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Pequeno Expediente Dr. Yglésio

27 de junho de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Presidente, o senhor pode zerar o tempo? Presidente, Deputado, o senhor pode zerar o tempo? Ah! Obrigado. Zerado. Bom dia a todos. Eu subo à tribuna para tratar de alguns temas que são muito importantes. Ontem, nós trouxemos aqui, de maneira muito didática, como vai funcionar a divisão agora das barras de maconha mediante o uso de aviõezinhos para que o tráfico, ao invés de se enfraquecer, fique cada vez mais forte. Olha só, ninguém vai à farmácia comprar maconha. Bandeira, eu não sei se na tua adolescência tu tiveste algum contato com isso, coisa de jovem que, às vezes, acontece, mas acho que não foi na farmácia. Bráulio, a mesma coisa aqui. Ninguém compra maconha em farmácia, quem compra maconha compra maconha do traficante. Se eu estou comprando algo do traficante, eu estou dando dinheiro para o traficante. Se o traficante está pegando dinheiro, ele não vai fazer colocação de recursos, alocação de recursos na poupança; ele vai comprar arma. Com arma ele ganha poder dentro da sua organização criminosa. Vai conseguir assaltar banco, assaltar ônibus, assaltar pessoas na rua, roubar celulares; e eles vão conseguir se fortalecer. Então, a partir do momento que a Suprema Corte do país alivia uma coisa que vai ser benéfica para traficante, nós temos que ficar preocupados, obviamente, com o clima de segurança que deixa completamente de existir. Já não está fácil, imagina com STF facilitando para a bandidagem. Todas essas dimensões são dimensões que não foram vistas por essas pessoas que compõem ali aquelas 11 cadeiras. Então, fica essa reflexão. E nós temos que seguir adiante. Ontem eu estava voltando para casa e como, graças a Deus, o mandato tem produzido cada vez mais resultados, as pautas têm repercussão, ouvi o João Cutrim na Difusora trazendo um caso de larvas que foram encontradas na merenda da escola estadual, na Cohab, Almirante Tamandaré. E aí teve uma moça que lá comentou e disse assim: “Ah! O Yglésio, se fosse da Prefeitura, já tinha subido para falar, cadê?” Primeiro que eu fiquei sabendo, John, lá pelo programa de vocês disso aí. E até agradeço a informação. Segundo, que eu fui atrás da informação; e, terceiro, que óbvio que uma situação como essa, se tivesse, como já aconteceu em escolas da Prefeitura, eu não trouxe à tribuna. Porque eu não posso responsabilizar o gestor de uma pasta ou o Governo do Estado por um saco de arroz que vem com larvas. Se você colocar Reclame Aqui, arroz Tio João, Urbano, você vai ver que o arroz do supermercado, às vezes, chega com a larva. As únicas pessoas que, infelizmente, têm culpa disso e que precisam ter seus processos revisados é quem faz o serviço de nutrição da escola, que tem que ter vigilância em relação a isso. E qual que é o papel da Seduc nesse momento, do Vice-Governador Felipe Camarão? É, zelar para que haja uma revisão de processos e pronto. Não tem oportunismo político. Tem a necessidade de garantir uma boa alimentação para os estudantes, porque isso é prioritário. É inadmissível que larvas estejam no arroz fornecido pela alimentação do Estado, mas querer jogar isso aí como uma questão política não faz sentido. E eu jamais faria, inclusive com Eduardo Braide. Vamos lá. Lula aqui. É bom até o Deputado Carlos Lula escutar isso aqui para ele ficar com o coração dele mais pacificado quando ele subir à tribuna. “Lula reconhece o fracasso do seu terceiro governo.” Em entrevista ao UOL, o Presidente afirmou taxativamente, meu querido Deputado, que em sua opinião o que faz a popularidade do seu governo está em baixa atualmente é a falta de entregas e os bons resultados da sua equipe. Ou seja, ele disse: “Nós não entregamos nada até o momento.” E aí, meus amigos que são pessoas de boa, de boa índole, de coração bom, de coração puro, chegam aqui na tribuna empolgados para dizer que o Brasil mudou e que agora é um novo tempo, sendo que o próprio Presidente disse que não entregou nada. Fazer uma homenagem importante ao delegado ludovicense Valdecy Urquiza, delegado de Polícia Federal que, com 43 anos de idade, devido à sua altíssima competência, vai ser alçado ao posto de responsável pelas investigações da Interpol. Ele atuou, em 2007, como chefe da Delegacia da SPU, do Patrimônio Histórico e Meio Ambiente, na Superintendência da Polícia Federal no Maranhão, de 2007 a 2009. Chefe da Interpol, vai ser confirmado agora, em novembro de 2024, pela Assembleia-Geralda Organização. Presidente, tem alguém escrito aí, presidente Antônio Pereira, tem alguém escrito ainda?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Deputado, mais 2 minutos para V.Exa.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Mais 3, já que não tem ninguém inscrito.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – 3 minutos improrrogáveis. Combinado?

