Pesquisa aponta que mulheres negras foram as mais afetadas por transtornos mentais na pandemia

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Agência Assembleia
05/07/2022 17h52

Pesquisa realizada por professores da USP, através do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA), revelou que jovens do sexo feminino, negras e com menor nível educacional, foram às pessoas mais afetadas por transtornos mentais na pandemia.

De acordo com o psiquiatra da USP, Pedro Starzynski, o surgimento desses transtornos é decorrente de uma combinação de fatores. Ele pontuou algumas razões que explicam a maior incidência de doenças mentais afetarem mais as mulheres.

“A carga social e financeira, dupla jornada de trabalho, mesmo ocupando o mercado de trabalho, ainda assim, elas executam afazeres domésticos, cuidar dos filhos. Tudo isso impõe excessivamente sobre as mulheres uma carga de sofrimento mental”, explicou o psiquiatra.

Ainda de acordo com Starzinsky, antes da pandemia, a taxa de pessoas com transtornos mentais entre a população brasileira era de 30%, o que é relativamente alta. Ele explicou, também, que ainda há um estigma relacionado à saúde mental.

“Ainda existe o preconceito e discriminação com esses pacientes. Isso traz consequências negativas e influencia as percepções internas, as emoções e as crenças da pessoa estigmatizada, gerando nelas vergonha e autodesvalorização. Falar de saúde mental não é sinônimo de fraqueza e nem frescura”, pontuou Starzinsky.

A ELSA Brasil acompanhou desde 2008, em várias regiões do Brasi, cerca de quinze mil participantes, entre 35 e 74 anos. A pesquisa investigou incidência de fatores de riscos para doenças crônicas. Sobre saúde mental, foram coletadas informações de cinco mil participantes no estado de São Paulo no ano de 2020.

 



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