“Minha saída do ministério da Aviação Civil não tem nenhuma relação com o processo de impeachment da presidente Dilma”, afirmou, categoricamente, o ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB), em entrevista coletiva realizada no hall de entrada do Plenário da Assembleia, na tarde desta quarta-feira (09).
Eliseu Padilha declarou que entregou o cargo por razões de cunho pessoal, administrativo e partidário. “Sou um homem de partido e fui convocado para cumprir mais uma missão partidária, que é organizar o PMDB para disputar as Eleições Municipais de 2016. Minha carta de renúncia é datada de primeiro de dezembro, portanto, antes da abertura do procedimento do processo de impeachment na Câmara”, argumentou.
Indagado sobre o parecer do Tribunal de Contas da União que condenou as “pedaladas” fiscais da presidente Dilma, Eliseu Padilha esclareceu que cabe à Comissão de Orçamento da Câmara Federal julgar e o Plenário daquela Casa confirmar ou não a aprovação. “E isto não aconteceu ainda. Quem cabe julgar é o Poder Legislativo. Não podemos nos pronunciar sobre fatos ainda não corridos”, assinalou.
O ex-ministro disse que a decisão do PMDB sobre o rompimento ou não com o governo da presidente Dilma só acontecerá em março, quando será realizada a Convenção Nacional do partido. Instigado a explicar a divisão do partido entre grupos pró e contra impeachment, Padilha lembrou o que dizia Ulysses Guimarães sobre o PMDB: “O PMDB é como um ônibus que leva todos que almejam o Poder”.
“Temos que construir uma identidade para o PMDB. Essa é a minha missão, hoje, dentro do partido. Não negamos que temos setores do partido contrários à aliança com o PT como, por exemplo, o RS, SC e BA. A divisão não é um privilégio do PMDB, o partido do governo também tem divisões”, ressaltou Padilha.
Eliseu Padilha explicou que o processo de impeachment só existe se tiver sustentação em dois pilares, o jurídico e o político, e que, sem ambos, não pode existir. “O momento é de ouvir, e é o que temos feito. Não podemos emitir opinião sobre falsas premissas”, defendeu.
O PMDB NO MARANHÃO
Ladeado pelo senador João Alberto, presidente do PMDB do Maranhão, e pelo deputado Roberto Costa (PMDB), o ex-ministro revelou que ouviu do senador João Alberto que o PMDB terá candidatos a prefeito e a vereador em todos os municípios do estado, inclusive cumprindo a quota de mulheres candidatas exigida pela legislação eleitoral. “Ouvi também do nosso presidente que, em 2018, também teremos candidato ao Governo do Estado”, acrescentou.
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