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Pequeno Expediente Júlio Mendonça
29 de abril de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Sra. Presidente Deputada Iracema, demais membros da Mesa, bom dia, Senhoras e Senhores Deputados, Deputadas, internautas, servidores desta Casa, alegria poder voltar aqui a esta tribuna, que é um espaço sagrado do Parlamento, primeiro, para demonstrar a minha imensa preocupação e aqui eu quero me reportar ao relatório da CPT, divulgado no último dia 23, quarta-feira passada, na sede da CNBB, em Brasília, sobre os conflitos no campo, no país, onde nós vimos ainda uma ligeira queda 2024, 2025, mas ainda com sérias consequências para a vida das pessoas, especialmente, das pessoas mais vulneráveis, que vivem e trabalham no campo. E aqui eu quero chamar atenção desta Casa, para uma tragédia anunciada para o dia 13 de maio, que é a reintegração de posse já marcada para a fazenda Sapucaia e Jurema, e as demais áreas daquela fazenda em Vila Nova dos Martírios, e São Pedro da Água Branca, por que eu falo de uma tragédia anunciada? O que se vislumbra para este dia, é uma operação policial arquitetada com quase duzentos policiais e um aparato de guerra, para retirar dali mais de duas mil pessoas. Todos nós sabemos que esse processo já está transitado e julgado, no entanto, é um problema social gravíssimo, que não podemos desconhecer. Faço um apelo ao Judiciário, faço apelo ao Incra. Hoje, as famílias estão em Brasília visitando… a direção da Associação está em Brasília visitando novamente a direção do Incra. E é necessário que a empresa Susano, que se diz dona daquela área, tenha a exata dimensão do problema que será criado com a reintegração, com a retirada de mais de duas mil famílias daquela situação, daquela área. Entendo que a Susano, o Governo do Estado, o Judiciário, a CNBB, que agora está também se envolvendo, possamos encontrar uma solução para que estas famílias não vá… não sejam retiradas, não haja violência, além da violência social que está havendo, então, nós temos que buscar uma saída para este problema. Não fui votado naquela região, não estou falando aqui pelo aspecto político eleitoral, mas como um Deputado que tem o seu mandato fincado os pés na agricultura familiar, nos agricultores, nas quebradeiras de coco, não posso me calar diante desta iminente tragédia que está anunciada para o dia 13 de maio. Estamos entrando com requerimento aqui solicitando que uma comissão de Deputados possa fazer uma visita a esta área para que possamos buscar uma solução, onde resguarde o direito de existir, de viver, de trabalhar daquelas pessoas que estão ali. Fica aqui o meu alerta. Fica aqui o meu pedido de socorro àquelas famílias. E que possamos não nos calar diante de tamanha injustiça social. Direito a quem produz, a quem vive na terra! Precisamos, sim, compreender esse processo. Concluindo, Presidente. Precisamos compreender esse processo. Não somente ao rigor da lei, que, muitas vezes, está a serviço de quem pode pagar grandes advogados, em detrimento dos mais pobres que vivem ali e trabalham há muitos anos. Muito obrigado.