Acordo promoverá adensamento das cadeias produtivas de minérios e grãos

Assembléia, federações, governo do Estado, Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte, Vale e Alumar assinam Protocolo de Intenções neste sentido. Pavão (foto) considera o acordo fundamental para o desenvolvimento do Maranhão

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Da Agência Assembléia
Com Assessorias de Imprensa
11/03/2008 17h44 - Atualizado em 11/03/2008 17h56

Acordo promoverá adensamento das cadeias produtivas de minérios e grãos
Um passo importante para o adensamento das cadeias produtivas de minério de ferro, alumínio e de grãos, conforme previsto no Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial do Maranhão, será dado na próxima quinta-feira (13), quando da assinatura de um Protocolo de Intenções na Assembléia Legislativa, tendo como signatários, além do Legislativo estadual, as Federações da Indústria (Fiema), do Comércio (Fecomércio) e da Agricultura (Faema), Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Sinc), Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), Vale e Alumar. A ação unificada nasceu de um debate iniciado na Assembléia Legislativa, pelo presidente licenciado João Evangelista (PSDB), que acabou por agregar os demais atores, os quais estão plenamente engajados em contribuir com estes três projetos constantes no Plano Estratégico em prol do desenvolvimento econômico do estado. “Com iniciativas como esta, a Assembléia Legislativa contribui com as entidades, empresas e, principalmente, com a população maranhense ao discutir e dar prosseguimento às ações que visam o desenvolvimento do Maranhão. Temos que agregar valor aos produtos que são escoados pelo estado, por meio do maior porto do Brasil e um dos maiores do mundo, o Porto do Itaqui. Com a assinatura deste Protocolo de Intenções, estaremos dando um passo significativo para consolidarmos a cadeia produtiva do minério, alumínio e grãos e promover o crescimento econômico sustentável com a geração de emprego e renda no estado”; avaliou o presidente em exercício da Assembléia, deputado Pavão Filho. Os vetores apontam para a expansão, industrialização e beneficiamento do alumínio; implantação e irradiação da siderurgia no Maranhão; e para o beneficiamento e industrialização de grãos. A concretização do adensamento dessas cadeias, nos seus diversos elos produtivos, refletirá em atração de novos investimentos, agregação de valor aos produtos, oportunidades para as empresas locais e geração de mais emprego e renda para a população. REPRESENTATIVIDADE A cadeia de minério de ferro tem grande representatividade para a economia do Estado, pela commodity em si, como também em função do ferro-gusa e pelotas, produtos que têm como destino o comércio exterior e que contribuem para o saldo da balança exportadora maranhense. Com a disponibilidade da matéria-prima, infra-estrutura de logística de transporte (ferrovia e porto) invejável, e proximidade dos principais mercados internacionais, o Maranhão é o estado que reúne hoje as melhores condições para a instalação de um projeto siderúrgico, o que se constituiria em um importante avanço no adensamento da cadeia. Há que se destacar a importância da produção de alumínio para o Estado. O alumínio produzido em São Luis é destinado ao mercado interno e exportado para diversos países e contribui efetivamente para a arrecadação de impostos no Maranhão. Além de possibilitar o crescimento sustentável da região, por meio da geração de milhares de empregos diretos e indiretos, a indústria desenvolve e contrata empresas locais para o fornecimento de produtos e serviços. Por meio de uma abrangente análise técnico-financeira será possível conhecer todos os fatores de competitividade e atratividade local, estadual, nacional e global para a instalação de novas indústrias de produtos manufaturados de alumínio, como, por exemplo, embalagens, perfis e chapas para construção civil, rodas, fios e cabos etc. Esse estudo é indispensável como suporte para o processo de decisão estratégica de desenvolvimento do estado com informações mais precisas sobre suas reais potencialidades. Na área de grãos, o Maranhão desponta na produção de soja, com uma área plantada em torno de 455 mil hectares (ha) e colheita superior a 1 milhão de toneladas. Antes, a oleaginosa era