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Tempo dos Blocos Dr. Yglésio

10 de julho de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Deputado Lula não vai voltar? Eu avisei para ele que eu ia falar aqui, porque ele começou dizendo que a gente fala quando ele não está. Fica difícil desse jeito, ontem ele não veio, agora ele já saiu do plenário. Carlos Lula, “bora”! Eu vou usar aqui um minuto do tempo, teu gabinete fica pertinho daqui, volta para o plenário! Pode descontar, Presidente, um minuto aqui, que eu vou deixar para o Deputado Carlos Lula voltar.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Continue a fala, meu Deputado.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Não, não, eu quero dar oportunidade para ele, porque ele falou já, duas vezes, e o Deputado Rodrigo Lago, duas vezes. Não, eu dei um minuto só, eu ainda tenho quatorze para falar. Mais dez segundos aqui, dá tempo, que ele está na TV Assembleia lá. Pronto, já deu aqui um minuto e dez, pronto. Deputado Lula, eu vou fingir ali que o Soldado Leite é o senhor, está mais ou menos na mesma direção, e vou ficar olhando para ele como se eu estivesse lhe olhando. Então, “Soldado Lula”, viu, eu vou ficar lhe olhando aqui. Vamos lá. O deputado Carlos Lula, ontem, ele disse que a minha fala foi agressiva. Como ele citou que a luta talvez tivesse me feito mal, mesmo eu não tendo pego golpes na cabeça, tentando aí, de alguma forma, de maneira subliminar, me imputar algum tipo de doença neurológica ou psiquiátrica, eu devo dizer que ele deve ter algum distúrbio sensorial, porque, se o que eu falei foi agressivo, Deputado Carlos Lula, eu devo dizer que V. Exa. é muito mimisento. E eu creio que mimisento, para não dizer, não falar uma expressão inglesa, touchy, sensível demais. É uma coisa que a gente sabe, que a esquerda é meio desse jeito, mas vamos lá, vamos à verdade dos fatos. O fato é que a verdade dói, dói demais. Deputado Carlos Lula começou aqui tentando fazer uma comparação de currículo comigo. Eu sou doutor, com doutorado pela maior universidade da América Latina, aos 29 anos. Doutorado, acesso direto, concluído em um ano e oito mês. Tempo recorde. Entre os médicos com doutorado no Brasil naquela época, eu provavelmente fiquei ali entre os três mais jovens da história do país. Então, ele veio falar aqui em direito constitucional. Na faculdade que ele passou em Direito, que foi a Universidade Federal do Maranhão, eu passei em primeiro lugar geral, em 1998. Eu não me formei agora. Eu fiz prova da OAB agora, 4 anos depois de recomeçar o curso de Direito em uma faculdade particular, porque eu escolhi fazer na particular por conta da proximidade da minha casa. Então, assim, passei de primeira na OAB, sem estudar praticamente, 12 videoaulas aí do Ceisc, no YouTube, e fiquei entre os 5% que mais pontuaram no Brasil. Então, assim, se for para fazer uma comparação de intelectos, currículos, eu fico até com pena do Deputado Carlos Lula, porque ele é esforçadinho, eu admito, mas não dá para comparar, Carlos Lula, nossos currículos. Vamos lá. Eles iniciaram. Essa coisa toda que eles trouxeram aqui para tribuna foi iniciada por eles. V. Exas.. estão aqui testemunhas oculares, Deputado Soldado Lula. O que acontece? Eles começaram, vieram falar aqui de luta. Eu fiz uma argumentação baseada na retórica e no silogismo, que são premissas, inclusive, das construções teleológicas do Direito. Se uma coisa é assim, leva a isso, se uma coisa leva a outra coisa, portanto ela finaliza aqui com uma síntese daquele pensamento. O que eu disse? Deputado Rodrigo Lago disse aqui que a