Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Presidente, eu subo à tribuna. Vou tentar não ocupar o espaço pelos 10 minutos que me cabem, tendo em vista que há outros colegas dispostos também a fazer essa reflexão. Primeira coisa, nós precisamos nesta Casa tomar uma decisão, se nós vamos ser uma Casa democrática, ou uma Casa de perseguição. Porque, assim, sempre nesta Casa houve um império do respeito à solicitação dos colegas, sempre houve. Eu já estou aqui no quinto ano, na Casa. Quinto não, já no sexto ano, na verdade, o tempo passa rápido. E historicamente, nunca houve problema aqui em relação a um título de cidadania, uma medalha. Mas assim, o PCdoB é um partido que tem uma mentalidade atrasada, tanto que eles ainda estão presos a uma ideologia que o mundo já provou que não funciona. Só existe nas tiranias essa coisa do comunismo. De verdade, ela só existe nas tiranias. Mas, aqui na Casa do Povo, como o PCdoB conseguiu aí pela primeira vez em sua história fazer uma bancada representativa, as coisas começam a piorar. Onde o comunismo chega e ganha espaço, ele vai piorando, como Flávio Dino ficou oito ano no Maranhão, o Maranhão andou para trás em muitas questões. Maranhão não conseguiu vencer a barreira do saneamento. O Maranhão de Flávio Dino comunista não conseguiu vencer os desafios da educação. O Maranhão de Flávio Dino não conseguiu vencer a insegurança alimentar, mesmo fazendo restaurantes populares aí para funcionários do Paraíba, das empresas que ficam sediadas no interior principalmente. Que a verdade é essa, o Flávio Dino não mudou absolutamente nada no Maranhão. Quando tentou fazer uma obra de mobilidade, deu problema, a MA-203. O Brandão teve que ajeitar, gastaram-se ali mais de R$ 60 milhões para fazer um dromedário, uma coisa esquisita, disfuncional e aí o Brandão teve que gastar mais R$ 10 milhões, para ajeitar. É interessante pensar nisso, porque o comunismo, ele tem essa capacidade de muito falar e nada fazer, de nada construir e de muitas coisas destruir. Veja-se a economia quando nós tivemos aí algumas situações no Governo Dilma, esse Governo Lula, que já começa também, ontem aprovou no Senado a volta do seguro agora SPVAT, obrigatório. Digam aí, algum dos deputados aqui presentes, alguém deixou de ser atendido no Sistema de Saúde por conta do DPVAT? Não. Criaram uma história apenas pra gerar R$ 15 bilhões de caixa, para ajudar no custeio das emendas. E aí, com base nessa reflexão sobre a capacidade do comunismo de destruir as coisas – e estão novamente destruindo o Brasil –, aqui na Casa do Povo, o comunismo veio pra desconstruir padrões, seletivizar homenagens. Houve aqui – e não dá direito de resposta porque eu vou citar apenas factualmente –, Deputado Júlio trouxe uma questão de ordem quando eu fiz um Título para Michele Bolsonaro, eu acho que ele tem a liberdade parlamentar dele de fazer o que quiser. Mas, cabe a reflexão. Por que isso? Por que que as pessoas só porque são diferentes começaram a ser hostilizadas aqui por uma Casa, que era uma casa sempre de respeito aos pares, de convivência democrática. Mas, eles não descansaram, eles conseguiram criar também – aí, não estou falando mais só do Deputado Júlio, porque seria injusto dizer que isso parte da cabeça dele, eu sei que não parte, eu sei que no PCdoB existe um tal de centralismo democrático como premissa principal de atuação parlamentar, em que o que os líderes maiores dizem, os que abaixo estão apenas seguem; caso contrário, de camaradas tornam-se adversários vorazes, como aconteceu comigo em relação ao ex-governador e agora Ministro do Supremo, Flávio Dino, ao ex-secretário de Comunicação, Ricardo Capelli. Digo aqui que tenho as pessoas todas em boa conta. Dentro de mim, no pessoal tranquilamente não guardo ressentimento de ninguém, mas não posso deixar de questionar o PCdoB continuou nessa sanha de perseguir na medida que chegou a colocar lá pra cima, para o governador Brandão um constrangimento pra aprovar uma medalha pra Michele Bolsonaro aqui, a pessoa que mais fala sobre inclusão de pessoas com deficiência no país hoje teve uma medalha negada aqui na Assembleia, então