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Pequeno Expediente Dr. Yglésio

14 de maio de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Eu lhe amo, Deputado Ariston; você também, Fernanda. Deputada Andreia, quero dizer que seu marido a representou em alto nível em Balsas, emocionou muita gente lá como sempre. Eu sempre digo que é um grande homem porque tem, principalmente, uma grande mulher ao lado. Ele cuida da senhora, e a senhora cuida dele também, que eu sei. Eu subo na tribuna com a missão… Hoje nós tivemos uma menção na Folha de São Paulo, fomos arguidos ontem a respeito da situação política aqui do Maranhão, e acompanhei com atenção, como costumo fazer com os discursos dos colegas, o Deputado Carlos Lula fazer um discurso bonito, que começa falando sobre o papa Francisco, mas que como sempre, e isso aí é uma coisa que foi aprendida com o mentor do grupo dele, de trazer a religião para dentro da política, que é uma dos maiores tentações que a política sofre, que é usar o discurso ufanista, usar o discurso religioso para legitimar práticas que são reprováveis. Foi falado que não se deve exercer poder sem empatia, eu concordo – com a empatia, por exemplo, que Dino e Alexandre de Moraes estão tendo em relação à questão da anistia. Foi dito que é necessário ter ternura, e ternura é um sentimento que pressupõe diálogo, aproximação, mas como ter ternura, deputado Adelmo, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, que estava na semana passada fazendo ato político aqui no Maranhão, ele se nega a despachar os processos do Conselho de Contas aqui do nosso Estado, do nosso Tribunal de Contas do Estado? Como chegam palavras dele dizendo que Brandão vai ficar com os processos parados até sair do Governo, que não vai ter a prerrogativa de indicar até a sua vaga; que a vaga desta Casa da Assembleia vai ficar bloqueada, porque ele acha que deve indicar. Gente, isso é uma perversão jurídica que envergonha a nação, envergonha o papel constitucional do Supremo de guardião da Constituição, ele se tornou refúgio e subterfúgio de interesses paroquiais. Ministro Flávio Dino, desça do pedestal. V. Exa. não é melhor que ninguém aqui desta Casa, que nenhum cidadão maranhense. Foi devidamente enquadrado pelo Ministro André Mendonça na semana passada. Dizer que não aceita ser chamado de “ladrão”, o que teve de operação no Governo dele. Ele nunca demitiu um auxiliar, sempre jogou para debaixo do tapete as coisas. Então, não aceita ser chamado de “ladrão”. Que é isso, por favor? Não estou dizendo que é ladrão, mas é uma coisa que a política às vezes impõe a todos nós infelizmente. A população está cansada e a liberdade de expressão não pode criminalizar isso, majorar uma calúnia. Por conta de ser um agente público. Que loucura! Agora o Estado está acima da vida do cidadão e da liberdade de expressão? Não está. Ninguém manda ele ir para a universidade fazer campanha para Felipe Camarão. E eu digo que é campanha com base em dados e análise de discurso. Quando ele pega, primeiro, discurso corporal, se senta ao lado do mentorado na primeira fila, já é uma sinalização. Segundo ponto, tendo em vista que ele não se senta próximo mais do Governador do Estado, segundo ponto sobe ao púlpito, ao tablado e diz: “Ele é o cara.” Todos estão cientes da candidatura, a pré-candidatura de Felipe Camarão. Se ele diz que “ele é o cara”, ele reforça atributos positivos de uma candidatura, então ele está fazendo apologia. E a apologia positiva de uma figura proeminente com densidade digital grande e influência inegavelmente impactante ainda no Estado é claramente uma manifestação política vedada e enquadrada no rol dos crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo conforme legislação da década de cinquenta do século passado. Mas saindo de falar de coisas ruins, quero externar aqui a Balsas a minha gratidão pelo carinho que recebi pelos eventos que foram feitos. Dona Jane, tantas pessoas maravilhosas, doutora Leonildes, que me acolheram em suas casas lá dentro e que falei com centenas de pessoas e que tirei centenas de fotos. E ontem fui surpreendido por mais um crime em Balsas, dessa vez um estupro dentro de uma escola de uma criança de seis anos, mas que volto ao Tempo dos Blocos para detalhar essa situação. Só digo: não ficará impune. Balsas tem meu compromisso. As mães do Maranhão têm meu compromisso em relação a isso. E finalizando aqui voltando, hoje prestigiando meu colega Carlos Lula, que merece essa consideração, porque fez um discurso bem construído. Ele disse: Flávio deveria… “Flávio”, é porque eles falam tanto em Flávio, inconscientemente. Ele disse: “Brandão, conselho para você, Brandão, escute Zé Reinaldo.” Flávio não escutou os pedidos de Zé Reinaldo, o mentor dele, quem o colocou na política gratuitamente para ser senador. Zé Reinaldo foi ostracizado por Flávio.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO DAVI BRANDÃO – Liberem o áudio para o Deputado concluir. Conclua, Deputado.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Como ouvir Zé Reinaldo, se ele não dava nem atenção a quem o colocou? “Você pagou com ingratidão a quem sempre te deu a mão”, foi isso que ele fez com Zé Reinaldo, e hoje talvez ele colha, se ele acha que Brandão está sendo ingrato com ele, a lei da vida, lei da semeadura, é bíblico. Então, quem é que o Flávio Dino ouvia? Só as vozes da própria consciência. Então, são conselhos, palavras, que são jogadas ao vento. Eu tenho muita admiração pela capacidade de discurso Deputado Carlos Lula, sem dúvida é um dos melhores quadros desta Casa em termo de tribuna, mas a incoerência ainda é um defeito basilar do discurso de Sua Excelência. Muito obrigado a todos, volto no Tempo dos Partidos e Blocos para falar sobre a situação de Balsas. Muito obrigado.