Bira volta a defender bonificação no Enem para estudantes maranhenses

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Assecom / Dep. Bira do Pindaré
07/02/2018 18h32 - Atualizado em 08/02/2018 14h23

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta quarta-feira (7), para tratar, novamente, sobre a bonificação nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para estudantes maranhenses. O parlamentar reiterou posicionamento e o apoio em favor da luta pelo beneficio.

“É uma causa que vamos prosseguir embalados pela convicção de que o acesso tem que ser o mais democrático possível, garantindo, preservando e protegendo os direitos da população maranhense, dos estudantes que têm condição, mérito, competência e preparo para estudar em qualquer curso da Universidade Federal do Maranhão”, declarou.

Uma comitiva da Central de Estudantes do Maranhão reuniu com os deputados Bira e Marco Aurélio (PCdoB), preocupados com a ação do Ministério Público Federal e a decisão da Justiça Federal, que derrubaram a bonificação. Para os parlamentares, algo que representa um prejuízo para os estudantes, para a Universidade e, sobretudo, para o Maranhão.

Da tribuna, o socialista classificou o argumento utilizado pela Justiça como extremamente frágil.  “O argumento utilizado é da isonomia, mas quem está sendo prejudicado pela falta de isonomia é o estado do Maranhão, é o povo maranhense, são os estudantes maranhenses. Por que eu digo isso? A bonificação foi aplicada nos estados do Pará, de Pernambuco e em vários Estados da Federação, mas o Maranhão não pôde aplicar a bonificação”, pontuou ao lembrar que a decisão é em caráter liminar, e que ainda tramita o mérito.

Segundo Bira, a Universidade já tomou as providências em relação aos recursos jurídicos contra a decisão e reafirmou o compromisso com a luta pela bonificação. Para ele a bonificação é uma causa justa e necessária porque se trata de uma ação afirmativa para proteger os interesses do povo maranhense.

“Quantos maranhenses não poderiam chegar à universidade nos melhores cursos com condição de se preparar e de exercer a sua profissão aqui mesmo. Aqueles que foram aprovados no curso de Medicina, por exemplo, que não são daqui do Maranhão, antes de completar um ano, vão voltar para a sua terra natal por várias razões, inclusive por novas provas do Enem. Eles voltam para a sua terra natal e deixam as vagas vazias aqui no Estado do Maranhão. Quem é o prejudicado nisso? É o povo maranhense”, explicou.

A leitura do deputado é que se a universidade não forma médicos, um grande problema é gerado na saúde pública do Maranhão, que, certamente, não terá profissionais locais devidamente preparados. Ele defendeu que é necessário enfrentar o problema para garantir o acesso qualificado à universidade.

“Vamos nos alinhar com os estudantes de todas as entidades, com a Defensoria Pública da União que está entrando na questão também, para que a gente possa garantir um equilíbrio no acesso ao ensino superior no Brasil. O Enem, eu considero uma grande conquista enquanto método de seleção para as universidades brasileiras, mas trouxe algumas distorções que precisam ser ponderadas, a fim de que todo território brasileiro possa ser contemplado em relação ao acesso da maneira mais democrática possível ao ensino superior”, concluiu.


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