Gregório Dantas Jornalista da TV Assembleia
Hoje vou falar de Jornalismo. Não vou me ater a avaliação de Governo A, B, ou
C, muito menos ao conceito de democracia e tão pouco a partidarismos
sectários e ultimamente violentos.
Os estudiosos sabem que a Comunicação deve ser pautada na ética e na
responsabilidade social, sem esquecer que as teorias mais recentes
demonstram que toda notícia é apenas uma versão dos fatos, e nunca a versão
definitiva dos mesmos.
Nos últimos meses, a televisão brasileira assumiu um papel decisivo no
encaminhamento da crise política no Brasil. Cobrindo todo o país, conseguiu
arrastar multidões para as ruas em protestos contra o Governo Federal.
Entretanto, a TV esqueceu o elemento contraditório, a moderação e a
imparcialidade, assumindo o papel de insuflar uma verdadeira convulsão social.
Onde não são mais respeitadas ideias opostas e as diferenças são tratadas
com violência e preconceito.
O jornalismo político brasileiro está fora de controle. A mais recente capa da
Revista “Isto É” e a cobertura completamente desvirtuada do momento político
feita pela grande mídia são provas cabais desse teatro absurdo.
Nas duas últimas manifestações em defesa da democracia e contra a tentativa
de impeachment, a mídia buscou, uma vez mais, desconstruir um dos lados
desta disputa e fortalecer o outro. Revelando a clara decisão dos grandes
grupos de comunicação de atuar como protagonistas neste processo.
A revista “Isto É” fez pior. Colocou em sua capa uma matéria que mais parecia
um panfleto irresponsável produzido por alguém que nunca pisou em uma
escola de comunicação. Um texto cheio de preconceitos, ódio, com fontes
apócrifas e nenhum dado factual.
Rasgaram completamente os livros de Teoria da Comunicação. Li e reli a
“matéria”, não encontrei uma afirmação que possa ser levada a sério. Um texto
cheio de ilações e afirmações sem nenhuma legitimidade e fundamento,
carregado de senso comum. Um folhetim odioso.
O texto beira o ridículo e envergonha a categoria jornalística. Para mim, a
grande mídia passou dos limites éticos extrapolando suas funções de informar
e, desta forma, coloca a já frágil democracia brasileira em risco. Em tempos de
tensão e crise, um desserviço total.
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