13 de maio de 2024

Programa ‘Pautas Femininas’ recebe a assistente social Silvia Leite

Entre outros pontos, convidada falou sobre os 136 anos de Lei Áurea e lamentou pelo fato de que tudo que a lei contemplava não foi efetivado na prática

Programa ‘Pautas Femininas’ recebe a assistente social Silvia Leite

Silvia Leite durante entrevista no programa 'Pautas Femininas'

O programa ‘Pautas Femininas’ recebeu, nesta segunda-feira (13), a assistente social Silvia Leite, conselheira emérita do Conselho Municipal da Condição Feminina, socióloga e palestrante voltada aos temas que envolvem a temática da violência contra a mulher, principalmente da mulher negra.

Entre outras coisas, a convidada falou sobre os 136 anos de Lei Áurea e lamentou pelo fato de que tudo que a lei contemplava não foi efetivado na prática. “Isso somente ocorreu, aos poucos, com a luta dos descendentes dos escravizados. A partir da abolição é que se iniciou a luta para que as pessoas negras pudessem existir com dignidade”, disse.

Ela destacou que o movimento negro tem um olhar social e faz a diferença, uma vez que as estatísticas provam que essa população é sempre a mais atingida em termos de violência. “Os órgãos sempre mostram dados negativos. Tudo isso por conta de uma lei que não foi efetivada. Hoje em dia, por exemplo, nós temos programas sociais que poderiam ter sido pensados naquela época”, frisou.

A convidada falou de seu trabalho no Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, voltado para atender mulheres vítimas de violência. “Em 2013, no Clementino Moura, começamos a nos incomodar com as mulheres que chegavam vitimas de violência, em sua maioria negras, e foi ai que surgiu a ideia de criar um setor especifico para atender a esses casos. A partir desse projeto, passamos a ter uma dimensão da violência no Maranhão. Nós damos todo o suporte para além do atendimento médico”, explicou.

Leite apresentou alguns dados relativos a essa problemática no Maranhão: em 2022, foram 69 feminicídios no estado; em 2023, os casos chegaram a 50 e este ano já somam 15. “No entanto, os números relativos à tentativa de feminicídio é muito maior”, revelou.

A socióloga falou, ainda, sobre a campanha ‘Faça Bonito’, criada em decorrência do sequestro, estupro e assassinato da menina Araceli Crespo, de apenas 8 anos, em Vitória (ES), em 1963. “A luta é por uma sociedade que respeita os corpos femininos”, disse.

Ela falou, também, sobre o projeto ‘Judiciário nas Escolas’, da 3a Vara da Mulher, organizado pela juíza Samira Barros Heluy, que inclui uma cartilha distribuída nas escolas para que adolescentes possam ter acesso à informação e denunciem casos de abuso. A cartilha está em sua terceira edição.

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