'Setembro Amarelo': ciclo de lives promove debate sobre a relação entre suicídio e uso de drogas

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Agência Assembleia
24/09/2020 14h48 - Atualizado em 24/09/2020 20h39

Marcelo Costa e Cristiane Lago discutiram a relação entre suicídio e uso de drogas durante a live na Rádio Assembleia Online | Elias Auê - Agência Assembleia

No penúltimo dia do ciclo de lives alusivas à campanha ‘Setembro Amarelo’, a Diretoria de Saúde e Medicina Ocupacional da Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu um debate sobre a relação entre suicídio e uso de drogas. A iniciativa, realizada em parceria com a Diretoria da Comunicação, recebeu o diretor do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPSAD), Marcelo Soares Costa, e a promotora de Justiça e representante da Rede do Bem, Cristiane Lago.

A programação, transmitida pela Rádio Assembleia Online (www.radioalema.com) e por meio das redes sociais do Parlamento Estadual (Facebook e Instagram), teve início na segunda-feira (22) e será encerrada nesta sexta-feira (25). Com o tema “Para Florescer Preciso de Você”, o objetivo é fornecer informações que possam ajudar a prevenir o suicídio e, sobretudo, orientar a sociedade sobre os cuidados com a saúde mental.

Marcelo Costa apresentou dados que apontam como o uso dessas substâncias pode funcionar como gatilho para o suicídio. “São dados fortes, porque 40% das pessoas que usam drogas já tentaram suicídio pelo menos uma vez, quase metade. Enquanto 15% a 20% das pessoas alcoólatras provavelmente irão se matar. Além disso, foi observado que pessoas entre 15 e 19 anos que foram internadas por automutilação em São Paulo, já haviam tentado ou irão tentar suicídio”, acentuou.

De acordo com ele, há indicativos que entregam se a pessoa possui ideações suicidas, reveladas mediante o comportamento, não somente de forma verbalizada. “A sociedade precisa entender que existem tratamentos para isso, entre terapêuticos e psicossociais, que podem amenizar sérios problemas e evitar que aconteça algo irreversível. Como já se sabe, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, e isso pode ser revertido”, explicou Marcelo.

Ao realizar um parâmetro com o período de pandemia, Marcelo ressaltou que o alcoolismo é um dos principais fatores potencializadores do suicídio. Ele explicou que, mesmo sendo uma substância depressora, o consumo do álcool foi o que mais aumentou, fazendo até com que países chegassem a restringi-lo por meio de leis sobre a compra de bebidas alcoólicas. Ele reforçou que o álcool modifica o funcionamento mental de quem o consome e está vinculado a situações de fragilidade social que resultam em atitudes extremas.

Legislação

Cristiane Lago informou que a autolesão foi inclusa na legislação brasileira no ano passado, incorporada à Lei Federal 13819, de 26 de abril de 2019. A lei define como formas de violência autoprovocada o suicídio consumado, a tentativa de suicídio e os atos de automutilação, provocados com ou sem intenção suicida.

Ela ressaltou que o consumo de substâncias químicas é o segundo maior fator determinante de suicídios e, consequentemente, de automutilações, agravando sintomas depressivos e intensificando a impulsividade. “É comprovado que o uso abusivo e indevido de drogas pode desencadear o adoecimento mental, perde apenas para doenças mentais na lista de maiores fatores. E, infelizmente, o lugar onde há maior constatações de casos é no ambiente escolar”, frisou.

 



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