exportada apenas como mais uma commodity. A cadeia conseguiu avançar, a partir da implantação de uma esmagadora de soja em Porto Franco, abrindo perspectivas de produção de óleo e de farelo para ração animal, potencializando a atração de investimentos em suinocultura e avicultura. A assinatura do Protocolo de Intenções é o ponto de partida para a execução desse projeto unificado, que prevê um diagnóstico completo das três cadeias produtivas priorizadas, no sentido de se elencar o potencial de cada uma, as oportunidades de investimentos, vantagens competitivas e principalmente se identificar possíveis gargalos. “Essa é uma etapa fundamental, pois as informações colhidas servirão de subsídios para a implementação de ações por parte de cada um dos órgãos/instituições parceiros. É um momento importante, por estarem juntos, entes públicos e privados em prol de um mesmo projeto, que não é nosso, mas do Maranhão, na implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial do Maranhão”, frisou o presidente da Fiema, Jorge Machado Mendes. Segundo o presidente da Fecomércio, José Arteiro da Silva, essa será uma importante iniciativa que as entidades representativas empresariais, juntamente com o governo estadual e a sociedade estabelecerão, para o desenvolvimento do Maranhão. “É indubitável que esta ação conjunta entre as entidades viabilizará um importante passo para o crescimento do Estado. Desta forma, com o adensamento das cadeias produtivas de minério de ferro, alumínio e grãos, se abrirá um leque de oportunidades, atraindo novos investimentos, gerando emprego e renda e conseqüentemente, desenvolvendo suas potencialidade industriais.”, ressaltou Arteiro. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (Faema), José Hilton de Souza, considera de fundamental importância, que essas cadeias produtivas tenham um diferencial de tratamento pelo poder público estadual, como forma de criar as oportunidades desejadas para o agronegócio e a indústria maranhense. “A assinatura desse Protocolo de Intenções em muito vai favorecer o desenvolvimento do setor produtivo rural do Estado e contribuir para a melhoria e crescimento gradativo do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, avaliou José Hilton de Souza. Na avaliação do secretário adjunto de Estado de Indústria e Comércio, Fernando Duailibe, “este protocolo vem a somar de forma participativa, de acordo com a vontade do governador Jackson Lago, nos esforços empreendidos pela Sinc para atrair novos negócios para o Maranhão”. Para o gerente geral de Relações Institucionais da Vale, José Carlos Sousa, esta assinatura é um momento importante, pois consolida as parcerias e contribui para o desenvolvimento de um trabalho com foco no desenvolvimento. "Apoiamos essa iniciativa por entender que esse esforço conjunto, entre as entidades de classe, governo e iniciativa privada, está alinhado com o que a empresa tem como meta, contribuir para o desenvolvimento sustentável das regiões onde está presente". A superintendente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), Gisela Introlini, observa a existência de uma série de gargalos a impedir o desenvolvimento mais efetivo do setor de grãos na região Sul do estado. Mas enxerga nessa iniciativa estruturada e unificada entre público e privado como um importante passo para se conseguir dar um salto de competitividade não só na cadeia de grãos, como também na demais. “Como o maior investimento privado do Brasil, na década de 80, a indústria de alumínio foi a porta de entrada para que o Maranhão ingressasse, definitivamente, no cenário econômico nacional e internacional. Hoje, 28 anos depois, o crescimento da região, mediante o seu potencial minero - agrário, é uma realidade cujo grande desafio é alinhar o desenvolvimento com práticas sustentáveis, tanto nos aspectos operacionais, financeiros e ambientais. Cabe aos diversos segmentos produtivos, sociais do Estado contribuir com ações que reconheçam a via da sustentabilidade como um caminho estratégico e viável. A expansão da refinaria da Alumar, o maior investimento dos membros do Consórcio, nos últimos tempos, reflete a disposição dos nossos públicos de interesse, quanto ao futuro do Maranhão e o seu potencial de crescimento”, disse o diretor da Alumar, Nilson Ferraz.

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