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Pequeno Expediente Júlio Mendonça
06 de junho de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Deputado Wellington do Curso, demais Deputados e Deputadas, imprensa e internautas aqui presentes. Volto aqui à tribuna para falar de dois assuntos que considero muito importantes. O primeiro assunto é convidar a todos os deputados e deputadas para a sessão solene amanhã, às 15 horas, sexta-feira, em homenagem aos 116 anos do Colégio Marista no estado do Maranhão. Temos deputados e deputadas, que são ex-maristanos e, de fato, é uma instituição que marcou, pela sua atuação, pela sua formação de caráter e, por isso, há 116 anos já em nosso estado, nós temos várias personalidades que são advindas do Colégio Marista. Por isso, estamos fazendo essa homenagem amanhã, sexta-feira, dia 7, às 15 horas, e contamos com a participação de todos e todas, dada a importância pública no setor da educação para o nosso estado. Outro ponto que eu queria destacar também é agradecer a todos os deputados e deputadas que puderam nos honrar com seus votos aos projetos de lei que nós apresentamos nessa semana. Especialmente, eu quero falar de um projeto de lei em que foi instituída a data 23 de julho como uma data de combate à intolerância religiosa. Eu sou católico, mas entendo que todos nós precisamos ter o direito à liberdade de proferir nossos credos, porque somos todos irmãos, não somos melhores que os outros, e esse projeto de lei, que já inclusive tem amparo constitucional, na nossa Constituição, em que todos nós temos o direito de manifestar a nossa opção religiosa, o nosso credo, mas, acima de tudo, é uma mensagem em que precisamos entender que é necessário exercitar isso, na prática, para, de fato, construir uma sociedade mais pacifica, mais ordeira. E possamos ver inclusive, mais uma vez, repetindo, eu sou católico, possamos respeitar as demais religiões, especialmente, as religiões de matrizes africanas que, estatisticamente, hoje, são as religiões que mais sofrem perseguição. E nós precisamos dar uma luz também sobre isso. E instituímos o dia 23 de julho, como uma data em que o Estado possa desenvolver, as instituições possam fazer reflexão, desenvolver a cultura de paz, a cultura de acolhimento. Lembro-me muito do Papa Francisco, na sua Encíclica Fratelli Tutti, hoje, inclusive nós temos uma Sessão Solene em homenagem à Campanha da Fraternidade, “Amizade Social”, onde mesmo em credos diferentes, nós somos todos irmãos. E no dia 23 de julho foi o dia em que a Estátua de Iemanjá, Deputado Leandro, foi apedrejada, foi depredada. Então, que seja um símbolo da necessidade de nós tolerarmos, não tem por que nós agredirmos as outras religiões, por mais que a gente não concorde, não aceite, mas é necessário a gente buscar esse ordenamento de paz, de fraternidade. E é essa que é a intenção desta Lei: construir uma sociedade mais igual, mais pacífica, sem agressões, porque nós precisamos. O mundo, hoje, se fragmenta em várias guerras, na Guerra do Oriente Médio, na Guerra da Ucrânia. E nós precisamos ter esse olhar, esse olhar de acolhimento, dos diferentes, respeitando as nossas diferenças, mas nos unindo na fraternidade. Aí eu quero, mais uma vez, parabenizar a Deputada Iracema pela iniciativa de hoje estar promovendo essa Sessão Solene, da Campanha da Fraternidade. Amanhã, estamos promovendo também a Sessão Solene em homenagem ao Marista, que também é um colégio religioso. Concluindo, senhora. Por isso é necessário que nós, como uma Casa Parlamentar, um Poder Legislativo, possamos estar dando exemplo para a sociedade maranhense, de que é necessário termos tolerância, é necessário termos olhares para as pessoas mais frágeis, as pessoas que estão nas periferias, que elas possam ter condições de expressar o seu credo, de uma forma tranquila, sem perseguição. Era isso, senhora presidente, muito obrigado.