luta foi de fachada. Eu nunca vi uma luta de fachada em que o oponente sai com o nariz quebrado, sangrando. Eu nunca vi Telecatch dessa forma. O deputado Lula disse que eu teria ficado tonto depois da luta, com alguma dificuldade cognitiva. Meu cérebro está funcionando cada vez melhor, porque, quanto mais eu faço exercício físico… Coisa que ele deveria fazer, porque está muito buchudo para a idade que ele tem e está muito envelhecido para a idade que ele tem. Faria bem, Deputado Lula. O senhor como ex-secretário de Saúde deveria fazer alguma atividade física, talvez o seu raciocínio estivesse melhor. E eu digo, Deputado Carlos Lula, que com um mês de preparação, com um mês de preparação, é melhor um soco no ar, como V. Exa. disse, do que essas suas palavras frágeis ao vento, como foram ditas aqui na tribuna da Assembleia. E são palavras frágeis ao vento, Presidente. Eu digo por quê e Deputado Júlio, que está ali. Porque de tudo que eu falei ontem, quando eu disse que nenhum deles, nem Rodrigo, nem Júlio, nem Lula, quando o Deputado Othelino sobe aqui na tribuna para chamar o Governador Brandão de caloteiro, nenhum deles, Othelino, sobe para reagir a tuas palavras. Mas se fala de Márcio Jerry, se fala de Flávio Dino, ah, viram leões aqui em cima da tribuna. Isso eles não refutaram. Ou seja, argumento verdadeiro, check, aprovado, verdinho, mostrando que nós estávamos com a razão. Então, volto a dizer: abre o olho, Brandão, para os inimigos íntimos, não inimigos ocultos, Deputado Carlos Lula. Então, assim, ele falou que tinha vergonha de eu ter feito uma luta. Eu vou dizer, quando eu falei em luta aqui, foi justamente para dizer, gente, se V. Exas. estão achando que foi combinado, que foi mentira, eu estou à disposição. Vamos fazer aqui outra beneficente. Não falei para a gente ir ao estacionamento se matar, não; com luva, com protetor bucal, com técnica, vai aí que eles melhoram a saúde deles. Eu sei que eu dou conta dos dois, podem ter certeza, e continuo dizendo, mas não estou chamando. Estou dizendo que, caso eles tenham dúvida quanto à veracidade, eu estou aqui para comprovar, porque aqui tem gente para mostrar a verdade nas palavras e nas ações. Mas vamos lá, Deputado Carlos Lula, sabe o que o senhor devia ter vergonha? É de falar coisas que o senhor nem sabe. O senhor disse que essa Assembleia custa 1 milhão por mês. É tão desorientado seu raciocínio como foi na época que o senhor disse aqui que o MST era o maior produtor de arroz do país. Ele só produz 0,54%, que dá 8 oito horas de arroz para abastecer o Brasil por ano. A Assembleia custa mais de 1 milhão por dia, e infelizmente eu tenho que subir aqui para mostrar o quanto Vossa Excelência mente, distorce a realidade, não traz a realidade dos fatos aqui à tribuna, não sabe nem quanto a Assembleia custa. Acho que por isso que foi tão mal gerenciada a rede de saúde, que era serviço abrindo sem planejamento e no final o médico ficava quatro meses sem receber. Médico, na época dele, ficava quatro meses sem receber. Se o Othelino tivesse essa vibe de oposição naquela época, ele ia dizer que o Secretário Carlos Lula era um caloteiro, porque ele era de fato. Quantas empresas não quebraram na saúde quando Carlos Lula e seu Marcos Grande eram secretário e presidente da EMSERH? Até Marcos Grande apareceu aqui. Coitado! Isolaram Marcos Grande. Serviu aí só para as necessidades das épocas de campanha e, depois disso, esqueceram de Marcos Grande. Soldado Leite, por favor, volte ali, ocupe o local do deputado Lula, porque eu preciso me dirigir como se aqui ele estivesse, por gentileza. Então, vamos lá.

