Transcrição

A SENHORA DEPUTADA DANIELLA (sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhores Deputados, Deputadas, imprensa, telespectadores que nos acompanham através da TV Assembleia, ouvintes da Rádio Assembleia, internautas, galeria, bom dia a todos, bom dia a todas. Hoje, eu venho aqui a esta Tribuna para trazer, para me manifestar em relação aos inúmeros casos ainda de feminicídio. Venho aqui trazer o caso da Adriana. A Adriana de Oliveira, que foi assassinada a tiros dentro de casa na noite de sábado, dia 15 de março de 2025, em Santa Luzia do Maranhão. Quero inicialmente expressar aqui a minha solidariedade à família, ao filho, aos amigos de Adriana, que hoje vivem com a dor da perda, com a dor da saudade. Quero também fazer referência aqui ao nosso Governo do Estado, por ter aprendido os suspeitos, os culpados pelo crime, por ainda estar investigando a motivação desse bárbaro crime, em que tiraram, vitimizaram uma jovem que era muito querida dentro da cidade de Santa Luzia, e a gente fica muito triste em saber que a Adriana é mais uma vítima do feminicídio, é mais uma vítima da violência dentro do nosso País, que está entre os inúmeros casos, Deputado Neto, de mulheres que têm perdido a vida para o feminicídio. Só nos últimos oito anos, foram mais de dez mil mulheres que perderam a vida pelo feminicídio. Quero aqui me reportar à Galeria e dizer que é legítima a manifestação de vocês, que para a gente é muito bom poder receber o povo do Maranhão na Casa do Povo, ter estas portas abertas para receber e para ouvir os pleitos, as demandas, e as reivindicações da população a qual nós representamos. E que a gente está aqui para somar forças contra qualquer tipo de injustiça cometida, principalmente no que tange a nós, mulheres. E a Adriana, que é mais uma vítima da violência, que talvez se lá atrás tivesse sido protegida devidamente, se lá atrás tivesse feito uma denúncia, e a denúncia, de fato, tivesse sido levada em consideração, se tivesse uma medida protetiva, não teria se tornado mais uma vítima deste bárbaro crime que acontece na cidade de Santa Luzia. E sempre pensando em levar mais informações para as mulheres do nosso Estado, porque nós precisamos, sim, levar informações, mostrar quais são os direitos que nós, mulheres, temos. Precisamos, sim, mostrar que as mulheres não estão sozinhas, que estão amparadas pela Justiça, porque eu ainda acredito na Justiça no nosso País. Que a gente dê entrada em mais um Projeto de Lei para publicizar um número que já é bastante conhecido, 180, um número para que as mulheres possam fazer as denúncias. E neste Projeto, a gente pede que se torne obrigatório que as empresas de produtos alimentícios fixem nos seus rótulos de alimentos a publicidade do número para que as mulheres possam cada vez mais estarem amparadas e terem conhecimento, denunciarem. E nós que sabemos que as mulheres, dentro de casa, ainda fazem supermercado, ainda estão ali cuidando, além de trabalhar fora, de cuidar da família, de ter mil e uma funções, fazer múltiplas funções ao mesmo tempo, a gente sabe que todas nós temos acesso aos alimentos. E foi pensando nisso que a gente pensou justamente nos rótulos de alimentos para publicizar mais este canal de denúncia que nós temos aí. Então, finalizo aqui, me colocando sempre à disposição para ouvir as reivindicações, para defender as legítimas pautas do povo do Maranhão. E para dizer que a gente está aqui para isso, para, de fato, ser a voz de todos vocês, aqui dentro do Parlamento Estadual. Muito obrigado, e que Deus nos abençoe!