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Grande Expediente Dr. Yglésio

15 de agosto de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos! Iniciar aqui, primeiro, obviamente, pedindo desculpas à sociedade, que é quem não merece ver esse espetáculo de cinismo aqui dentro da Assembleia Legislativa. Um advogado constitucionalista, dois, na verdade, subindo à tribuna para atacar o direito de um deputado na tribuna falar. Estranho, quando eles sobem para acusar Bolsonaro, eles podem tudo; quando eles sobem para acusar os adversários no interior, eles podem tudo e não devem nada a ninguém; e muito me estranha porque, Deputado Carlos Lula, V. Exa., não, V. Exa. mesmo, pega sua assessoria, decupa e manda para a Polícia Federal e vamos lá, de novo, mostrar se um deputado na tribuna não tem imunidade ou se as imunidades estão suspensas aqui no país. V. Exa. já sabe a resposta, mas precisa fazer esse gesto, e realmente eu lhe perdoo por isso e vou lhe perdoar por uma frase que V. Exa. disse aí embaixo também, dizendo que eu precisava tomar meu remédio. Primeiro, V. Exa. já foi Secretário de Saúde, ocupou a pasta. Eu não tomo remédio para cabeça, não, Deputado Carlos Lula. Eu já ouvi dizer que V. Exa. toma, mas eu não tenho certeza, não posso afirmar. Mas vamos lá, que o senhor vivia em psicólogo, eu sei, e graças a Deus, porque a gente tem que melhorar mesmo. Mas é um desrespeito às pessoas, às milhões de pessoas no Brasil que têm depressão e que têm um Secretário de Saúde tão baixo, a ponto de querer menosprezar o problema da doença mental, estigmatizar as pessoas; chama, por exemplo, as pessoas com autismo de “pessoas que tomam remédio” em uma reunião. O senhor não faz, sabe por quê? Porque o senhor não tem coragem, o senhor não tem coragem de escrever uma denúncia para o Supremo. V. Exa. não tem coragem colocar sua digital numa assinatura do inquérito, sabe por quê? Porque V. Exa. tem medo do que pode vir de rebordosa. É só isso. Então assim, peço desculpas à sociedade por acompanhar esse espetáculo de cinismo e esse teatro aqui na Assembleia Legislativa. Nós sabemos que esse pessoal do grupo do Deputado Carlos Lula já não faz mais parte da base do governo Brandão; como Deputada Mical diz: foram colocados pelo Flávio Dino aqui, estão cumprindo o papel deles mesmo de defender. Agora, querer tirar o direito de um deputado subir à tribuna e mostrar e alertar para a sociedade a concertação de coisas que, muitas vezes, a imprensa nacional, vendida para alguns setores, segmentos e pessoas, omite ou muda narrativas. Quem não lembra do que Reinaldo Azevedo falava de Moro? Aí ver um editorial ontem de Reinaldo Azevedo, passando pano, Deputada Mical, para as patifarias e excessos de autoridade, de abusos cometidos por Alexandre de Moraes. Dois pesos, duas medidas; numa mão, mais dinheiro; numa mão, menos dinheiro. Se esse parlamentar, qualquer um aqui, perde o direito de subir à tribuna para suscitar todas essas questões, os mandatos, eles não precisam existir, porque aí nós viveremos sob a égide do que eles querem, um estado policialesco, que persegue adversários. E eu quero, Deputado Carlos Lula! Envia a notícia para o nosso Ministro Flávio Dino! Eu quero um processo dele, eu quero! Eu quero confrontá-lo frente a frente, com fatos e provas, eu faço questão! Agora, seja uma pessoa honrada e coloque sua assinatura nisso, encaminhe para ele, para o gabinete dele. Encaminhe. Eu faço questão, porque o dia em que o Supremo Tribunal Federal suprimir o direito de um de representante legítimo, vejam bem, o dia que o Supremo Tribunal Federal proibir um deputado de trazer o que está por trás dos fatos à tribuna, é o dia em que não viverá mais o país uma democracia. E sem liberdade, Deputada Mical, não tem sentido a existência da vida. E quando eu me altero, eu me altero por isso, é porque eu quero que o Rogério tenha o direito ali de me criticar, se ele quiser, que eu não vá chamá-lo para a Polícia Civil ou a Polícia Federal para ele falar alguma coisa. É que eu não tenho que esperar que o John Cutrim vá fazer sempre matéria elogiosa a meu favor, que a TV Mirante só fale bem de mim, que a TV Assembleia só mande release. V. Exas. querem viver de release da Assembleia? Bom para vocês. Eu subo para falar a verdade. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” É a única coisa que me faz subir a essa tribuna aqui. O que me faz subir é mostrar o que está acontecendo. E risinhos debochados de quem sabe que a verdade é a linguagem corporal de quem foi atendido e entendeu o recado. Eu sei, porque graças a Deus eu estudo neuropsicologia e neurociência, das várias coisas que eu estudo. Deputada Mical, por favor

