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Pequeno Expediente Júlio Mendonça

13 de agosto de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Bom dia, bom dia, Deputados, Deputadas, Senhor Presidente, Florêncio Neto, demais Membros da Mesa, internautas. Companheiros e companheiras, aqui, iniciando nosso dia de trabalho, terça-feira, mais uma vez, aqui na tribuna, para falar de uma situação do tema nacional. Primeiro, eu quero aqui lamentar a morte, o falecimento do economista, professor Delfim Neto, que, inegavelmente, apesar das contradições, apesar de ter colaborado, com a ditadura nesse país, mas é inegável, o papel que o professor Delfim Neto desempenhou na consolidação do Brasil como modelo, com uma potência econômica. Também é inegável o papel que o Delfim Neto desenvolveu na estruturação da economia do país, principalmente no primeiro governo Lula, com a sua experiência, com a sua vivência, ajudou muito este país a se desenvolver e ao próprio Presidente Lula. Na verdade, esse ano, Deputado Ricardo Arruda, já é o segundo economista, nós perdemos também a Maria da Conceição Tavares, que foi, na minha concepção, junto com Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares e o Delfim Neto é um triunvirato que, de fato, contribuiu muito para com este país. Claro, cada qual no seu campo de atuação, na sua época, defendendo a sua bandeira política. Inclusive, a Maria da Conceição teve um papel mais voltado para a academia, para a universidade, mas esses três economistas desenvolveram um papel fundamental na economia do nosso país. Outro ponto que eu quero colocar aqui, que fala um pouco sobre a política internacional. Eu sou uma pessoa que me identifico como uma pessoa politicamente mais à esquerda, mas aqui eu acho que a esquerda está cometendo um grande erro, Deputado Carlos Lula, em não condenar a eleição na Venezuela. Eu penso que a era Maduro já era para ter acabado, a preocupação, de fato, é o papel que a extrema direita exerce na Venezuela, mas é um erro a esquerda não assumiu a posição crítica, é um erro, na minha avaliação, não fazermos isso. Nós temos que preservar a democracia, nós temos, na minha opinião, que preservar a economia de mercado. E o que está acontecendo na Venezuela é uma autocrítica que a esquerda tem que fazer e, de fato, condenar essa postura ditatorial do Presidente Maduro. Penso que o que o Presidente Lula, como um democrata que já perdeu várias eleições, soube perder, soube se recolher, como já ganhou várias eleições no voto, precisa ter uma postura mais dura, mais combativa, condenando a posição ditatorial antidemocrática extremista que está colocando a Venezuela, já colocou, numa situação extremamente vulnerável, onde o seu povo, o que nós temos de irmãos venezuelanos nas nossas esquinas, fruto do equívoco, claro, fruto também do boicote internacional. Então, nós não podemos com medo de achar que o fascismo, a extrema-direita vai tomar o poder na Venezuela, cometer erros mais graves do que uma eventual tomada de poder pela extrema direita. Então, fica aqui minha autocrítica e dizer que a minha posição. Concluindo, Senhor Presidente, meu querido Presidente, a minha posição é crítica em relação ao regime da Venezuela, sou contrário, acho que é um equívoco o que está acontecendo e a esquerda tem que ser mais dura, condenando a posição do Maduro. Muito obrigado, Senhor Presidente.