fica a reflexão, eles dizem o tempo todo que todos que não concordam com eles, que não são lulistas são extrema direita classificam como extrema direita colocam num caldeirão todos que pensam diferentes como misóginos, racistas, fascistas, antipopulares, servos do capitalismo do dinheiro como se isso fosse verdade, e eles nas profundezas no âmago dos seus corações, eles sabem que não é assim, que nós só pensamos diferente, que nós só acreditamos que o capitalismo gera riqueza gera emprego, gera ao contrário do que eles dizem gera redução de desigualdade, as nações do mundo mais prósperas capitalistas, são as que menos têm desigualdade, vai ali na Suíça, altamente capitalista, a Suíça capital dos bancos ali mundial, o país mundial dos bancos das grandes corporações financeiras é menor desigualdade, não tem colombiano sofrendo na rua, venezuelano vindo de ditaduras socialistas pra cá, não existe isso lá então o comunismo é uma praga social, que já foi provado isso aí por dados e reflexões filosóficas que não serve pra nada, e essa mentalidade comunista que começou a infectar a Assembleia negou a medalha para Michele Bolsonaro e hoje quer trazer uma medalha para Alexandre de Moraes. Senhores, senhoras, senão vejamos aqui, quem é Alexandre de Moraes? É um ministro do Supremo que escreveu alguns livros de Direito, bons livros, diga-se de passagem. Para a carreira do Direito ele tem uma referência importante, sim, é inegável. Eu jamais tiro os méritos das pessoas que eu não concordo politicamente, ou que as tenho como adversários no campo ideológico. Mas se nós utilizarmos o parâmetro que foi trazido aqui para negar uma medalha para Michele, se eu utilizo o mesmo parâmetro que foi usado para medalha da Michele, eu não tenho como fazer um voto do Alexandre de Moraes. Por que o que ele tem feito, de maneira flagrante, repetida e recorrente é o quê? Atacar a democracia todos os dias. Porque democracia, a despeito do que pensam os comunistas, os esquerdistas, não é apenas o que está dentro da cabeça deles, não são as informações que transbordam ali por suas sinapses neuronais. Democracia é a pluralidade, é o pensar do preto, é o pensar do branco, é o pensar do índio, é o pensar do rico, é o pensar do pobre, é o pensar do de direita, do de esquerda, do de centro, do de ultradireita, de ultraesquerda, mas para eles democracia não é isso. Democracia é só seguir o que há de dito pelos grandes líderes dele… aí a gente sabe quem são não vou ficar aqui atacando ninguém jamais en ça vie. Mas vamos lá. Uma medalha para Alexandre de Moraes ataca a democracia quando eu tenho um guardião da Constituição que desrespeita repetidamente a Constituição, vamos lá: processos em pessoas, sem a prerrogativa de foro, sem nada em relação a isso, julgados diretamente no Supremo Tribunal Federal; processos, o Inquérito das fake News, o Inquérito do Fim do Mundo, em que ele figura como acusador, julgador e revisor dos julgamentos, e não há questionamento. O ministro do Supremo que, claramente, manipulou as ações do TSE, durante a eleição de 2022, está provado, não sou eu que digo isso, é a história que diz isso. Um cidadão que colocou senhorinhas evangélicas na cadeia por 15, 17 anos, porque estavam naquela quebradeira que aconteceu o máximo de crime de dano. Criou uma teoria de violento atentado contra o Estado Democrático de Direito pelo WhatsApp. Sem uma arma, as pessoas foram condenadas. Então, gente, Alexandre de Moraes sepultou a justiça brasileira. As violações estão aí sendo colocadas para o mundo pelo Elon Musk. O Congresso americano, vários democratas pelo mundo estão se juntando contra a perseguição a pessoas simples, contra a perseguição aos empresários alinhados à direita, contra as perseguições aos jornalistas que não comungam com o pensamento comum do socialista esquerdista, lulista, dinista e o que mais houver aí pelo mundo de líderes de esquerda no nosso país. Alexandre de Moraes hoje é um instrumento da maldade contra a democracia. Por isso, presidente, eu voto contra a medalha do Alexandre de Moraes. Aos pares eu deixo o dever de suas consciências com todo respeito. Muito obrigado.