Transcrição

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Senhora Presidente, Senhores deputados, Senhoras Deputadas. Eu acompanhei aqui, atentamente, ao legítimo debate sobre o requerimento apresentado pelo Deputado Rodrigo. E, em nenhum momento, percebi no Deputado Rodrigo. Ele está aqui presente, não precisa que eu o defenda, até porque ele, se necessário for, o fará, com muita competência. Mas, em nenhum momento, se questionou a legitimidade da maioria para decidir por acatar ou não acatar. Isso aqui é do parlamento; daqui a pouco, nós vamos votar de acordo com o que entendemos. Mas eu queria deixar registrado para as professoras e para os professores do Maranhão que este requerimento do Deputado Rodrigo simboliza o desejo de acompanhar de perto e tentar reverter o absurdo. Agora, não aprovar este requerimento, sob a orientação do Governo, é mais um erro que o Governo do Estado, Poder Executivo, comete. Só que, dessa vez, ele bota digital. Só que ele não bota uma não, ele bota as digitais dos 10 dedos, no interesse que tem neste bloqueio de 15% do recurso dos professores. Agora, só falta descobrir qual é o escritório que é ligado ao Poder Executivo do Maranhão, porque mais claro do que está não vai ficar. Qual era o problema de aprovar o requerimento? O que é que isto ia mudar, além de legitimar os membros de uma comissão para acompanhar de perto o que está acontecendo? Eu acabei de assinar a criação de duas comissões especiais; uma para tratar de assuntos de interesse da querida Baixada Maranhense, se fosse por isso, nem precisava ter a comissão de obras. Teve uma outra comissão especial de cultura que eu também assinei. Também não precisaria se fosse levar esse raciocínio para a frente. Então, Deputado Rodrigo, eu nem diria que o requerimento não vai ser aprovado, mas caso ele não seja, tem um lado ruim que é não poder ter esta comissão e que, inclusive, ela teria Vossa Excelência como um dos membros. Ou poderia até nem ter, se a presença de Vossa Excelência incomodasse o atual comando do Maranhão, que eu acredito que não. Vossa Excelência é da base do Governo, mas teoria uma representação paritária, que é majoritariamente governista, mas nem era para entrar por este lado, porque me parece que esse tema, como foi dito pelo líder do Governo, Deputado Neto, é um tema de interesse de todos. Em tese, todos são contra arrancar 15 % do abono dos professores. Mas não basta ser contra em tese, não basta a gente achar errado. Nós somos eleitos pelo povo do Maranhão para defender os interesses da sociedade. Eu sei que o chefe do Poder Executivo já demonstrou, quando a Procuradoria-Geral do Estado não recorreu, o interesse dele de que seja mantida essa decisão. Mas não custa nós aqui, hoje, refletirmos e acompanharmos de perto. Como eu disse, não arranca pedaço. Isso não desmoraliza ninguém. Isso só vai mostrar para os professores, para as professoras, para o Estado do Maranhão que nós temos responsabilidade e queremos acompanhar algo tão grave que está acontecendo. Por isso, finalizo esta fala, Deputado Ricardo Seidel, que se despede hoje dessa passagem pela Assembleia… Aliás receba meu cumprimento pelo período que V. Exa. passou aqui. Embora sejamos de campos ideológicos diferentes, V. Exa. representou aqui o segmento que lhe deu a votação que permitiu passar esse período aqui. Mas hoje nós temos a oportunidade não de se insurgir contra o Governo, que a maioria aqui é governista, mas de dizer “calma”. Isso aqui não é contra ninguém. Isso aqui é a favor dos professores, das professoras e contra a imoralidade que é tirar 15 % do pagamento dos abonos. Hoje, quarta-feira, professores da ativa estão recebendo com alegria, mas com frustração, Deputado Leandro, porque são 15 % a menos que vão para bolsos de quem não trabalharam por essa ação. Finalizo, senhora Presidente, por dever de justiça, enfatizando, como disse ontem, em meu pronunciamento, a luta solitária no Poder Executivo do Secretário de Educação e Vice-Governador Felipe Camarão, a voz que se insurgiu contra isso, a voz que assinou, junto com os Deputados Carlos Lula e Rodrigo Lago, uma representação para a Procuradoria-Geral da República, para que não se cometesse esse crime contra os professores. O Vice-Governador Felipe Camarão, infelizmente, é uma voz isolada no Poder Executivo, mas esse período de trevas logo passará. Muito obrigado.