Os dois anos da morte da missionária norte-americana naturalizada brasileira, Dorothy Stang, completados hoje, foram lembrados pela deputada estadual Helena Barros Heluy (PT) durante a sessão desta segunda-feira (12), na Assembléia Legislativa. Irmã Dorot
Da Assecom / Gab. da deputada Helena Heluy
Os dois anos da morte da missionária norte-americana naturalizada brasileira, Dorothy Stang, completados hoje, foram lembrados pela deputada estadual Helena Barros Heluy (PT) durante a sessão desta segunda-feira (12), na Assembléia Legislativa. Irmã Dorothy foi assassinada aos 73 anos com seis tiros no município de Anapu (PA), a mando de fazendeiros.
A deputada lamentou a impunidade dos mandantes do crime e convidou os demais parlamentares a participar da missa em memória da freira, à noite, na Igreja São João, seguida de um debate sobre os conflitos de terra no país e no Maranhão.
Helena afirmou que são mais de duas mil mortes motivadas pela causa da terra, que é “um dom de Deus e um direito de todos”.
A parlamentar apresentou requerimento à Assembléia, solicitando a transcrição, para os anais da Casa, do depoimento de David Stang — um dos sete irmãos de Dorothy —, em que ele questiona a impunidade e quais teriam sido as motivações de Rayfran das Neves Sales e seu comparsa, Clodoaldo Carlos Batista, assassinos da freira, que, por 30 anos, lutou pela construção de escolas, igrejas e cooperativas alimentícias para beneficiar as populações mais necessitadas da Floresta Amazônica, adotada pela freira como “sua casa”.
No depoimento, David Stang lembra a morte covarde da freira que tinha como única defesa uma bíblia que segurou nas mãos até morrer, sucumbindo de rosto para a terra que se misturou ao sangue inocente da religiosa.
Ao ler alguns trechos do depoimento, Helena ressaltou a repercussão internacional da brutalidade contra a irmã da ordem de Notre Damme, que sofrera ameaças de fazendeiros daquela região.
A deputada comentou, em tom de reflexão, os resultados nefastos dos conflitos pela terra, apontados em relatório recente, dando conta de que, em 2006, 35 trabalhadores rurais foram mortos e 166 ficaram gravemente feridos, além dos mais de 150 feitos prisioneiros por defender seu direito a um pedaço de chão.
Ela concluiu seu discurso, dizendo que “a questão da terra pede justiça, como um marco, neste momento de mudança que todos esperam, e que já se apresenta entre os brasileiros”.
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