O SENHOR DEPUTADO SOLDADO LEITE – Só um aparte, Deputado Yglésio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Por favor.

O SENHOR DEPUTADO SOLDADO LEITE (aparte) – Eu fui ali à galeria de imprensa e, a pedido dos colegas da galeria de imprensa, eles perguntaram se o senhor toparia um confronto de alguém da sua estatura, do seu tamanho, e está aqui o Soldado Leite à disposição.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Topo toda hora.

O SENHOR DEPUTADO SOLDADO LEITE – Posso ser mais que o Lula aqui, para ficar só nesse embate.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Vamos marcar para dezembro, porque eu tenho…

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Senhores Deputados, vetada essa possibilidade entre deputados.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Presidente, para dezembro, está no recesso. Então, vamos lá. Assim, o Deputado Lula disse que tem vergonha de eu ter feito uma luta, mas eu tenho orgulho, sabe por quê? Eu nunca vou esquecer do olhar da minha filha pendurada em cima do nosso amigo Ricardo Coringa, aqui na cacunda do Ricardo, torcendo, gritando quando eu venci. Essa imagem nunca vai sair da memória afetiva dela e nem da minha. Então, ele deveria ter vergonha de ser um puxa-saco do Flávio Dino, de fazer as coisas de maneira “sicofântica”, que é puxa-saco de uma maneira refinada, para depois vocês não cortarem dos anais da Casa. Um sicofanta! Que seja. Eu, graças a Deus, não preciso puxar saco da Iracema e do Brandão. Eu subo aqui e falo o que está na minha cabeça, mas, principalmente, o que está no meu coração. Eles precisam deturpar a verdade muitas vezes para servir ao senhor deles. Mas vamos lá. Trabalho: ontem eu somei aqui, Júlio Mendonça, não sei se Júlio, depois da coisa ontem, botou mais alguma coisa na produção dele, mas, até ontem, ele, Rodrigo e Lula tinham 307 proposições, eu, 11.883. Então, não dá para ter vergonha do meu trabalho. Falta: eu tenho seis anos de casa e, se puxar o relatório bem ali, não tem nenhuma falta. Lula não veio ontem e hoje já está fora do plenário mais cedo, mas eu estou falando aqui com o representante dele, está com o procurador aqui, o Soldado Leite, que está sendo o procurador. Então, vamos lá. Se eles, obviamente, não têm coragem de fazer uma luta beneficente, para ver que não é telecatch, eu convido o Deputado Lula para uma hora de podcast, pode ficar até longe da mesa para ele ficar tranquilo, pelo menos uns três metros de distância, em qualquer lugar que ele quiser, qualquer podcast que ele quiser. Jornalistas, se quiserem, qualquer um de vocês pode organizar um debate, Deputado Yglésio x Deputado Carlos Lula sobre política, sobre contribuição do mandato para o povo do Maranhão, ele está desafiado. Pode juntar ele, o Rodrigo Lago e o Júlio. Se eles quiserem os três, debato com os três, ao mesmo tempo, só que com os três, bota 2h para ficar mais interessante, ao final. E aí nós vamos ver realmente quem, de fato, tem contribuição ou não ao povo do Maranhão. Eu tenho certeza que eu vou ganhar, como eu tinha certeza que eu ia conquistar cada etapa da minha vida, como eu sei que um dia, logo, logo eu serei prefeito dessa cidade, porque aqui no meu coração só tem o bem para fazer pela minha cidade e Deus me deu a clareza e a visão de entender os problemas e, muito mais, de ter coragem para instalar as soluções. Deputado Rodrigo não falou nada demais. Tomou tudo como verdade ontem do que foi dito. Falar aqui um pouquinho do projeto da Deputada Mical. Ela ainda se encontra? Deve ter ido para o gabinete atender. Vamos lá! Foi vetado o projeto ontem. Um veto de natureza completamente ideológica. Por quê? Porque o projeto, ele não faz parte de nenhum item de Lei de Diretrizes Básicas, ele não faz parte de nenhuma afronta à Base Nacional Curricular Comum, a BNCC. Sabe por quê? Porque ele não proíbe a escola de fazer atividade de gênero. Tem previsão ali na Constituição, nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, essa questão aí da diversidade. Agora, o que o projeto trata é da pessoa ter o direito de não querer participar. E, Bandeira, Bráulio, cadê Chiquinho? O jovem, o procurador da criança, do adolescente é o pai, dos melhores interesses. Se o adolescente quiser chegar em um bar e pedir bebida alcoólica, ele não pode. Voltou aqui, Deputada Mical. Então, Deputada Mical, o seu projeto ele não tem nada de inconstitucional, por quê? Está segurado lá: artigo 226 da Constituição: a família é a base da sociedade, o estado tem proteção especial contra criança que apanha, contra a mãe que apanha, contra a droga que entra dentro da família, destruindo, proteção especial, tem o controle, mas não é dono da vida das pessoas e nem da autonomia familiar, o estado não é. Então, ela já falou muito bem aqui, o artigo 24 diz justamente competência concorrente dos estados para legislar sobre a matéria. Nós não estamos tratando de base curricular, mas sim sobre o sagrado direito de não querer ir a um evento, dentro da escola. Só para finalizar, Presidente, porque, hoje, infelizmente, o estado brasileiro, ele tem projeto e ele quer enfrentar e destruir as famílias que têm propósito. Então, nós não podemos aceitar esse veto e vamos trabalhar para derrubá-lo, se quisesse fazer uma coisa constitucional, trabalhar dentro das linhas da Constituição, estou terminando, Presidente, poderia simplesmente fazer um veto parcial ao artigo 7º, apenas para não multar os gestores, só isso, resolveria. Agora, o pai ter direito do filho não ir para uma atividade de gênero em que eles querem cada vez mais, instigar meninos e meninas a se tornarem gays, lésbicas, transgênero, incentiva subvertendo o papel da escola, que é ensinar os valores mais basilares.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Conclua, Deputado.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Então, para finalizar, nós vamos trabalhar pela derrubada desse veto, porque, acima de tudo, existe a liberdade dos pais e dos alunos de participarem ou não de atividades como essa, nem todo mundo é obrigado a ser LGBT.