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (aparte) – Deputado Yglésio, eu quero parabenizá-lo pela coragem, porque uma coisa que não nos falta aqui nesta Casa é coragem. A gente tem que enfrentar mesmo, tem que realmente falar o que a gente pensa. Eu acredito que isso é democracia. E nós temos aí garantida por lei a questão da nossa fala, do nosso discurso na tribuna. E como não falar aquilo que a gente pensa que está errado? Se está errado, nós temos que falar, nós temos que combater. Então parabéns por não se intimidar, vá em frente. Deus o abençoe. E não é à toa que V. Exa. agora lançou a sua pré-candidatura para prefeito de São Luís. E conte com nosso apoio. Como eu já falei anteriormente, estou lhe apoiando pelo fato de ver a pessoa que V. Exa. é: verdadeiro, diz realmente, é transparente. E a cidade de São Luís precisa ser administrada por pessoas que realmente são conservadoras, que não ficam em cima do muro, que não vão ficar na hora, por exemplo, numa decisão de projetos, como a gente sabe agora que tem um projeto aí que foi aprovado nas caladas, um pacote, eu vou por essa linha também, de LGBTQI+, como aconteceu agora que ele ficou calado, em silêncio, o prefeito atual, Eduardo Braide, e eu tenho certeza que se V. Excelência, se tivesse à frente da Prefeitura, V vetaria. Meus parabéns pela sua correção.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Deputada Mical, coragem é o primeiro sinal de alguém que quer transformar a realidade, porque é muito fácil vir aqui para o parlamento todos os dias, colocar o dedinho e ficar calado votando, recebendo salário, destinando emendas para as bases e fazendo esse tipo de política que se faz no Maranhão. Agora quantos corajosos não foram para as fogueiras. Decisões aí de figuras históricas como Torquemada, a sequência de guilhotinamentos na França, até revolucionário foi guilhotinado. Quem fez a revolução se voltou contra ela. Eles que são aí socialistas comunistas, que falam de mim já ter vindo da esquerda, Deputado Rodrigo puxei a ficha de filiação, ele foi do PSDB, de 2009 a 2011. No tempo que o PSDB detonava com Luiz Inácio Lula da Silva. Então assim, ele que se diz um homem de grupo, ele, com certeza, tinha opiniões contrárias a Luiz Inácio Lula da Silva. Está no filial web, ele já passou pelo PSDB, pelo Solidariedade, pelo PCdoB e por mais um partido, que agora eu não me recordo. Mas já foi do PSDB, na época que a polarização era PSDB e PT, ou seja, já foi um anti Lula. Então, o mantra comunista, acuse-os do que você é. Não esteve nas mesmas trincheiras sempre, não tem condições morais de cobrar coerência. Eu amadureci, eles retrocederam, porque quem caminha pro caminho da esquerda, retrocede. Porque não quer um país que gera emprego, quer um país de miseráveis para serem beneficiados por bolsa, para ter a barriga como instrumento de dominação. E todo mundo aqui que está ouvindo sabe que é verdade que eu estou falando. E eu poderia aqui estar me preparando pra ficar com a voz boa para o debate, mas eu vou sem voz, amanhã, se precisar, porque o momento da verdade é agora. Dizem assim: o momento de plantar uma árvore era 25 anos atrás, o segundo momento é agora. Eu não perco, Deputado Ricardo Arruda, o momento de dizer a verdade, quando ela entra no meu coração, sabe por quê? Eu ando aqui, oh, de colete, oito inquéritos abertos, de ameaça contra minha pessoa, está aqui, oh, na tribuna. Vivo, hoje, sob escolta policial, porque tem atentados, já escreveram, nunca trouxe isso aí, para não espetacularizar, já teve inscrição