Jacqueline Heluy
Agência Assembleia

28/04/2009 00h00 - Atualizado em 28/04/2009 16h14

O deputado Edivaldo Holanda (PTC), por meio de requerimento apresentado nesta terça-feira (28), está pleiteando à Mesa Diretora a transcrição nos anais da Assembleia Legislativa do editorial da coluna Informe JP, veiculado na edição de hoje do “Jornal Pequeno”, sob o título “Os anéis de Ayres Brito”. Pede, também, a transcrição de artigo no blog do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista “Veja”, o qual tece críticas ao presidente do Superior Tribunal Eleitoral. De acordo com Edivaldo Holanda, o texto jornalístico do JP enfoca a tentativa “esdrúxula” de Carlos Ayres justificar a decisão do Superior Tribunal Eleitoral (STE) no processo que culminou com a cassação do governador do Maranhão, Jackson Lago. No editorial, o Jornal Pequeno destaca um artigo de Carlos Ayres publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, por meio do qual o ministro defende a tese de que o segundo colocado no pleito eleitoral deve ser empossado, uma vez que o crime eleitoral teria sido praticado apenas pelo candidato que obteve o primeiro lugar nas eleições. No mesmo artigo, o presidente do TSE assemelha o processo de Jackson Lago aos dos ex-governadores Flamarion Portela (RR) e Mão Santa (PI). Na avaliação de Edivaldo Holanda, César Asfor tenta consagrar o princípio de que apenas o vencedor infringiu a lei, no caso do Maranhão, “mantendo e consagrando a pureza do pleito ao empossar o segundo colocado”. Edivaldo Holanda também destacou o trecho em que o editorial do “Jornal Pequeno” chama atenção para o comentário do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista “Veja”, que analisou em seu blog ponto por ponto todas as argumentações apresentadas pelo presidente do STE sobre a cassação de Jackson, “colocando-as na lata do lixo depois de enxergar nelas uma série de fraudes, demonstrando que a decisão não teve nada de jurídica, mas política”. Na esteira das suas observações, o deputado Edivaldo Holanda também criticou uma frase no artigo em que Carlos Ayres afirma que “não ter dedos seria bem pior”. O parlamentar questiona a que ponto chegou a Suprema Corte do Brasil se a Constituição diz que os dedos devem ter anéis. “Qualquer solução que não seja o governo do vitorioso, sob que pretexto for, corresponde a uma fraude da vontade popular”.

MAIS NOTÍCIAS