Pesquisa realizada por professores da USP, através do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA), revelou que jovens do sexo feminino, negras e com menor nível educacional, foram às pessoas mais afetadas por transtornos mentais na pandemia.
De acordo com o psiquiatra da USP, Pedro Starzynski, o surgimento desses transtornos é decorrente de uma combinação de fatores. Ele pontuou algumas razões que explicam a maior incidência de doenças mentais afetarem mais as mulheres.
“A carga social e financeira, dupla jornada de trabalho, mesmo ocupando o mercado de trabalho, ainda assim, elas executam afazeres domésticos, cuidar dos filhos. Tudo isso impõe excessivamente sobre as mulheres uma carga de sofrimento mental”, explicou o psiquiatra.
Ainda de acordo com Starzinsky, antes da pandemia, a taxa de pessoas com transtornos mentais entre a população brasileira era de 30%, o que é relativamente alta. Ele explicou, também, que ainda há um estigma relacionado à saúde mental.
“Ainda existe o preconceito e discriminação com esses pacientes. Isso traz consequências negativas e influencia as percepções internas, as emoções e as crenças da pessoa estigmatizada, gerando nelas vergonha e autodesvalorização. Falar de saúde mental não é sinônimo de fraqueza e nem frescura”, pontuou Starzinsky.
A ELSA Brasil acompanhou desde 2008, em várias regiões do Brasi, cerca de quinze mil participantes, entre 35 e 74 anos. A pesquisa investigou incidência de fatores de riscos para doenças crônicas. Sobre saúde mental, foram coletadas informações de cinco mil participantes no estado de São Paulo no ano de 2020.
Assembleia
História
Mesa Diretora
Recursos Humanos
Escola do Legislativo
Creche Sementinha
Gedema
Parlamento Estudantil