do bonde dos 40, na minha casa. E a polícia técnica do Maranhão não conseguiu identificar as digitais, mas está lá, B40, no vidro da minha casa, num condomínio fechado, olha o nível de exposição de risco, Major Ronald, Tenente-Coronel Ronald, perdão, Coronel Ronald, que a gente se expõe, quando a gente fala a verdade, quando a gente enfrenta colombiano em feira, quando a gente enfrenta bonde dos 40, facções lavando dinheiro, através de jogo do tigre. Olha o que a gente enfrenta quando a gente fala a verdade, a gente não sabe, Sumika, nem se a gente volta para casa. Porque aqui eu estou de colete, se eu pegar um tiro na cabeça, acabou. Mas eu estou aqui, porque eu não vim para ser mais um, eu vim para ser o melhor, o melhor para sociedade, aquele que vai e diz o que precisa ser dito, pra quem quiser permanecer no sono da matrix, ali embebido em biofluido, conectado a seus cabos ali, vai entender a referência, que fique entendendo que a realidade está tudo muito bom, está tudo muito bem, que o salário está caindo na conta, que é normal a pessoa está endividada, 30, 40% da população está endividada. A quem acredita que tudo isso é normal, meu respeito, porque, até a liberdade de ser preso, internamente, a pessoa deve ter. Agora, eu vim aqui para trazer uma reflexão para as pessoas acordarem. Isso incomoda muita gente, isso cria muitos inimigos, porque o que o centralismo democrático comunista prediz, prevê e preconiza, é “ordem veio de cima, cumpra ou você é adversário do sistema”. George Orwell explicou isso muito bem, 1984, The Big Brother, tudo lá descrito, horários, o que fazer, o que falar, o que pensar. E é isso que eles se zangam. Eles se decepcionam comigo, porque eu falo do líder deles, do único capaz de ajudá-los no próximo processo eleitoral para eles continuarem aqui. Porque, do governo, eles sabem que não vão ter absolutamente nada. Então, eles estão aqui fazendo o papel deles e têm meu perdão. Eu só peço: Deputado Carlos Lula, encaminha a notícia fato para Polícia Federal com a vossa digital, não peça à presidência da casa para atuar contra um deputado, porque o momento seu, de isso aí acontecer, vai chegar. Porque muito o senhor já fez contra essa presidência na Casa, e o senhor sabe disso. Então, gente, para concluir. Aqui tem um homem de verdade. Aqui tem um homem que não tem medo, nem da morte, Deputada Mical, sabe por quê? Porque se meu Pai Celestial me chamar para perto dele, é o meu momento de ir, e minha missão e minha vida lá em cima é eterna, isso eu tenho certeza, Andreia. Quando eu te vejo aqui, todo dia, te superando nessa cadeira, eu sei tua dificuldade. Eu sei o que V. Exa. passa aqui para pentear teu cabelo para vir para a Assembleia. Eu sei que V. Exa. faz isso aqui porque tem inquietação dentro de ti. Porque V. Exa. tem condição financeira, V. Exa. não precisa de um centavo disso aqui para te fazer feliz, como muita gente. Eu tenho duas profissões. Eu ganho minha vida, sustento minha casa, tenho uma esposa que eu consegui ajudar a formar, pagando a faculdade de medicina, era uma enfermeira, ganhava pouco, como os enfermeiros ganhavam, casei com minha mulher quando ela ganhava R$ 1.500. E hoje eu tenho orgulho de dizer que é uma das pessoas que mais faz medicina estética com qualidade aqui na cidade, me orgulho todo dia, apesar de não viver e nem projetar viver uma vida de conto de fadas, como muita gente aqui, que quer projetar que tem casamentos perfeitos, que te critica, Mical, por tu seres divorciada. Ninguém sabe o que tu passaste na tua vida, só eu sei o que minha mãe passou, o braço dela quebrado pelo meu pai, aos seis anos; meu pai batendo nela, aos 10 anos de idade; no 14 de novembro de 1990, eu chamando a polícia para tirar o meu pai de dentro de casa, agredindo minha mãe na porta da rua; eu, três horas da manhã, na Delegacia da Mulher, ali quando era da Beira Mar. Então, Deputado Lula, ainda que eu tomasse remédio, ainda que eu fosse um paciente de psicólogo, eu teria todos os motivos na minha história para buscar ser melhor. Que, diferente de V. Exa., V. Exa. se supera, todo dia, em ser pior, em defender