismo, marcando a passagem do Dia da Consciência Negra (20 de novembro). Participaram do debate, a representante do Curso de Licenciatura e Estudos Africanos e Afro-brasileiros da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Rakelly Rays; e a coordenadora do Núcleo de Diversidade e Relações Étnico-Raciais do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA), Maitê Sousa.
Apresentado pelo jornalista Fábio Cabral, o programa abordou, dentre outras questões, a importância de se promover uma educação antirracista na sociedade e como esse trabalho é desenvolvido em escolas e junto à sociedade civil. Também tratou sobre os resultados e desafios que podem ser observados em sua implementação.
Educação inclusiva
Para Rakelly Rays, é de fundamental importância o debate sobre que tipo de educação nós queremos. “Defendemos que seja uma educação inclusiva e emancipatória, que contemple a diversidade de grupo sociais que nós temos no Brasil. Hoje, temos um nível muito grande de discussão dessa temática”, acentuou.
“Quando a gente fala de uma educação antirracista, a gente fala de uma amplitude do acesso à cidadania: a presença de creche e de escola de educação básica de qualidade. Atualmente, quando o Estado vem com o projeto do IEMA, querendo estabelecer uma educação de qualidade a todo o Ensino Médio, é com esse foco. Temos avançado, mas ainda temos entraves”, acrescentou Rakelly Rays.
A representante do curso da UFMA salientou: “E esses entraves só serão superados com a intensificação desse debate na sociedade. Temos um racismo estrutural em nossa sociedade que nem sempre é percebido no nosso cotidiano. Não somos educados para percebermos esses resquícios e, assim, passarmos a nos reeducarmos”.
Racismo cultural
Para Maitê Sousa, no Brasil, existem práticas de racismo inconsciente. “Diante dessa constatação, precisamos refletir sobre o que devemos fazer para evitar que essas práticas racistas se reproduzam. É aí que entra o papel da educação”, assinalou.
“Temos que elaborar um projeto de educação antirracista, que é um projeto de reeducação que pense as políticas públicas como instrumentos de reconceituação dos elementos formadores da sociedade brasileira. Então, a educação antirracista é um processo civilizatório e um projeto de sociedade para o qual nós queremos”, emendou Rakelly Rays.
Desafios
De acordo com Maitê Sousa, uma educação antirracista e emancipatória deve estar focada na realidade da comunidade na qual a escola está inserida. “A memória social deve ser um eixo do processo de educação antirracista, aliada ao processo permanente de formação de professores. É de fundamental importância que os professores estejam capacitados e aptos a interagirem com os alunos, no processo de ensino aprendizagem, com foco nos valores que conduzem à valorização e respeito às manifestações culturais diversas que formam a cultura brasileira”, acentuou.
Corroborando com Maitê Sousa, Rakelly Rays disse que o olhar do profissional docente é determinante para se garantir uma educação antirracista.
“Quando nós temos um profissional capacitado e engajado, organicamente, para ter esse olhar, ao chegar na comunidade, ele vai ter condições de mobilizar os alunos e trazer para dentro da escola conhecimentos que são significantes e significativos para o aluno. Dessa forma, podemos ter uma educação antirracista e emancipatória, capaz de garantir um processo de cidadania e de inclusão desses jovens que se encontram em situação de marginalidade e até de criminalidade”, assinalou Rakelly Rays.
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