Transcrição

A SENHORA DEPUTADA DRA. VIVIANNE (sem revisão da oradora) – Bom dia a todos e a todas. Cumprimento aqui todos os Deputados em nome da nossa Presidente Iracema Vale e dizer que eu vou ser bem mais breve do que os dez minutos. Cumprimento a todos os ouvintes, telespectadores, que estão nos ouvindo aqui na Rádio e TV Assembleia. O motivo de estar aqui, um dos motivos é sobre o decreto que foi anunciado, na quinta-feira passada, pelo nosso Governador Carlos Brandão, que fala, sobretudo, de acabar com a intermediação da fabricação do etanol, que não passará mais pelas distribuidoras e que será vendido diretamente nos postos. A gente sabe que o etanol, a nossa região de Balsas já tinha a fabricação desse etanol pela cana-de-açúcar, e agora, com a chegada da Inpasa, que também vai ser fabricado esse etanol do milho, a gente vai ter uma grande produção de etanol naquela região. E como todos aqui já sabem, é a região mais distante aqui da capital, são mais de 800 quilômetros. E vejam só o que acontecia, era fabricado esse etanol lá na nossa cidade de Balsas. Ele tinha que vir aqui em São Luís, tinha que voltar para Balsas, tinha que rodar mais de dois mil quilômetros para ser comercializado. Imaginem o custo que essa intermediação teria para os consumidores, por que a gente sabe do frete, do valor que teria que vir, porque só as distribuidoras poderiam comercializar esse etanol. Essa medida, meus caros colegas, foi muito importante para a economia, para o desenvolvimento econômico do nosso Estado, porque vai chegar lá na ponta, vai chegar lá no consumidor e, com fé em Deus, nós vamos ter uma baixa do etanol nos postos de combustíveis, porque agora esse combustível, que vai ser fabricado com muito maior quantidade lá na nossa região, vai poder ser comercializado diretamente da fábrica, da indústria para os postos de gasolina. Então, eu queria parabenizar o nosso querido Governador Carlos Brandão por essa medida. Foi um decreto bastante acertado. Nós ficamos imaginando porque demorou tanto. Parece uma coisa simples e, com certeza, vai trazer benefícios para a economia barateamento o custo do etanol. E fora que a Inpasa, que é uma indústria muito grande e vai fabricar etanol a partir de março, lá na cidade de Balsas, também vai favorecer toda uma cadeia produtiva ali para a região. Os produtores que plantam soja geralmente fazem a safrinha do milho ou do sorgo. O milho, muitas vezes, alguns fazem, outros não, mas teve uma época que, conforme a demanda, o mercado, eles deixam de fazer a safrinha, porque fica arriscado. E agora, todos podem vão fazer essa safrinha, porque mercado existe. Todo milho que for fabricado no Maranhão já vai ter esse mercado consumidor garantido, que é a Inpasa. E a gente sabe que o sorgo também vai utilizar em quantidades menores, mas é uma safra menos arriscada. Como eles dizem lá, três chuvas garantem a safrinha do sorgo. Então, isso significa que a economia vai gerar muito, toda essa cadeia produtiva e, principalmente, o barateamento do etanol direto nas bombas de combustíveis, que é o que realmente interessa para nossa população, para nós consumidores. E o meu segundo momento era para falar, a Deputada Daniella aqui já introduziu o assunto, é que o dia de ontem não poderia também deixar passar em branco para nós mulheres, porque dia 24 de fevereiro de 1932 foi o dia que nós mulheres tivemos a conquista do voto aqui no Brasil. E olha, Presidente Iracema, Deputada Janaína, que essa conquista, em 1932, foi uma conquista entre aspas, com ressalvas, porque só mulheres casadas e com autorização do marido podiam votar ainda em 1932. Só em 1946 é que realmente tivemos essa conquista igualitária em relação aos homens. E, quando eu falo aqui da importância de a gente votar e também ser votada, poder ter representação na política, em todos os Poderes, mas na política, que é onde se tem a maior tomada de decisões importantes para o nosso país, eu não falo em disputa. Pelo contrário, eu sempre falo que nós temos que nos unir, as mulheres, mas nós temos que trazer todos os homens de bem, porque ainda hoje os homens são maioria nos espaços de poder, em todas as esferas. E a gente tem que trazer esses homens, porque o tempo histórico em que a mulher ocupa esses espaços é muito pequeno e, com certeza, sem esses homens de bem, que realmente reconhecem que a mulher também ocupando esses espaços é muito capaz e só assim a gente vai ter uma sociedade mais igualitária, mais justa, a gente consegue realmente avançar nessa pauta. E eu estava lendo um dia uma matéria, e aí eu peço a atenção de V. Exas. para verem como realmente é sensato e é uma coisa que deveria ser natural essa igualdade entre homens e mulheres nos espaços de poder. Existe uma tendência hoje dos conselhos de grandes empresas, dependendo do que elas vendem, do que elas vão trazer para o consumidor, elas colocarem nos seus conselhos, hoje, pessoas, mulheres, homens, pessoas mais jovens, pessoas mais idosas, para que ela entenda. Imaginem uma indústria que vai vender artigos, digamos, mais para o público feminino, ter, na sua tomada de decisão, só homens. Então, realmente, eu acho que ela deixa de ganhar, porque a gente precisa dessa pluralidade em tudo, e as grandes empresas já notaram isso, e eu tenho certeza de que, cada vez mais, a nossa sociedade vai notar isso, as mulheres já mostraram, gente, que são capazes, nós não perdemos em nada para os homens, nós temos competência e inteligência, vários países das mais diferentes culturas, como Israel, como a Alemanha, como a Austrália, como o Brasil, como o Chile, já tiveram comando de mulheres, e muitas delas fizeram histórias e fizeram governos que ficaram para a história daqueles Países. Então, eu acredito que, cada vez mais, nós temos que valorizar essa conquista. O dia de ontem realmente é muito importante para nós mulheres no Brasil, e eu tenho certeza de que, mulheres, toda uma sociedade de bem, mulheres e homens de bem, cada vez vão perceber mais que, quanto mais igualitárias, quanto mais equilibradas forem essas forças entre os gêneros, muito melhor será toda a nossa sociedade. Eram estas as minhas palavras. Muito obrigada.