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Tempo dos Blocos Rodrigo Lago

27 de agosto de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, senhores deputados. senhoras deputadas, membros da imprensa, pessoas que nos acompanham pelos canais da TV Assembleia, servidores desta Casa. Como antecipei ainda há pouco, num aparte ao belo discurso do Deputado Carlos Lula, hoje eu não poderia deixar de vir aqui a essa tribuna, Deputado Ricardo Arruda, V. Exa. que foi presidente da Comissão de Educação, no ano passado, aqui nesta Casa, de enaltecer o legado deixado pelo nosso, agora ex-Secretário, mas Vice-Governador do Estado na Educação. O Deputado Júlio Mendonça iniciou aqui nessa Casa um pronunciamento, citando Dom Quixote, o Deputado Carlos Lula enalteceu realmente disse ser esse o personagem predileto dele da literatura. E, de fato, nós todos temos um pouco de Dom Quixote, Deputado Júnior Cascaria, pois nós acreditamos em sonhos, nós sonhamos e buscamos concretizar esses sonhos. Dom Quixote tinha um parceiro leal, Deputado Júlio Mendonça, que era o Sancho Pança. Eu em muitos momentos desse governo Flávio Dino, especialmente, no início do governo em que eu ocupava uma função muito mais técnica do que política, eu fui esse Sancho Pança. Quando algum secretário sonhava demais, eu ia levar os números das finanças do Estado e dizia: Esse sonho talvez não seja possível realizar. Mas aprendi ao longo desse período, desses sete anos e três meses em que eu compus, honrosamente, o Governo Flávio Dino que a gente tem que ser muito mais Dom Quixote do que Sancho Pança. Nós temos que sonhar e lutar pelos nossos sonhos, eu acho que isso resume muito a trajetória tanto do ex-governador Flávio Dino, como também de alguns dos seus discípulos construídos, forjados em seu governo, como foi o Secretário Felipe Camarão. Eu me recordo que ainda na transição o Felipe Camarão também sequer cogitado para a Secretaria de Educação, ao contrário, ele também entrou no Governo Flávio Dino como um técnico, um grande técnico. Entrou na Secretaria de Gestão, na SEGEP, na então SEGEP, hoje SEAD, e ele, a partir dali, começou a construir sua trajetória no governo, mas eu me recordo que o Flávio Dino numa das reuniões da Comissão de Transição em que eu fazia parte honrosamente. E após vencer as eleições, ele começou a desenhar aquilo que viria a ser o chamado Programa Escola Digna, e eu naquele momento, Sancho Pança, eu dizia exatamente isso, mas, governador , será que nós vamos conseguir apoiar o ensino fundamental que é obrigação dos municípios, se nós não temos condições sequer de entregar escolas dignas da rede pública estadual, que garantiria porque era a prerrogativa do Governo do Estado, garantir o ensino médio, e o então Governador eleito Flávio Dino, dizia que sim, que ele sonhava com uma educação melhor, e que jamais um aluno que chegasse ao ensino médio, sem ter passado por um bom ensino fundamental, teria condição de se libertar. E assim foi construído o seu governo, e logo no início do governo, por uma troca na gestão, o Felipe Camarão que já tinha sido Secretário de Gestão, já tinha sido Secretário de Cultura, já tinha sido Presidente da Fundação da Memória Republicana, foi, de repente, convocado a ser Secretário de Estado da Educação, e ajudou demais, bastante mesmo, aquele sonhador Flávio Dino, a construir uma educação melhor para o nosso Estado, apostando muito fortemente nesse Programa Escola Digna, que dava apoio não só apoio pedagógico, mas também apoio em termos de estrutura, garantindo inclusive o empréstimo, a acessão de professores também, para as redes públicas municipais garantirem um ensino fundamental digno para as crianças. Eu me recordo e essa passagem, Deputado Ricardo Arruda, não sairá nunca da minha memória, quando