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Pequeno Expediente Othelino Neto
25 de junho de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Senhores deputados, senhoras deputadas, Senhor Presidente em exercício dessa sessão, Deputado Wellington, Vossas Excelências talvez tenham tido a oportunidade de observar uns vídeos que eu fiz no município de Pedro do Rosário. Recebi denúncias por meio das minhas redes sociais e lá estive para verificar, para fiscalizar, como é da nossa atribuição, obras inacabadas naquela cidade, obras do Governo do Estado. Registre-se que são obras do Governo do Estado. E fiquei muito triste com o que eu vi lá. Eu não vou detalhar, porque já está nas minhas redes, mas aquilo só deixa claro o estado de abandono, imagine casas que estavam sendo construídas para aquelas famílias que ainda residem em submoradias. Elas começaram a ser construídas, Deputado Adelmo, e ficou pela metade. Aí a pessoa está lá com a sua casa ainda de taipa, com o esqueleto de casa de concreto de alvenaria do lado. Mas não foi só isso. Tem os sistemas de abastecimento de água que começaram a ser construídos e ficaram pela metade. Quando o Flávio Dino saiu do governo, a obra foi paralisada ali alguns meses depois e não mais retomada. Mas o que mais é de partir o coração é ver a queixa das pessoas de forma contida. a sensação que elas têm de que não há o que ser feito. Fui e conversei com algumas pessoas, duas das quais gravaram vídeo, o presidente da comunidade, um senhor muito humilde que, inclusive a queixa sempre respeitosa, dizia: “A gente não sabe mais o que fazer.” Perguntou para o uma pessoa que seria o responsável da obra, Deputado Neto Evangelista. Vossa Excelência que tenta de forma hercúlea defender o que muitas vezes não tem defesa. O cidadão me disse que conversava com o responsável da obra. Ele dizia: “Eu não recebi o pagamento do Governo. Como é que eu posso continuar a obra de vocês?” Ou seja, é mais um capítulo desta odisseia “o governo do calote”. Como defender isso? Será possível que aquelas pessoas inventaram aquelas casas pela metade, os sistemas de abastecimento de água, que chegaram a ser perfurados, que os canos estão lá jogados, pegando sol e chuva e vento, e as pessoas continuando sem água? Enfim, eu quero dizer aos senhores e as senhoras e ao povo do Maranhão que, onde tiver um caso desse, eu lá estarei para fazer o registro e a cobrança. Eu tenho uma fila, Deputado Arnaldo, eu tenho uma fila já, de 20 denúncias, e 20 convites, em municípios diferentes, para ir verificar obras inacabadas do governo Carlos Brandão. Pasme, Deputado Wellington, V. Ex.ª que preside com muita competência esta sessão de hoje. Eu tenho mais de 20 convites para obras inacabadas sem justificativas do governo Brandão. Isso quer dizer dinheiro jogado fora. Enfim, eu queria rapidamente falar que, a partir de agora, farei essas visitas para denunciar estes desmandos, esse abandono do governo Brandão com relação ao povo do Maranhão. E perto de concluir o meu tempo, quero fazer um alerta com relação ao Hospital de Balsas. Fui informado, no final de semana, recebi imagens, que inclusive publicarei nas minhas redes sociais, que, no sábado, o hospital teve um problema grave, risco de incêndio, e que pacientes tiveram que ser transferidos, aqueles que precisavam das balas de oxigênio tiveram que ser, estavam entubados, transferidos às pressas. O problema é que não tinha para onde transferir, e a empresa, não se sabe por qual razão, porque quando se trata de um problema com oxigênio, evidentemente, tem que ter uma solução imediata sob pena de pessoas morrerem, a empresa ficou de ir no sábado, e não foi. E o problema persiste, mas, vou já concluir Deputado Wellington, mas o problema não é só esse, o problema é que o hospital cada dia funciona de forma pior. Se perguntar à população de Balsas, Deputado Carlos Lula, Vossa Excelência que já foi secretário de Saúde, de como funcionava, à época, sob o comando do Governador Flávio Dino e de Vossa Excelência, enquanto secretário de Saúde, e como está hoje, é algo absolutamente triste. Chega a ser trágico um hospital que era referência na região, ele está simplesmente deixando de funcionar. Uma reforma que começou e que simplesmente parou. Deve ser em razão da mania do governo Carlos Brandão de não pagar seus fornecedores. A obra não acontece, o hospital não pode funcionar direito e inclusive, há poucos dias, houve um mutirão de cirurgias, há poucos dias, em Balsas, programa muito interessante, por sinal, mas não pôde ser feito no Hospital de Balsas, que é um hospital público, teve que ser feito em uma clínica local, porque o hospital não tinha condição de receber as pessoas. Senhores deputados, senhoras deputadas, as pessoas estão morrendo na rede pública de saúde, por irresponsabilidade, por omissão do Governo do Estado. Balsas é um município de importância regional. As pessoas não estão mais conseguindo, não fosse o atendimento na rede municipal de saúde, comandada pela prefeitura, a população de Balsas estaria desassistida. Eu vou publicar as minhas redes as fotos e vídeos que recebi da situação que ocorreu neste fim de semana. Será possível que o Governador Carlos Brandão não tem pena dessas pessoas que não podem pagar num hospital privado? E está vendo a rede pública sem ter condições de atender com decência as pessoas. Finalizo essas palavras pedindo que todos reflitamos sobre isso. Nós estamos aqui para quê? Para assistir calados ao desmonte do nosso estado, dos serviços públicos do estado? Ou nós vamos cumprir com o nosso papel de fiscalizar, de cobrar e de denunciar? Não foi para isso que os maranhenses elegeram o Governador Carlos Brandão…
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Presidente Othelino, concluir, por gentileza.
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Não foi para isso que o povo do Maranhão elegeu o Governador Carlos Brandão, não foi para ele desmontar os serviços públicos; especialmente, aqueles que atendem aos mais carentes. Quem votou no Governador Carlos Brandão, votou para que ele desse continuidade e avançasse nas políticas públicas implantadas pelo Governador Flávio Dino. Encerro lamentando mais uma vez que o Maranhão esteja entregue à sorte, por um governo que é absolutamente insensível e irresponsável. Muito obrigado.