o indefensável, em subverter a vocação jurídica que tinha, para se transformar realmente num subserviente político, contumaz, a ser um armador de tramoias, de conluios, contra o governo, contra a Presidência da Casa. Eu reclamo de muitas coisas do governo, aqui o Deputado Wellington trouxe um ponto importante, eu falei já na minha rede social de manhã: a BPRV e a SMTT têm que fazer uma operação mais adequada, pegar quem ali está dando grau, rolezinho, tem que ter uma tolerância com quem está trabalhando ali com sua moto, tem que ter. Então, fica aqui a minha reclamação contra o Governo. Como recebi, agora pela manhã, anestesistas há cinco anos recebendo o mesmo valor do plantão no hospital, porque o que o Ricardo Murad pagava de plantão ficou seis, sete anos no governo Flávio Dino o mesmo dinheiro, porque ele odeia médico. Ele odeia médico. Ele odeia médico. Ele tem despeito com médico, porque o vestibular de Medicina era mais difícil que o de Direito. Então, ele tem essa ferida dentro dele. Homens egocêntricos acham que não adoecem, homens egocêntricos pensam que não precisarão jamais de ninguém, mas agora está aí. Ele está fazendo o tratamento dele com a medicação, perdeu peso. Eu tenho certeza que ele não procurou um político para medicá-lo. Eu tenho certeza que ele foi num médico para tentar viver mais, assim como eu fui no médico e perdi 21 quilos e estou com uma saúde excelente aqui e subo – não tomei remédio para emagrecer – com tranquilidade. Meu stress era tão grande por conta dos trabalhos e perseguições que minha testosterona estava em um limite inferior. Comecei a repor e fazer exercício todo dia, cuidar de mim, me valorizar, dar exemplo. Tem vizinho meu que começou, Rogério, a fazer box. Os adolescentes do condomínio sabem porque a palavra o vento leva, o exemplo arrasta. E por isso, Mical, que nós estamos juntos aqui, porque a gente tenta, nas nossas limitações humanas, viver dentro dos limites das nossas palavras. O nosso conjunto de palavras está no subconjunto dos nossos atos, e não o contrário. Há quem tenha muitas palavras e um subconjunto de atos bem pequenininho. Não vou ficar aqui apontando ninguém, porque cada um sabe a vida que quer e que deve levar. Mas nunca, nunca, nunca, tirem tudo meu, menos a minha liberdade de falar, porque aí realmente vai ter um morto-vivo caminhando pela Assembleia. Se algum dia, Sumika, não estiver aqui na Assembleia, vai ter um morto-vivo, dentro de um ambulatório, de um consultório, numa sala de cirurgia se Deus tomar a minha liberdade de falar, porque o direito não tira, a Constituição Federal não tira, a Constituição do Maranhão não tira, as jurisprudências mutatis mutandis do STF nem essas tiram aqui da tribuna. Aqui é o meu lugar, aqui é o meu lugar. E do meu lugar ninguém me tira, a não ser o povo e Deus, acima de tudo. Então, peço respeito às minhas palavras, às coisas importantes que eu trago aqui para Assembleia do Maranhão, às denúncias importantes do que está acontecendo em Brasília em relação ao Maranhão e o timing disso tudo, ações orquestradas. Eu já havia dito isso para alguns colegas no começo do ano: “eles vão começar a soltar na segunda quinzena de agosto as coisas, para interferir nos processos eleitorais. Eles vão fazer isso.” Dito e feito. Está acontecendo. Vai vir mais coisa. Pode esperar que vai vir mais coisa, de outros municípios estratégicos. Porque onde eles não ganham no voto, que vai ser, no Maranhão, quase todo, eles vão querer ganhar no tapetão. Mas aqui, desta tribuna, ninguém, ninguém que olvide disso; eu jamais vou deixar de denunciar. E, mais uma vez, me solidarizar as pessoas, como Deputado Carlos Lula falou, ex-secretário de Saúde, que reformou Nina Rodrigues, mas que acha que as pessoas lá que tomam remédio são inferiores. O sentido do discurso foi esse; que uma pessoa não é capaz de falar por sua cabeça coisas que ele não quer ouvir, se não tiver sob efeito de remédios. Me solidarizo com você, que toma aí a sua fluoxetina, a sua sertralina, que tem tanto problema que precisa de um clonazepam para dormir. Eu me solidarizo com você, que é uma pessoa normal, que