fomos inaugurar, certa vez, uma escola num povoado de algum município, e no caminho para essa escola, um caminho realmente muito difícil, de estradas vicinais, depois de 1h30, chegamos à escola e no percorrer desse caminho me perguntaram se ali naquele povoado tinha menos eleitor, por que o Flávio Dino estava construindo uma escola ali, por que o Felipe Camarão estava construindo uma escola ali que talvez nem tivesse eleitor e a resposta para mim, minha, na época, já compreendendo esse sonho de construir uma educação melhor, foi exatamente isso ali não só têm eleitores, mas têm especialmente crianças que precisam aprender, eis a dificuldade de uma criança dessa filha de trabalhador rural, filha de trabalhadora rural de ter que se mudar para a sede, ficar longe dos seus pais para poder ter um aprendizado digno ou pior, infelizmente, era o mais comum ficar na zona rural, mas recusar o acesso à educação, a educação tinha que ir, portanto, até a zona rural e assim foi feito com o Programa Escola Digna, mas é preciso dizer que o Secretário Felipe Camarão, assim como o Governador Flávio Dino ao início o seu governo não descuidou da rede pública estadual, basta a gente ver o Deputado Carlos Lula mencionou alguns números aqui basta a gente ver que tiveram 1500 obras educacionais, apenas até 2022, na primeira passagem do Secretário Felipe Camarão, na Seduc. Dessas, foram 350 obras construídas, ou seja, escolas novas escolas que foram abertas e entregues à população, nós não tínhamos, Deputado Júlio, nenhuma escola, em tempo integral, nós tivemos no final agora, já em 2024, 140 escolas em tempo integral, nós tivemos uma rede do IEMA. Uma rede que não só entrega a educação para a população, como capacita, Deputado Jota Pinto, essa população para o mercado de trabalho a o aluno sai de lá com ensino médio completo, mas sai também tendo uma profissão, se ele não tiver a sorte de alcançar o Ensino Superior, ele já poderá, minimamente, garantir o sustento da sua família. E a gente sabe que, às vezes, até mesmo para cursar o Ensino Superior, ele precisa dar sustento para sua família, porque, infelizmente, a paternidade e a maternidade costumam chegar um pouco mais cedo, especialmente nas classes menos favorecidas e, se ele não tiver uma profissão, ele não consegue garantir o sustento de casa e, portanto, não conseguirá ter o Ensino Superior. Portanto, a gente vê a importância do legado deixado pelo Ex-Governador Flávio Dino e também agora pelo Ex-Secretário Felipe Camarão. Legado esse que se revela com números. Eu disse, ainda há pouco, Deputado Carlos Lula, até fiz a brincadeira com V. Exa., falei do muro, e V. Exa. disse que, na verdade, o Felipe Camarão não construiu o muro, construiu pontes. Mas eu me refiro ao muro de Jerusalém, quando o Sambalate dizia, ao ver o início da construção do muro, questionava: “Será que eles acreditam?” Bráulio Martins, nosso Diretor da Casa, será que eles acreditam que vão edificar esse muro? Nós não vamos deixar! O Tobias completou e disse: “Esse muro que está aí do jeito que está, bastará uma raposa subir, que o muro cai”. Pois ainda há, Deputado Júlio Mendonça, aqui nessa Casa mesma, vários Sambalates, pessoas que não acreditam, olham os números e não acreditam, nem são discípulos de Tomé, porque Tomé, quando pegou em Jesus, acreditou que Jesus realmente tinha ressuscitado. Mas, alguns, mesmo vendo os números, continuam sendo os Sambalates que trabalham todos os dias contra a construção de um Maranhão melhor. Portanto, eu digo e acredito que o muro, ou a ponte, ou as construções, as escolas, a educação que o Felipe Camarão construiu ao longo desses 7 anos como Secretário de Educação, ninguém destruirá. Ninguém acabará com o Iema, ninguém acabará com as escolas em tempo integral, ninguém