20/11/2015 14h27

Mar de lama e de terror

Gregório Dantas Jornalista da TV Assembleia

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Definitivamente o Brasil vive um período perigoso e de instabilidades. Ao 

mesmo tempo em que a lama da Samarco mata o Rio Doce e provoca a maior 

tragédia ambiental do país, um delinquente, atira bombas e balas durante a 

marcha das mulheres negras.

15 dias após a queda das barragens da mineradora, ainda não sabemos as 

consequências e a extensão do impacto ecológico provado por 62 milhões de 

litros de lama residual da mineração. O barro de rejeitos percorrerá mais de 

850 km até chegar ao mar, deixando um rastro de destruição à fauna, à flora e 

às comunidades que estiverem em seu caminho. Triste e revoltante.

O Ministério do Meio Ambiente já afirmou que a lama chegar ao mar é só 

questão de tempo, um processo inevitável. As multas que a Samarco terá que 

pagar, se contarmos com o termo de compromisso firmado entre a empresa e o 

Ministério Público,  já somam quase R$ 1 bilhão e meio.

O valor não é nada se levarmos em conta que 50% da Samarco pertence à 

Vale, a mesma que retirou o Rio Doce de seu nome e nele despejou um mar de 

lama e de terror. Maior mineradora do mundo e com a geração de caixa da 

empresa registrando, em 2014, mais de R$ 31 bilhões.

E enquanto os brasileiros se revoltam e choram com a catástrofe de Mariana, 

um policial civil, que já havia sido detido por portar arma de fogo e armas 

brancas, foi preso após disparar tiros durante Marcha das Mulheres Negras em 

Brasília.

O desvairado participava de um acampamento, em frente ao Congresso, que 

pedia a volta da Ditadura Militar. É Muita falta do que fazer. A cara de pau do 

tresloucado foi tanta, que ele alegou ter se sentido ameaçado por conta do 

protesto. A que ponto chegamos! Em um ato que reivindicava políticas de 

combate à violência e à discriminação contra as mulheres negras um insano 

atira balas e bombas e pede a volta da repressão.

Sinceramente eu espero que os responsáveis pela tragédia de Mariana sejam 

devidamente punidos e tenho fé que a alienação, a intolerância e a violência 

não vencerão a cordialidade e o bom senso. Até a próxima.



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