Transcrição

O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Senhora presidente, senhores deputados, imprensa aqui presente, internautas e pessoas que nos assistem neste momento. De fato, os dias vão se passando, e a gente fica mais enojado com tudo isso que vem acontecendo em relação aos precatórios. Eu já me manifestei em todas as instâncias e agora também por minha mãe que também é professora e uma das beneficiárias, mas não apenas por ela, mas por todas as pessoas que estão esperando há mais de 20 anos. De fato, é algo absurdo. E o que me deixa mais triste, Deputado, Jota Pinto, é o prejuízo que essa direção do Sinproesemma está trazendo para o sindicalismo. O Sinproesemma já foi um sindicato que protagonizou várias lutas justas, Deputado Rodrigo, e agora está sendo jogado no lixo com prejuízo imenso para a classe dos professores. Por isso, meu irrestrito apoio à decisão dos Deputados Carlos Lula e Rodrigo Lago, do Governo do Estado, por meio do Governador Carlos Brandão e do Vice-Governador Felipe, pela posição firme em defesa dos professores. Mas quero falar, na verdade eu subi aqui para falar de outro tema que é o sentimento hoje, não só hoje, mas desde quando começou essa tragédia no Rio Grande do Sul, de comoção, de parceria, de irmandade do povo brasileiro manifestado por meio das doações e da solidariedade de pessoas simples se manifestando a favor dos nossos irmãos no Rio Grande do Sul. Então, minha solidariedade irrestrita a esse povo rio-grandense, mas é necessário também, neste momento, nós tirarmos as lições diante de fatos tão graves. Além da primeira lição de solidariedade, de companheirismo, de empatia por sentir a dor do próximo, me vem também esse sentimento de indignação em razão do que que vem acontecendo em vários estados, onde precarizaram as normas ambientais, como o Rio Grande do Sul fez, revogando mais de 500, entre portarias e leis, em 2019, fragilizando a prevenção e a proteção ambiental. E nós vimos, paralelo a isso, há 15 dias, uma deputada de Santa Catarina, que faz parte da mesma região do Rio Grande do Sul, dizendo que o Maranhão não deu certo e que Santa Catarina deu certo. O que é dar certo? É o desenvolvimento à custa da precarização ambiental? Isso é que dar certo? Todos nós somos irmãos e agora não é hora de culpar ninguém, mas é hora de nós entendermos qual o modelo de desenvolvimento que nós queremos inclusive paro o nosso estado. Continuamos desmatando, principalmente o Cerrado a uma velocidade que é incompatível com a sobrevivência sustentável, inclusive o desmatamento do Cerrado tem consequências também. Isso não é porque eu estou dizendo, mas vários estudos estão comprovando isso do que está acontecendo no Sul do país. Então, senhores, senhoras deputadas e deputados, venho aqui chamar atenção para esse momento que nós estamos vivendo onde não é possível continuarmos trabalhando meio ambiente, inclusive aqui no nosso estado, sem o devido zelo, sem o devido cuidado e questionando o modelo que dá certo. Com certeza, a conta é muito cara e aí fica a pergunta. O que vai dar certo? E essa pergunta tem que permear nossos dias, nas nossas ações, tem que permear nossas decisões institucionais de militância e até na relação dentro de casa com a nossa família. Por isso, aqui eu fico, amanheci plenamente convicto que eu espero e vou lutar sempre para que o Maranhão não deu certo, só do ponto de vista do PIB, das riquezas para poucos, mas sim repensando o modelo de desenvolvimento que precise também da prevenção de catástrofes no respeito pelos.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Conclua, deputado, por favor!

O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA – Inclusive o Rio Grande do Sul, quem mais sofre são os que mais precisam, são aqueles que não têm condições de se deslocar de uma forma ágil. São aqueles que estão com dificuldade até de obter água para sua sobrevivência. Por isso, deixo aqui a minha reflexão, a minha indagação para saber qual é o estado e qual o modelo desenvolvimento que nós queremos e qual é o que vai dar certo.