destruirá as escolas de Ensino Fundamental entregues pelo governo às prefeituras, essa responsabilidade é transferida e será transferida de governante para governante. Mas é preciso que isso se dê continuidade, e aqui fica talvez a minha ressalva nesse discurso, Deputado Carlo Lula, como assim V. Exa. também fez. Desejo muito sucesso à nova Secretária de Estado da Educação. Ela, tanto assim como o Governador Carlos Brandão, tem uma responsabilidade muito grande de não só garantir que não haja recuos, que não haja regresso nesse tema da educação, como de que haja avanços. Eu me recordo, fazendo um paralelo com o futebol, Deputado Glalbert, na copa de 94, muitos questionavam o Romário: o Romário não queria treinar, mas era um craque, era um gênio da bola, e o Parreira resolveu apostar, levar o gênio da bola, e nós garantimos a Copa do Mundo. Feola, em 58, olhava para o banco de reservas e lá tinha um menino que todo mundo sabia que seria um gênio do futebol, que era o Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. E ele escalou o Pelé, e nós ganhamos a Copa do Mundo, e o Pelé ainda foi artilheiro da Copa de 1958. Em 2002, Ronaldo fenômeno, o R9, nosso Ronaldo fenômeno, Ronaldo Nazário, tinha acabado de se recuperar de uma triste lesão no joelho, e o Luiz Felipe Scolari disse: “Eu vou apostar, se eu tenho um craque aqui no meu time, eu tenho que escalar esse craque é como o titular do meu time”, e levou o Ronaldo fenômeno para a Copa, e o Ronaldo meteu dois gols na Alemanha na final da Copa de 2012, e fomos pentacampeões. Portanto, acho que o Felipe é esse craque, é um craque que não precisa mais ser testado, já foi testado e aprovado ao longo de sete anos, basta fazer uma pesquisa com qualquer professor, com qualquer educador do nosso estado ou com qualquer aluno da rede pública, tanto a municipal como a estadual, como uma pesquisa que a gente fazia muito nas inaugurações das Escolas Dignas. Certa vez, uma criança estava na inauguração e, ao terminar, eu concluí a inauguração, a criança não quis sair da escola, e, indagado que foi pelo então Governador Flavio Dino, por que que ele não saía da escola, a criança disse que aquela escola era mais bonita e mais confortável do que a sua própria casa e, por isso, ele preferia ficar na escola. Isso sim era reconstruir a educação do Maranhão, garantir um futuro melhor, um futuro libertador para o nosso povo, para a nossa gente. E por isso que eu acho que eu, nessa situação, escalaria um craque a entrar como titular, mas obviamente o Governador Carlos Brandão faz uma escolha, uma escolha que é justa, legítima, uma vez que ele foi eleito pelo povo do Maranhão, de colocar outra pessoa nesta função e deixar o nosso Vice-Governador livre para trabalhar não apenas na pauta da educação, mas trabalhar por todo o Maranhão.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO RICARDO ARRUDA – Por favor, libera o áudio do Deputado Rodrigo Lago, para quem possa concluir.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO – O Vice-Governador Felipe Camarão ficar mais livre, algo que se concretizou outro dia, porque o nosso Presidente da República, o melhor presidente que nós já tivemos na nossa história e que agora volta para a presidência para reconstruir o país, convocou o nosso Vice-Governador Felipe Camarão, já não tratou mais apenas da agenda da educação no Maranhão, mas tratou também de outras agendas que importam ao desenvolvimento do nosso estado. Portanto, desejo ao nosso Vice-Governador Felipe Camarão muito sucesso, agora nessa missão exclusiva que é ser o Vice-Governador do Maranhão. E, se Deus quiser e o povo assim também, desejar que seja o nosso próximo Governador do Estado, para garantir o desenvolvimento do querido Estado do Maranhão, meu muito obrigado, Presidente.