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Pequeno Expediente Dr. Yglésio
25 de abril de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – A culpa é dele. Quem está pronto é Braide. Presidente, eu quero dizer que estou pronto. Bom dia a todos, senhoras e senhores. Quando eu vejo o pessoal subir aqui para falar boas coisas do governo do amor, eu vejo que meus colegas realmente são pessoas com as quais, às vezes, eu me chateio, mas que, lá no fundo, talvez tenha ainda uma pólvora de boa ignição para um bom coração, porque é difícil defender o governo do amor, um governo que já desvalorizou a bolsa de valores este ano, que já fez o real ser a moeda que mais se desvalorizou em 2024, governo que, ano que vem e este ano, provavelmente, vai entregar déficit para o país, o que significa estagnação da queda de juros e, claro, manutenção da estagnação da economia com um prelúdio de inflação. Voltando aqui, tem alguns temas que eu preciso abordar de maneira muito rápida. Coloca aqui na tela, por favor. Loteria do Maranhão. Volto a dizer que eu estou vindo fazer os avisos para depois não dizerem que foram enganados. A loteria da Paraíba é esta aqui. Olha o que virou a loteria da Paraíba: um portal de joguinho, de cassino online. É isso que essa empresa BrLotto e as outras querem fazer aqui no Maranhão. Não vamos permitir! Não vamos permitir! O dono da BrLotto, senhor Edgar Lenzi, já foi alvo de CPI no Paraná, doou R$ 400 mil em dinheiro para campanha do governador Ratinho Júnior. Nós não podemos deixar que a loteria que foi votada aqui se transforme num cassino online de pessoas que querem tirar apenas o dinheiro do Maranhão e deixar migalhas para cá, para os maranhenses, à custa da destruição das famílias maranhense, às custas dessa destruição. Não vamos admitir. Então, isso tem que ficar muito claro. Estou investigando muita coisa. Vão aparecer muitas situações, nos próximos dias, em relação a esse grupo econômico aí dessas empresas que estão querendo vir aqui destruir as famílias do Maranhão e acabar com o consumo dos mais pobres. Outra situação aqui em relação a uma fala ontem da deputada de Santa Catarina, Júlia Zanata, mas que traz a reflexão sobre a questão da liberdade de expressão. Não se pode mais nem falar a verdade. Havia uma discussão ontem, no Congresso Nacional, sobre a questão da legislação das armas. Cada estado poder ter a sua legislação. Claro, fazendo uma reprodução do modelo americano. Cada estado com suas condições diferentes, níveis educacionais e econômicos diferentes, fazer a sua regulação. Nada mais que justo. O único crime que a deputada cometeu foi falar a verdade, que os dados aí do IBGE, de 2023, que estão na tela, mostram que, em fevereiro de 23, o Maranhão tinha 1.255.000 (um milhão duzentas e cinquenta e cinco mil pessoas), no Bolsa Família, e apenas 580.000 pessoas empregadas, ou seja, o Bolsa Família é mais do que o dobro do emprego. E Santa Catarina tinha apenas 235.000 pessoas com o Bolsa, e mais de 2 milhões de pessoas empregadas, cerca de dois milhões e meio de empregos, ou seja, 10 % de Bolsa Família, e 90% de empregabilidade. Disse que a realidade de Santa Catarina é diferente da do Maranhão, é verdade, onde é que tá mentira nisso aí. Então, a liberdade de expressão, a imunidade parlamentar está cada vez mais um ativo raro e frágil. E isso é preocupante, porque hoje é conosco aqui, oh, o alvo hoje são os parlamentares, mas quem está, de fato, aí na mira, sujeito ao tiro, é a pessoa mais vulnerável, que não tem ainda imunidade, essa é a pior. Então, tempos difíceis nosso Brasil. Peço atenção especial à SINFRA, presidente, eu já adianto pedido de mais um minuto, por gentileza, peço, por gentileza, aqui, esse um minuto a mais, para tratar de duas situações, que a SINFRA veja, com urgência, a solução para a Rua dos Maçaricos, em relação ao elevado que foi construído. Elevado que o Prefeito Eduardo Braide pediu, em 2014, aqui nessa Casa. E que eu acho que, em algum momento, temos que esperar a obra ficar pronta para criticá-la, de fato, mas para agora, precisa dar um jeito na Rua dos Maçaricos, que não alagava daquela maneira e está alagando. E isso é um incômodo gigantesco para as pessoas, por quê? Porque, além do alagamento, risco de dano patrimonial aos automóveis, acidentes, a questão do próprio asfalto que é feito com recurso público, ele sofrer, por conta disso, dessas águas que infiltram e vão promovendo rachaduras que diminuem a sua vida útil. Então tem que ter uma atenção em relação a isso. Secretário Aparício Bandeira, um grande amigo, eu tenho certeza que ele vai envidar todos os esforços para isso, mas tem que ser feito com urgência. Não podemos ficar nesse negócio de Bacabeirinha, Bacabeirinha, tem que resolver aquele viaduto e a questão da drenagem. E concluindo, presidente, também peço esforços imediatos no sentido de regularizar os pagamentos para o SET para que o SET possa cumprir com os pagamentos dos funcionários, do semiurbano. Porque não adianta aqui a gente subir para chegar e criticar a prefeitura e a gente não fazer a nossa parte, gente, temos que fazer. Eu tenho certeza que, daqui para amanhã, isso está resolvido, mas não pode deixar atrasar para chegar ao ponto de parar, da pessoa não chegar no trabalho, de ter um desgaste. Porque, dessa forma, o governo vai ficar só apanhando. E a gente aqui vai ficar meio que de mãos atadas, porque é complicado. Janeiro para receber aqui em abril, a gente sabe que não é o correto. As empresas a trabalham com margens muito apertadas. Então, precisa pagar as empresas. Peço esforços aí do Governo do Estado, da MOB.
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO FERNANDO BRAIDE – Pode dar mais um tempo aí para o Deputado Yglésio.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Peço ao governo que regularize para que eu possa que quando a prefeitura complicar o transporte urbano, eu ter a coerência de ter o direito de criticar, porque não adianta. “Pau que dá em Chico tem que dar também em Francisco.” Muito obrigado.