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Pequeno Expediente Dr. Yglésio

22 de maio de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos! Senhoras e senhores, subo à tribuna começando hoje com esta imagem bem aqui. Coloca na tela, por favor. Esse foi o prato de comida que foi servido ontem no Hospital da Criança para mães e funcionários que estão no hospital. Nós vemos aí, claramente, quatro colheres de arroz, uma colher e meia de farinha e uma torta que dá três pedaços de soja, segundo relatos, que não foram apenas dois, três, foram cerca de 10 relatos, completamente insípida. Ou seja, alimentação inadequada, fora dos padrões e, obviamente, indigna para quem está no hospital trabalhando ou acompanhando seu filho. Soja, Deputado Rafael Brito, essa licitação foi conduzida de maneira emergencial, na semana passada, ao custo de R$ 18 milhões para fornecimento de comida para as unidades hospitalares de São Luís. Foi, inclusive, depois que apareceu que o Sorriso, que era assessor do Eduardo Braide quando foi deputado, ganhou a licitação. O Eduardo Braide fez o que sempre faz: não assume o problema, não conversa com a imprensa, não dá satisfação, absolutamente ninguém e apenas demite a equipe toda para se limpar, como se ele cândido fosse, como se não tivesse nada a ver. Eu fico a perguntar: nós estamos no quarto ano de uma gestão, quarto ano de uma gestão, se eu não consigo fazer uma licitação normal e tenho que recorrer a pregões emergenciais, a contratos emergenciais, ou eu sou incompetente, ou eu sou bandido. Só existem essas duas possibilidades. Ao prefeito cabe dizer o que ele é: ou é incompetente, ou é bandido, porque, ao final da gestão, precisar de emergencial para servir torta de soja, resto de torta para mães que acompanham as crianças no hospital, para os funcionários que trabalham ali com salários defasados. Tem o pessoal que recebeu agora esse piso da enfermagem, mas tem os serviços prestados que estão aí ganhando seus R$ 1.000, R$ 1.200 por mês, trabalhando feito uns condenados para comer isso aqui em um plantão. Um verdadeiro absurdo! E provando que a cidade é uma cidade de maquiagem. Continuam sendo apresentados aí pela Prefeitura escolas que estão sendo feitas mãos de tinta. Passa uma tinta, reformou a escola. A Promotoria já se manifestou no sentido contrário de que isso não configura obra por definição. Não tem relevância, nem impacto no ensino, na ampliação da oferta de vagas, no sofrimento das 11.000 crianças fora da escola de São Luís e sem falar nas falsas promessas que jamais foram cumpridas em relação a creches, clínicas da família, melhoria do atendimento. Hoje as unidades básicas de saúde estão jogadas ao relento. Lá apenas encaminhamento; unidades “ao, ao”: ao cardiologista, ao dermatologista, ao psiquiatra, ao pneumologista. Não resolve absolutamente nada. Enquanto isso, nas inaugurações, ainda se cerca de pessoas como o vereador Domingos Paz, o assumido estuprador de vulneráveis, assediador, que troca cargo por sexo até com homens. Além de não fazer nada pela cidade, ainda dá palco para verdadeiros imorais dentro da cidade. É lamentável o que a Prefeitura de São Luís faz. Levanta obra, coloca placa, faz intervenção em trânsito para dizer que está trabalhando, mas o que tem que ser de fato, mudado na cidade que é a forma de acolhimento dentro dos hospitais; que é a metodologia de ensino, os resultados do nosso ensino, é tirar as crianças do fatalismo da falta de sala de aula com professor e ensino de qualidade; remédio que chega, que não chega na ponta, que vai sendo desviado no meio do caminho, que falta dipirona às vezes na Unidade Básica ou até no Hospital de Alta Complexidade de Urgência. E aí, todos os dias se gabar que está fazendo obras, dizendo que mão de tinta é obra, cercado por abusador, por pedófilo. Não vai ficar sem o meu repúdio aqui na tribuna.