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Combinado. Então, não poderia deixar de comentar o estado de coisas que foi muito bem descrito pelo Felipe Schuler, recentemente, em artigo em que ele trata justamente do estado de coisas que nós vivemos, que é jogar as coisas debaixo do tapete. Fez uma reflexão inclusive sobre a Teoria de Popper. Popper dizia o quê? É preciso para evoluir a ciência, você duvidar dos pressupostos anteriores a uma teoria científica estabelecida. E é isso que nós precisamos trazer aqui. Existe uma pessoa chamada Felipe Martins, que é ex-assessor do presidente Bolsonaro, que teve a prisão decretada 4 meses e apesar de ter comprovado ao supremo dos supremo dos deuses, Alexandre de Moraes, que estava no Brasil, que não viajou a Orlando, juntando comprovantes inclusive de IFood, aqui no período da suposta viagem do presidente Bolsonaro a Orlando, ele está preso. Preso por tentativa de fuga no Brasil, preso num inquérito que mal seus advogados têm acesso. E ontem, eles tentaram um habeas corpus, e, obviamente, caiu na mão do Ministro Flávio Dino, adivinha, não concedeu alegando aí uma jurisprudência da corte suprema, da suprema, dos supremos, que um habeas corpus uma decisão de um ministro único, isolado, não pode ser desfeita por outro ministro, a quem que recorre nesse momento? Bento 16? Francisco? Papa Francisco? Não tem mais para quem recorrer, o cara vai ficar preso, em detrimento aí de direitos humanos básicos ao devido processo legal, a não extensão, exagerada duma prisão preventiva, de nada de ser elementos que coadunem, por exemplo, com uma ameaça à ordem pública, a um prejuízo da investigação em curso, nada disso, tem um homem que, há quatro meses, não vê seus filhos, preso, como tem uma moça, uma cabeleireira chamada Ana, que, desde 08 de janeiro do ano passado, poucos dias após, por escrever com um batom, um batom, Presidente Antônio Pereira, numa estátua do Supremo: “perdeu, mané!” parafraseando uma fase de Barroso, não foi de outra pessoa, foi de um ministro do Supremo, com batom, ela deve pegar de 12 a 17 anos, por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, Soldado Leite, não vai ser com fuzil nem com pistola, a revolução agora que eles temem é feito com batom, na estátua, batom que sai com detergente da estátua, tem uma mãe que está sendo tirada de perto…

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Vossa Excelência fez combinou, mais 30 segundos.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Tem uma mãe que está sendo retirada do convívio dos seus filhos, por conta de uma mensagem escrita em batom. E é isso que o Brasil se tornou, essa terra de ninguém, terra sem comando, executivo, legislativo, parlamento omisso, todas as instituições omissas, sob a batuta do supremo, dos supremos, do STF, infelizmente.