25 de setembro de 2024
Carlos Lula alerta para epidemia de apostas esportivas no Brasil e sobre o impacto no SUS
Segundo o deputado, relatório do Banco Central revela que cerca de 24 milhões de brasileiros participaram de jogos de azar e apostas

Assecom Dep. Carlos Lula
Durante a sessão plenária desta quarta-feira (25), o deputado estadual Carlos Lula (PSB) expressou sua preocupação com o crescente número de apostas esportivas no Brasil, especialmente entre a população de baixa renda. Segundo dados do Banco Central, em agosto, cerca de 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família destinaram R$ 3 bilhões para empresas de apostas via Pix, com um gasto médio de R$ 100. Esse montante corresponde a 20% do valor total desembolsado pelo governo no programa de assistência social durante o mesmo período.
Dentre esses apostadores, 70% são chefes de família, que enviaram R$ 2 bilhões, ou 67% do valor total.
Carlos Lula destacou que o país enfrenta uma verdadeira “epidemia de vício em apostas”, que atinge com mais intensidade as camadas mais vulneráveis da população. “É a ilusão de mudar de vida rapidamente. E sabemos que a banca nunca perde. As pessoas apostam uma, duas, três vezes e, mesmo quando ganham, não calculam o quanto já perderam, perpetuando o ciclo de apostas”, alertou o deputado.
O relatório do Banco Central também revela que cerca de 24 milhões de brasileiros participaram de jogos de azar e apostas, realizando pelo menos uma transferência via Pix para essas empresas. A maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos, mas o valor médio das apostas aumenta significativamente com a idade, variando de R$ 100 por mês para os mais jovens, a mais de R$ 3.000 mensais para os maiores de 60 anos.
Regulamentação
Lula defendeu a necessidade urgente de regulamentar a publicidade das empresas de apostas. “Precisamos regulamentar a publicidade dessas ‘bets’. Apesar de termos competência estadual para regular normas de Direito do Consumidor, essa regulamentação deve ser nacional, devido ao alcance das propagandas e patrocínios, inclusive de times do campeonato brasileiro”, destacou o parlamentar.
O deputado também expressou preocupação com o impacto crescente das apostas no Sistema Único de Saúde (SUS). “Na Inglaterra, quase 5% do orçamento da saúde é destinado ao tratamento de dependência de apostas esportivas, que tem efeitos semelhantes ao vício em drogas. Precisamos trazer esse debate para a Assembleia, porque estamos enfrentando uma epidemia de apostas esportivas, e o SUS, que já lida com recursos escassos, terá que arcar com mais essa demanda”, concluiu Carlos Lula.
Mais notícias
Catulé Júnior participa do tradicional Café do Trabalhador em São João do Sóter e reforça compromisso com o município
Parlamentar enfatizou sua colaboração com a gestão da ex-prefeita Josa e destacou os desafios e expectativas da atual…
Junior Cascaria solicita recuperação de importantes rodovias no Médio Mearim
O parlamentar afirmou que são vias fundamentais para o escoamento da produção e para o deslocamento da população…
‘Diário da Manhã’ – Militantes destacam a realização do 1° Encontro Estadual de Mulheres da Unegro-MA
Na conversa com o radialista Henrique Pereira, integrantes da Unegro destacaram o legado de luta da entidade
‘Café com Notícias’ – Médico explica diferenças entre sintomas da fibromialgia e da Covid-19
O médico Carlos Frias explicou que a fibromialgia não é uma patologia de origem autoimune, mas de fator hereditário
Encontro Estadual de Agentes Territoriais de Cultura é tema do ‘Diário da Manhã’
O programa abordou o evento que discutiu políticas culturais, ações nos territórios e o compartilhamento de saberes com…
Carlos Lula propõe monitoramento de metais pesados em peixes vendidos no Maranhão
Estudo alerta para contaminação por mercúrio em pescados consumidos em São Luís e, diante desse cenário, deputado apresentou…
Junior Cascaria defende projeto que garante medicamentos para a população que mais precisa
Proposta representa um avanço significativo na área da saúde pública
‘Toda Mulher’ aborda o esporte como ferramenta de transformação
Convidada foi a professora Diane Pereira Sousa, bacharel em Direito, mestre em direitos humanos, conselheira do IACP e…