enfrenta os problemas do dia a dia. Não esses fantoches de rede social, bonecos que se criam aí, como Duarte Júnior, Eduardo Braide, esse pessoal que vive vida de faz de conta. Cada ato, meticulosamente, pensado. As falas são sempre as mesmas. Deve ser difícil, viu? Deve ser difícil, Andreia, você viver uma vida em favor apenas de falar o que o outro quer ouvir. Viver uma vida em que você não possa falar o que seu coração exprime. Eu acho que é uma das piores pragas que a vida de uma pessoa pode ter, é ela não conseguir aceitar o que ela é. Tem muita gente, Mical, que persegue mulheres, nos diversos postos, porque não gosta de mulher, casa, continua odiando mulheres, Freud chama isso aí, muitas vezes, de um desdobramento de um transtorno chamado de formação reativa da personalidade, que é isso? O indivíduo assume uma postura contrária a tudo aquilo que ele é, do ponto de vista, de id, de ego, o superego trabalha aquilo ali. Então, ele assume uma postura diferente de tudo aquilo que ele é ou gostaria de ser. Por isso que tem homens que chegam aí que passam dos 50 e não saem do armário, e só querem enfrentar políticas mulheres, Insatisfação, não consegue, queria ali ter um namorado, viver com o homem, intensamente, e não o fazem. Eu lamento, porque eu não tenho nada contra a comunidade LGBT. Eu só não aceito que as pessoas, por serem LGBT, queiram ser mais do que as outras pessoas, que não são. e que respeite que é quem não quer que sua casa se desenvolva um ambiente, seja tudo que você quer ser, só não imponha isso, dentro da minha casa, para as nossas crianças, para as nossas famílias. Esse é o pensamento de mais de 70% da população. Dizer que alguém aqui tem raiva de gay? Tem funcionário meu ali que é gay. Já tive aqui assessorandas lésbicas. Outro dia uma passou um tempo aqui, assumiu um namoro, com uma pessoa famosa na ilha. Fiquei feliz por ela, não sabia. Não muda absolutamente nada, o que não pode é impor, não pode é levar isso para dentro da escola. E nós vamos derrubar, deputado, aquele veto, nós vamos derrubar aquele veto, porque Jesus, Deus são maiores do que certas canetadas que, às vezes, a esquerda dá em mera retaliação a propostas parlamentares. Mas eu lhe digo, o calvário de hoje, do todo dia, o calvário de hoje é a redenção do amanhã. A senhora pode ter certeza absoluta disso. Essa cruz que a gente carrega aqui de sermos dois na Assembleia, praticamente sozinhos, falando as mesmas coisas, cada um com uma abordagem, a sua experiência como vivente da igreja, de fato, por dentro, é muito maior do que a minha. E eu aqui do lado, defendendo os vários credos e as liberdades das pessoas, e o respeito às unidades familiares, e tudo mais. A gente passa por cada coisa aqui, mas eles passarão, isso aí eu tenho certeza, eles passarão e nós vamos voltar a ter uma nação que entenda, de fato, como deve se insurgir como uma. Hoje nós temos um povo, mas nós não temos sentimento de nação. Noé, ele não sabia o dia que a chuva vinha, ele preparou a arca, ele não teve medo de enfrentar um dos maiores esforços de engenharia da época. Noé, Ericeira, não teve, ele não preparou a arca “Ah, a previsão do tempo é aqui”, não, ele teve o chamado e fez a arca. E, no momento certo, a arca serviu para salvar vidas, vidas animais e manter a história, como a Bíblia diz. Agora, nós estamos aqui, Mical, a gente não sabe quando isso aqui vai colher, porque a guerra já começou. Mas vai ter o momento que ela vai piorar, mas nós estamos nos fortalecendo, nós estamos nos insurgindo e mais pessoas estão vindo conosco. E, assim, se cometi algum excesso, realmente, porque eu sou uma pessoa que me assumo, sou uma pessoa temperamental, mas, no mesmo tempo que eu tenho temperamento forte, eu tenho humildade para pedir desculpas a qualquer colega que tenha se sentido ofendido e principalmente ao povo do Maranhão. Mas quero que entendam que a indignação, ela é uma resposta a essa rede de mentiras, a essa rede de perseguições. E, se não existisse o Yglésio Moisés aqui, talvez só reinasse o império do silêncio. São essas as palavras. Quero agradecer a todos, muito obrigado.